Total de visualizações de página

terça-feira, 7 de agosto de 2018

ZARATUSTRA -O REFORMADOR *

                 
                 Cerca do século VI, uma reforma fundamental foi operada por um homem surgido na Batriana, cujo nome era Zaratustra (em aramaico, "o homem dos velhos camelos"). Os Gregos que lhe conheceram a doutrina, denominaram-no Zoroastro. Sua vida permaneceu e até hoje ainda se discute para precisar o período histórico em que viveu. A ele é atribuído o Avesta, o livro dos livros, uma coleção de escritos religiosos, dividida em cinco partes. Zaratustra admite uma única divindade, a quem dá o nome por vezes de Masda (o sábio), outra vez de Ahura (o Senhor) ou de Masda Ahura (o Sábio Senhor). Estes dois últimos nomes fundiram-se para sempre naquele de Ahuramazda, ara indicar a suprema divindade. A religião denominada Mazdéia (a sabedoria) e, seus sequazes, Mazdeus. 
                Segundo tradições e lenda Persa, a colina de Darga, lá pelos anos 660 a 538 a.C. foi o lugar onde nasceu uma criança iluminada que, com o passar dos anos, se popularizaria com o nome de Zaratustra. Na língua avéstica as duas últimas sílabas contém a palavra "camelo" que significa  "o homem dos velhos camelos". Entretanto, não se acredita que esse tenha sido o nome que recebeu ao nascer. Os gregos não gostavam nada da ortografia dos "bárbaros" e simplificando seu nome, chamaram de Zoroastro.  Alguns acreditam que ele tenha nascido em 607 antes de Cristo, pois viveu por cerca de 77 anos, foi reformador da religião e teria morrido em 530 a.C.
                  Contam as antigas tradições do Irã que o pai de Zaratustra chamava-se Pourushapa e a mãe Deughdeva ou Dragão, os quais estabeleceram residência junto ao lago Urmi, a oeste  do Mar Cáspio. Foi o terceiro filho de uma família que teve cinco varões. 
                   A concepção de Zaratustra era divina; seu "anjo da guarda" entrara na planta hoama e passara com a seiva para o corpo dum sacerdote, quando este oferecia um sacrifício divino; no mesmo instante um raio de glória celeste entrou no seio duma virgem de alta linhagem. Então o sacerdote desposou essa virgem. 
                   Segundo as lendas zoroastrianas, foi uma criança diferente das demais porque, em lugar de chorar ao nascer, que é comum a todos os seres humanos, ele pô-se a rir. Plínio, o Velho, naturalista romano do primeiro século da era cristã, escreveu em sua História Natural, que Zoroastro foi o único ser humano que ria constantemente quando se comemorava o dia do seu nascimento. 
                Conta-se que cerca do século VI, uma reforma fundamental foi operada por um homem surgido na Batriana, cujo nome era Zaratustra (em aramaico, "o homem dos velhos camelos"). Os Gregos, que lhe conheceram a doutrina, denominaram-no Zoroastro. Sua vida permaneceu e até hoje ainda se discute para precisar o período histórico em que viveu. A ele é atribuído o Avesta, o livro dos livros, uma coleção de escritos religiosos, dividida em cinco partes. Zaratustra admite uma única divindade, a quem dá o nome por vezes de Mazda (o Sábio); outras vezes Ahura (o Senhor) ou de Mazda Ahura ( o Sábio Senhor). Estes dois nomes fundiram-se para sempre naquele de Ahuramazda, para indicar a suprema divindade. A religião denominada mazdéia (a sabedoria) e, seus sequazes,  Mazdeus. 
                   Ahuramazda é o criador do céu e da terra, da luz e das trevas; estabelece as leis físicas e cósmicas do universo e infunde nos homens as leis morais; ele é o juiz supremo das ações humanas. 
                Todavia, junto ao espírito benéfico opera em espírito mau e destruidor. Estas duas entidades são gêmeas. Sendo os homens dotados de livre arbítrio (Zaratustra insiste particularmente em incutir o conceito da responsabilidade pessoal), porém, escolher livremente entre o bem e o mal. Com a morte, passa-se ao balanço das ações praticadas em vida: ou aprovera ao lugar de prêmio (mansão do canto) ou o mau lugar de pena; aqueles que não merecem nem desmerecem irão para uma espécie de limbo. Segundo o "Avesta" não existe remissão dos pecados. 
                  Depois do juízo, a alma deve atravessar uma ponte que se ergue entre o céu e a terra. Se a ponte se alarga, a alma tem acesso à "mansão do canto", mas, se a alma é reprovada, a ponte se estreita até o tamanho de uma lâmina de navalha e o pecador precipita-se nos abismos. Todavia, ao fim do elo cósmico, todas as almas serão revestidas por corpos e ressurgirão, enquanto, em uma luta entre o bem e o mal, Ahuramazda triunfará e os homens ressurgidos gozarão de perene mocidade e falarão todos a mesma língua, na felicidade eterna. 
                 Outra característica da reforma Zaratustra é aquela de considerar meritório, sob o ponto de vista religioso, não somente a prática da virtude, mas também a do trabalho. Zaratustra não fala de culto, e isso induziu os historiadores a considerar sua doutrina mais do ponto de vista filosófico, moral e social que não do propriamente religioso. E, de fato, a massa do povo jamais renunciou aos seus velhos deuses, tanto que os magos ou sacerdotes precisaram adotar um acomodamento para introduzir na religião panteísta o conteúdo moral da reforma. 
                Além de Ahuramazda, uma das divindades mais importantes foi Mithra, (deus da luz e da guerra), sua personificação moral é a verdade, porque ninguém pode esconder-lhe o pensamento, seja bom ou mau; quem mente ou engana é punido por Mithra. Vem depois  Haoma, que afasta a morte, faz nascer os grandes heróis e os pensadores mais eleitos, entre os quais o próprio Zaratustra. 
                 Divindade feminina de grande relevo foi Anahita, deusa do amor. Para terminar, mencionaremos o fato de que às figuras das divindades são contrapostas outras tantas figuras diabólicas que, junto aos animais e às plantas nocivas, formaram o exército do Espírito do mal. 
 ************************

Os Arameus, povo semita que habitou a Síria, tinham como deus supremo e nacional Hadad (senhor do Sol, das tempestades, do raio e da guerra). Era representado no dorso de um touro mugindo (trovão), com o raio na mão e uma coroa de raios solares na cabeça. 
 O culto do Fogo era considerado o mais sagrado entre os Persas. Nas representações figurativas, vemos o rei Dario, sempre de pé diante de um altar de fogo, com a mão erguida para o deus, representado em forma humana, dentro de um círculo alado. Ao fogo vivificador e purificador era destinado o nono mês do ano e um dia em cada mês.
No ano 215 da nossa era, um reformador persa, chamado Mani, tentou impor um sistema  religioso destinado a igualar todos os povos da terra. Mani pregou durante cerca de um triênio, mas, no reinado de Bahram, foi encarcerado, torturado e executado por instigação dos magos. Os sequazes do Maniqueísmo dispensaram-se com o decorrer dos anos.
Apenas como informação complementar devo dizer que depois da queda de Roma, os sistemas religiosos se tornaram muito poderosos e dificilmente algum novo reformador teria a ousadia de contrapor-se a toda essa organização. Martinho Lutero foi ousado e criou o conhecido "cisma religioso do cristianismo" Porém  seus ensinamentos e orientações, que tinham como principal finalidade a não exploração dos menos favorecidos intelectual e financeiramente, ao contrário, resultou na proliferação de inúmeras formas religiosas rigorosamente diversas às sua pregações.

************************


Nicéas Romeo Zanchett 
CONHEÇA A OBRA LITERÁRIA DO ROMEO
clique no link abaixo

Meus livros são encontrados nas livrarias e, principalmente, no

Nenhum comentário:

Postar um comentário