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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

O ISLAMISMO E SEU CRESCIMENTO MUNDIAL **



            A segunda das grandes religiões do mundo, quanto ao número de fiéis, é o Islã. Islã significa submissão de fiéis, na base da religião de Maomé, está a total inelutável submissão à "vontade de Deus". Islamitas ou Muçulmanos (a raiz é a mesma) são os adeptos desta fé, ("aqueles que se submetem"). 
                  Embora última em ordem cronológica, a religião islâmica conta, hoje com milhões de adeptos espalhados sobre o globo, cuja fraternidade não leva em conta nem limites nacionais, nem raças. 
             O islamismo é a religião que mais cresce no mundo. Se o atual ritmo de crescimento se mantiver, os muçulmanos irão superar os cristãos como maior grupo religioso. Um estudo recente feito pelo Pew Research Center, dos estados Unidos, publicado em 2015 e atualizado recentemente chegou à conclusão que o islamismo cresce em um um ritmo mais rápido por duas razões: taxa de fertilidade e o fato desse grupo religioso atual ser mais novo que outros. Outra conclusão é que os atuais seguidores do islamismo são até sete anos mais jovens que outros grupos. Hoje, só nos Estados Unidos, esse grupo corresponde a 1% dos americanos e 63% eram imigrantes. Estima-se que em 2050 o islamismo se torne a segunda maior religião dos EUA, representando 2,1% da população do país. Já na Europa, para o mesmo período, estima-se que 10% da população européia se identificará como muçulmana. A religião acaba sendo um disseminador universal do imperialismo muçulmano. Este mesmo fato aconteceu com o cristianismo na religião católica apostólica romana, que tem seus tentáculos espalhados pelo mundo todo, estando presente nas mais diversas cidades, independente do seu tamanho. 
                 Já a poucos anos da morte de Maomé, o entusiasmo do primeiros fiéis dera início à formação do imenso império árabe e à vastíssima difusão de religião islamita. 
                Atualmente, são muçulmanas as populações da África Ocidental e Oriental, e as populações a noroeste da Índia. Milhões de islamitas vivem nas ilhas da Indonésia, e, também na Europa, os Turcos, muitos dos Bosnianos e dos Albaneses seguem a religião de Maomé. Somente uma parte mínima dos 32 países, cujos habitantes seguem, em sua maioria, esta religião, é politicamente governada por soberanos islamitas. 
                Desde a fuga de Maomé, ocorrida no ano 622, no período de poucos decênios, a nova religião realizou progressos gigantescos e desenvolveu-se com uma velocidade impressionante. A força que levou o islamismo a difundir-se sobre metade do globo, conquistando milhões de fiéis, está contida na própria simplicidade de sua doutrina, que não é apenas ensinamento teórico, mas sobretudo, uma síntese de pensamento e ação. 
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            Para compreender o significado e a origem do Islã, será conveniente mencionar o que foi a antiga religião dos Árabes. 
               Esta fé consistia em uma estranha mistura de fetichismo e de naturismo, variável de tribo para tribo, porquanto adoravam os astros e as forças da natureza, ao passo que outras acreditavam em determinadas divindades locais, representadas em forma humana ou de animais. Cada um destes ídolos tinha seu templo. O mais importante de todos era a Caaba (Ka'bah) que significa cubo, o grande sacrário que surgia em Meca, aonde, uma vez por ano, as tribos iam para adorar, além dos seus cem ídolos tutelares, também a pedra negra, um grande meteorito, que diziam ter sido enviado a Abraão pelo arcanjo Gabriel, para que ali fundasse um templo em honra ao Deus supremo (Alá). Estes conceitos, inspirados pelo mais puro teísmo, foram difundidos entre os Árabes depois que haviam começado a penetrar na península árabe e as doutrinas hebraicas e cristãs.
               Em Meca, notável empório comercial situado no grande caminho do comércio, entre a Índia e a Arábia, encontravam-se, portanto, reunidas, uma ou duas vezes por ano, multidões formadas tanto por gente nômade - os Beduínos do deserto - como  pelos "sedentários", a população mais hospitaleira e estável dos centros da grande península. Essa aproximação ocasional, de caráter tradicional e sagrado, assinalava uma trégua no estado de guerra quase permanente entre tribos, e era o único liame entre os membros de uma terra muito vasta e bastante variada pelos recursos naturais e por hábitos de vida, para que se pudesse esperar fazer dela um estado unitário. Apesar disso, houve um homem que conseguiu transformar em realidade essa grande ideia; esse homem foi Maomé. Nascido no dia 12 do mês lunar Rabi' I, equivalente a 570 depois de Cristo, da tribo dos Coraixitas, que eram os custodes da Ka'bah, Maomé (Muhammad, em árabe) teve oportunidade de observar, dede sua adolescência, os ritos e os hábitos do seu povo.  Pensador genial, de temperamento sensível e apaixonado, ele mesmo se dedicando ao comércio, não deixou nunca de meditar nos problemas inerentes à religião e à vida dos homens; e. mesmo não sendo literato, em contato com o povo a quem visitava, aprendeu aquilo que havia de essencial nas teorias sociais e filosóficas e nas doutrinas religiosas de seus contemporâneos. 
                 Depois dos trinta anos, abandonou mulher e filhos para dedicar-se á vida anacoreta, em plena solidão, e foi durante tal retiro que recebeu as primeiras revelações. Segundo sua afirmação, foi pelo arcanjo Gabriel, que lhe revelou os princípios e as leis da verdadeira fé que devia ser transmitida aos homens. Assim, começou a difundir-se, em Meca, a fama de que Maomé era um profeta e que ele, afirmando que existia somente um Deus, queria que todos os ídolos fossem destruídos. Isso lhe causou um grande número de inimigos, também entre sua gente, tanto que foi obrigado a fugir e a refugiar-se em Latrib, a cerca de 300 quilômetros de Meca. A fuga de Maomé foi considerada como início de uma nova era, da qual se começaram a contar os anos, tal como haviam feito os Cristãos, partindo do nascimento de Jesus Cristo, que foi ordem do Imperador Romano Constantino.  Latrib, a cidade hospitaleira, recebeu o nome de Medina ("cidade", por excelência). Durante a permanência em Medina, que durou de 622 a 630, Maomé recebeu outras revelações, que transmitiu aos discípulos, cujo número fora sempre mais aumentado. Com a multidão de seus adeptos, ele conseguiu formar um exército, com o qual retornou à Meca, onde destruiu todos os ídolos, deixando na Ka'bah somente a pedra negra, o já mencionado meteorito). 
                 Nos dois anos seguintes, em que viveu venerado, em Medina, Maomé consolidou as forças, organizando o exército e dispondo de um válido plano para a propagação de sua doutrina no interior e no exterior, a ponto de que, quando morreu, em 632 (11° ano de Hégira), tudo já estava pronto para que os exércitos árabes e a nova ideia tentassem a conquista do mundo. 

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