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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

AS AMEAÇAS NO SEIO DO CRISTIANISMO

   

                A partir do século IV, a integridade doutrinal e a fé católica foram comprometidas por "heresias", tanto no Oriente como no Ocidente. Todavia, desde quase todo o século VII a igreja não teve sérios inimigos de que defender-se. Foi justamente no decorrer deste século que se delineou o maior perigo, representado por Maomé e pelo Islã, porque do Oriente, a religião muçulmana invadia rapidamente o Ocidente, sobretudo Espanha e França. Este grave acontecimento provocou uma espécie de Cruzada, que induziu os fiéis de Cristo a tomarem armas contra os infiéis. O maior perigo era justamente o poderoso exército de Maomé que queria impor sua religião a todos. 
                 Apesar disso, no século XI, sob o papado de Gregório VII (1073 x 1085), a situação interna da igreja começou a tornar-se turbulenta. Com o progresso das ciências teológicas e do fervor religioso, surgem violentas reformas sociais, que tiveram grande reflexo no seio do catolicismo, chegando mesmo a provocar a transferência da sede papal para Avinhão - França. 
                Tais perturbações aparecem durante o século XVI, na mais profunda crise de toda a história da Igreja, a denominada Reforma, provocada por Lutero, que resultou no Concílio de Trento (1545 x 1563) e seguida pela Contra Reforma, surgida para definir a unidade da Igreja católica contra a desagregação provocada pelo Protestantismo.
                  Mas, os séculos seguintes assinalaram, aos poucos, uma afirmação sempre mais sensível da Igreja católica, que, ainda hoje, conta com o mais numeroso e compacto agrupamento de fiéis no mundo todo (cerca de dois bilhões e cem milhões de fiéis). 
                Entretanto, surgiram duas outras confissões cristãs, que podem distinguir-se em dois grandes grupos: a igreja Oriental e as igrejas reformadas (Evangélicas). Essas últimas têm proliferado muito devido à facilidade com que são fundadas por "pastores independentes". Mas estas não têm uma organização central. Muitas, ao contrário dos planos de Lutero, são criadas por pessoas que só querem explorar financeiramente a boa fé das pessoas; outras são verdadeiras empresas com o nome de igreja para fugir dos impostos e usufruir benefícios financeiros que ainda são garantidos por muitos governos atuais.  A tendência é a separação total da igreja e dos governos e, sendo assim, provavelmente muitas benesses políticas serão extintas. 
                  Atualmente o Islã volta a ser um poderoso sistema religioso que tem conquistado muitos cristãos, geralmente desapontados pelos enormes problemas que a Igreja Católica enfrenta com os próprios membros do clero, tais como pedofilia e outros abusos. 




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