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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO



                  Segundo contam nos Velhos Testamentos, Jesus, tendo atravessado o Cedrom com seus discípulos rumou para o Monte das Oliveiras, em lugar chamado Getsêmani, onde havia um horto. Enquanto Jesus falava com seus discípulos, chegou um grupo de soldados, ministros, chefes, sacerdotes, e fariseus armados de espadas e bastões. Prenderam Jesus e amarraram-no. E todos os seus discípulos, tal como ele predissera, abandonaram-no e fugiram, seguindo-o de longe. 
                    Aquele bando levou Jesus à frente de Anás, sogro de Caifás, que era sumo-sacerdote naquele ano. Anás enviou-o, amarrado, a Caifás, em torno do qual reuniram-se o Sinédrio (o máximo tribunal hebraico).
                 O sumo-sacerdote perguntou a Jesus: "Em nome do deus vivo, quero que digas se és o Cristo, filho de Deus". Responde-lhe Jesus: "Sim, eu sou". Então Caifás rasgou-lhe as vestes e gritou: "Ele blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas?". Então, todos gritaram: ´"É réu de morte". 
                   Os Judeus conduziram Jesus, sempre amarrado, ao pretório, para entregá-lo a Pilatos, diante do qual começaram a formular toda sorte de acusações contra ele: "Ele está agitando em rebelião todo o País com a doutrina que ensina, condenado na galileia e vindo até aqui! Ao ouvir o nome galileia, Pilatos perguntou se ele era galileu e, ao saber que era da Jurisdição de Herodes Antipas, mandou que fosse levado a este. Herodes ouvira falar muito a seu respeito, e, ao ver Jesus alegrou-se. Por tal razão dirigiu-lhe muitas perguntas, às quais Jesus não respondeu. Então, Erodes vilipendiou-o e, mandando recobri-lo, por escárnio, de uma veste branca, devolveu-o a Pilatos. 
                 Pilatos sabia muito bem que os chefes dos sacerdotes lhe haviam entregado Jesus por odiá-lo, e por isso procurava pô-lo em liberdade. Disse Pilatos: "Eu não encontro nele nada que mereça a morte. Castigá-lo-ei, portanto, e depois o porei em liberdade". Mas o povo gritava: "Crucifica-o!..." Pilatos mandou trazer um perigoso bandido chamado Barrabás para que o povo pudesse escolher quem deveria ser solto. Perguntou-lhes, então: Quem vocês querem ver solto, Jesus ou Barrabás, e o povo continuou gritando Barrabás! Diante disso ele pronunciou, então, a sentença de morte e entregou-lhes Jesus , para que o crucificassem. 
                 Já condenado, Jesus, carregando sua cruz, acompanhado pelos soldados e alguns fiéis seguidores, dirigiu-se para o local chamado Calvário ou Gólgota. Junto com eles foram levados  ao suplício dois malfeitores. Chegando ao calvário, Jesus foi crucificado. 
                Era a hora, quando espessas trevas estenderam sobre toda a terra; e, na hora da morte Jesus murmurou: "Tudo está consumado!". E exclamou em voz alta: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito!", curvou a cabeça e expirou.
                 Era o dia da Parasceve, isto é, o dia antes de sábado; os judeus não queriam que, naquele sábado, permanecessem os corpos na cruz, porque era dia solene. Ao anoitecer, José de Arimateia, nobre decurião, discípulo de Jesus, apresentou-se a Pilatos, pedindo-lhe o corpo do Nazareno.  Retirado da cruz, o corpo foi envolvido, segundo o uso dos judeus, em alvos lençóis, impregnados de aroma. Perto do lugar onde fora crucificado Jesus tinha um jardim, com um sepulcro novo. Ele mandara cavá-lo, para si mesmo, na rocha viva. Ali então, puseram o corpo e, rolando uma enorme pedra, para tampar a abertura do sepulcro, retiraram-se. 
              Os Fariseus foram procurar Pilatos e disseram-lhe: "Ordena agora que seja custodiado o sepulcro". Respondeu Pilatos: "Vos tendes guardas; ide e guardai como quiseres". E eles, tendo sinetado a pedra, puseram guardas diante do túmulo. 
             Maria Madalena e Salomé tinham comprado aromas para embalsamarem Jesus. E no primeiro dia da semana foram ao sepulcro, assim que nasceu o sol, mas viram que a enorme pedra já tinha sido retirada dali. Maria Madalena correu em busca de Simão Pedro e de João e disse-lhes:"Levaram embora a pedra que tapava a entrada do sepulcro do Senhor e não sabemos onde ele está". Pedro e João foram, então, ate o sepulcro e acreditaram realmente que Jesus tivesse sido levado embora dali, porque eles ainda não haviam compreendido o que dissera a "Escritura", que ele ressuscitaria da morte. 
                Na noite do mesmo dia, os discípulos estavam reunidos, de portas fechadas, por medo dos judeus, e eis que, subitamente, Jesus lhes aparece e diz: "A paz esteja convosco! Não temais. Sou eu"; Dito isso, mostrou-lhes as mãos, os pés e as costas... Depois acrescentou: "Assim como o pai mandou a mim, assim eu ordeno a vós! após dizer isto, soprou sobre eles e falou: "Recebei o Espírito Santo, serão perdoados todos os pecados daqueles a quem perdoardes e serão mantidos os pecados a quem mantiverdes".  Novamente Jesus se manifestou aos seus discípulos, às margens do Lago de Tiberíades, e disse a Simão Pedro: "Apascenta minhas ovelhas". Depois Cristo apareceu, a mais de quinhentas pessoas juntas, e disse a seus discípulos: "Todo poder me foi dado no céu e na terra; ide, pois, instruí todas as gentes, batizando-as em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-lhes a observar o que vos ordenei. E eis que estarei convosco todos os dias até o fim do mundo". 
              Esta  é a reconstrução dos fatos narrados nos Evangelhos, redigidos em versões separadas, mas substancialmente concordes em seu conteúdo. 


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São Lucas narra um dos milagres mais tocantes de Jesus. - Um homem chamado Jairo, chefe da sinagoga, suplicara ao Mestre para que fosse à sua casa, pois uma filha estava moribunda. Antes que Jairo terminasse de falar, foram anunciar-lhe que sua filha morrera; seria, portanto, inútil, incomodar o Taumaturgo (o que opera milagres). Mas Jesus, que tudo ouvira, disse-lhe: "Nada temas, crê somente, e ela será salva"; chegando à casa de Jairo, Jesus tomou a menina pela mão e esta levantou-se (VII, 54).
O Evangelista João foi chamado o "Discípulo dileto", pelo grande amor que dedicou ao Mestre até o último instante de sua vida terrena. Ele escreveu o Evangelho, em grego, durante sua velhice, citando fatos que não estão mencionados nos três primeiros Evangelhos, denominados sinóticos.
O último dos milagres de Jesus, a ressurreição de Lázaro, é narrado no Evangelho de João (XI, 40), com riqueza de pormenores, como quem viu e ainda conserva viva a sensação. Jesus estava ligado por grande afeição a Lázaro e as duas  Marias, irmãs do moço. Todavia, quando o amigo adoeceu. Ele não atendeu aos rogos das duas irmãs, que lhe pediram a cura. Somente quatro dias depois da morte de Lázaro, Jesus foi ao sepulcro, realizando o milagre mais grandioso entre todos quantos até então fizera.
Durante a última Ceia, Jesus instituiu a Eucaristia. Realizou-se assim, a promessa de um "pão celestial", feita em Cafarnaum, alguns meses antes, após o milagre da multiplicação dos pães.
O vulto de Simão Pedro giganteia na história das origens do Cristianismo. Embora ele fosse um simples pescador, devia possuir tais dotes de poder tranquilizar Jesus quanto ao seu futuro apostolado, que se demonstrou realmente poderoso, férvido até ao martírio.
No Capítulo IX do "Atos dos Apóstolos", é narrada a conversão de São Paulo, que, de acirrado perseguidor, se torna o mais ardente dos sustentáculos de Cristo, depois de sua aparição na estrada de Damasco. Suas "Epístolas" estão  situadas entre a os mais importantes documentos da Cristandade.
Assim contaram os Evangelhos.

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