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sábado, 18 de agosto de 2018

PRECEITOS MORAIS E RITUAIS DO ISLAMISMO



                    A religião islamita, tal como outras grandes religiões orientais, apoia-se em cinco "pilares" ou "colunas". 
  1. Consiste na profissão de fé: "Somente Alá é Deus e Maomé é o seu profeta."
  2. A prece (salah), que deve ser feita cinco vezes por dia (manhã, meio-dia, tarde, por do sol e à noite), onde estiver o crente, contanto que, ao rezar, fique voltado na direção de Meca. O chamamento à prece é feito pela voz do muezin, que grita do alto do minarete. 
  3. O jejum do ramadã, nono mês do calendário muçulmano, considerado sagrado, porque foi justamente no ramadã que Maomé teve a primeira revelação. Este jejum dura um mês, e os fiéis são obrigados a alimentarem-se somente à noite (até a hora da manha, quando puderdes distinguir um fio de ouro negro, depois tornareis a jejuar até à noite) e devem abster-se de qualquer prazer ou passatempo que não seja prece. Por isso, o mês do ramadã torna-se o mês de expiação, mas também do descanso coletivo. Encera-se com festejos tão solenes que lembram o nosso Natal. 
  4. A esmola, que se torna verdadeira e própria taxa religiosa, e é imposta a todos os fiéis, na medida do patrimônio que possuem. 
  5. A peregrinação à Meca, que o Muçulmano é obrigado a realizar pelo menos uma vez durante a vida. 
                      Há, além disso, os preceitos morais: proibição de infanticídio, de libertinagem, de jogos d azar; é imposta a lealdade, a beneficência, a modéstia e a tolerância. 
               O Alcorão prescreve, também, a abstinência aos alcoólicos, a proibição de comer carne de porto, a circuncisão, e veda, ainda, a representação de seres vivos. 
                Segundo o Alcorão, a mulher está subordinada ao homem. Ela, por isso. é, e tem sido desde séculos, conservada em clausura e obrigada a sair de casa somente coberta por véu, que deixa livres apenas os olhos. 
               O Islão não tem uma organização eclesiástica nem um clero real e próprio. Os ritos podem ser efetuados por todos, e a casa de Alá se encontra em qualquer lugar onde se encontre o tapete de prece. Contudo, há um corpo de doutores da lei religiosa (mufti ou ulemá), cada um dos quais, para a própria jurisdição, pode parecer que, em alguns casos, possui valor legal. Toda pessoa suficientemente instruída pode funcionar como imã, ou seja, aquele que orienta a prece em comum, na mesquita. Sob a influência do misticismo cristão, formou-se, entre os islamitas, uma corrente ascética chamada dos sufi (homens vestidos de lã). Este movimento teve origem no século VII e, apesar das fortes oposições, infiltrou-se na religião islamita, exercendo, com o misticismo e a filosofia de seus adeptos, uma relevante influência sobre o mundo árabe. Estes monges, que deram ao Islã uma corte de sábios e que foram tidos em grande consideração, mesmo por parte de príncipes e imperadores árabes, vivem separados em ordens ou irmandades, das quais algumas tem assumido notável importância política e militar.
                  Entre os sufis, existem os dervixes, monges que tem por profissão a prece e outras práticas religiosas, entre as quais a dança, para chegar ao estase e às mortificações corporais. Vivem em mosteiros, ou, então, peregrinando e mendigando. Estas praticas são muito semelhante àquelas praticadas nas religiões induístas, inclusive a Budista. 
                     É interessante notar como, no direito islamita, persistia, contra todos os infiéis do mundo, um estado de guerra ideal ou conceitual. Todavia, Judeus e Cristãos são tolerados, mas obrigados a corresponder com o tributo à comunidade islamita. 

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A formação do imenso império é um fenômeno extraordinário na história das conquistas militares, dada a rapidez que o caracterizou. Em poucos decênios, um vastíssimo território, da Índia ao Atlântico, caiu nas mãos dos Muçulmanos. Uma das etapas fundamentais foi a conquista de Constantinopla, em 1453, que pôs fim ao Império Romano do Oriente.
A dinastia dos Abássidas, cujo fundador foi o tio de Maomé, sucedeu a dos Omíadas, no reino de Bagdá. Um pleno desenvolvimento espiritual, intelectual e artístico caracteriza esse período da história árabe, da qual nos restam importantes documentos, como a grande mesquita de Sâmara, considerada a "Versalhes Abássida", perto de Bagdá.
O preceito fundamental dos Muçulmanos é a peregrinação a Meca, pelo menos uma vez na vida. 
O Monte da Misericórdia, uma colina que se eleva na planície, perto da cidade sagrada, é uma culminante da peregrinação. Foi aqui que Maomé proferiu seu último sermão. Os fieis devem subir o monte sagrado de cabeça descoberta.



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