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sexta-feira, 14 de junho de 2019

A HISTÓRIA DAS RELIGIÕES -

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Este é o início do livro CRENÇAS E RELIGIÕES.
Estou disponibilizando o livro completo que você poderá ler gratuitamente.
Na verdade trata-se da História Universal contada através das religiões que moldaram o mundo.

A HISTÓRIA DAS RELIGIÕES 
 Você já se perguntou para que serve uma religião?
Qual a sua importância na vida das pessoas? 
Por que tantas pessoas continuam com essa crença? 
Será o medo do desconhecido?
Será um sonho de que a vida será melhor depois da morte? 
Com este livro, tento dar-lhes algumas respostas, com base na ciência, história universal e na arqueologia. 

               A religião está na base da vida de cada povo; regula as relações sociais entre os homens e lhes consagra os momentos da existência. 
             O fenômeno religioso possui uma origem psicológica única, determinada por aquele sentido ou sentimento que impele todo ser pensante a estabelecer uma relação íntima com um espírito superior, a divindade, da qual reconhece o domínio e com a qual sente-se unido. 
             A morte é a origem de todas as religiões e se não houvesse a morte certamente não haveria religiões (palavras atribuídas ao Buda). O medo, disse Lucrécio, foi o grande criador dos deuses; mas sobretudo a morte. A vida do homem primitivo era rodeada de mil perigos, raramente ocorrendo morte natural; antes que a velhice chegasse, a violência ou a doença levava a maior parte das criaturas. Por essa razão, o homem primitivo não acreditava que a morte fosse natural, mas sim uma determinação de um ser superior. 
          Submetendo-se, por instintiva sujeição, às leis do Ser Supremo, o homem procura estabelecer com ele as melhores relações e, por meio de preces, promessas e sacrifícios esconjurar a cólera e obter a proteção. 
               Todavia, se o senso ou sentimento é fenômeno humano e social comum a todos os povos da terra, os modos de imaginar a divindade, os ritos e as práticas individuais e coletivas para propiciá-las, foram e são diferentes entre uma civilização e outra, entre um povo e outro, entre uma época e outra. 
               Em todo mundo encontramos diversos estágios religiosos, desde o toteísmo à teologia; vemos-lhe a influência na literatura, no governo, na arte, em tudo, exceto na moral. E não só se apresenta variada, como tropicalmente luxuriante. Se analisarmos apenas Roma e Índia, iremos encontrar um abundante  panteão. Portanto, é impossível entender o homem sem o estudo dos seus deuses. 
                 As relações religiosa. - O dinheiro e o poder como novo deus do mundo, corromperam alguns dos seguidores mais fervorosos de Jesus Cristo. Associações da igreja com governos autoritários e até sanguinários, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, prostituição, abuso sexual e pedofilia estão presentes em muitas novas formas de sociedade do mundo moderno, e isso se reflete também nas formas religiosas. O domínio sobre os fiéis é muito grande; há uma manipulação mental, uma teologia escravizante que mantém a massa popular permanentemente na ilusão. O pedido é sempre para fazer sacrifício em vida com a promessa de grandes alegrias e gozo eterno com muitos privilégios depois da morte.  É surpreendente que em pleno século XXI, com uma ciência altamente desenvolvida, algumas pessoas se mantenham em sistemas religiosos escravizantes tão primitivos. 
                Desde a nossa mais tenra idade fomos acostumados a escutar relatos falsificados sobre deus, e há séculos nosso espírito está tão impregnado de preconceitos e falsas convicções que acabamos protegendo mentiras fantásticas como se fossem um tesouro; a pressão é tanta que desperta em alguns a busca da "verdade verdadeira" e finalmente toda essa deturpação nos parece não ser digna de crédito. "Conheceis a verdade e ela vos libertará" - frase atribuída ao sábio Jesus Cristo. É essa verdade que pouco a pouco está aparecendo diante de nossos olhos. 
        Nesta obra, baseado em pesquisas científicas e arqueológicas, trago um estudo aprofundado do fenômeno religioso que norteou e norteia a vida das pessoas, em diferentes parte da terra, nos últimos seis mil anos. 
                As principais fontes foram a História Universal, Ciência, Arqueologia e o estudo das civilizações desaparecidas nos últimos seis mil anos. 
            Aqui o leitor encontrará reunidas a maioria absoluta das informações colhidas por historiadores, arqueólogos, cientistas, pensadores e sábios ao longo de milhares de anos. Meu principal objetivo é informar ao leitor que aspira pela verdade, mas fica confuso diante de tantas superstições e falsas convicções. 
                Não sou contra nenhuma religião porque cada um deve ter liberdade de escolher o que considera melhor para si. Apenas trago a oportunidade para o leitor conhecer todas as principais religiões do mundo. Meu maior objetivo é transmitir aos leitores o pouco de conhecimento que tenho a respeito das religiões que ajudaram a moldar o mundo em que vivemos. Portanto, é importante que todos aqueles que professam uma determinada fé ou crença, saibam como ela se desenvolveu ao longo dos séculos. Mas todas essas informações, em nada diminuem a essência benéfica de uma religião ou seita que procura ajudar e dar mais conforto e esperança ás pessoas de boa fé. Todavia, é preciso conhecer as religiões que ainda existem para escolher a que melhor atende aos interesses de cada um. Também é importante que cada seguidor de uma determinada religião  não se deixe oprimir nem ser extorquido pelos seus líderes. 

Conhecendo a verdade poderá libertar-se das 
convicções e superstições religiosas, mas a escolha 
deve ser de cada um. 

Nicéas Romeo Zanchett 




AS ORIGENS DA FÉ E DAS RELIGIÕES

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               O homem primitivo vivia num permanente estado de terror e medo que resultava em constantes celebrações de ritos mágicos, destinados a manter longe os aspectos pavorosos da natureza. 
              Todos os acontecimentos climáticos inesperados despertavam o medo e a desconfiança. Um simples eclipse solar, a falta regular de chuvas ou o fogo de combustão espontânea eram motivos para buscar o perdão pelos atos praticados que desagradaram ao supremo. Quando a terra era bombardeada por alguns meteoritos, o homem imaginava a fúria de um deus poderoso que residia no céu.
             Com o despertar  da consciência, passou a encarar o espaço que o rodeava como epifania do divino. O homem, pela sua própria natureza de ser espiritual, possui instintos comuns de imaginação e ação, participando nos acontecimentos cósmicos com sonhos e ritos religiosos. Têm um impulso profundamente enraizado  de camuflar o mistério da transformação universal em matéria do divino, mas também existe nele algo que o impulsiona a mostrar e desfrutar do que considera mais sagrado. O símbolo de deus todo-poderoso, que tudo sabe e tudo vê, sempre foi o céu noturno estrelado. A experiência do universo circundante se transforma em resposta ás exigências do poder manifesto de Deus. A divisão do espaço sideral surge do padrão temporal traçado pelo movimento dos planetas. As mudanças de estação ficam refletidas no crescimento e declínio da vida vegetal e das idades do homem. No espaço se revelam os inúmeros aspectos do divino, venerados como divindades individuais. 
              O poder transcendental articula mito e ritual, da mesma maneira como articula a forma das árvores e das plantas. O simbolismo como representação do poder divino é uma forma humana de relacionar-se com o Deus imaginado. Quando se adota um símbolo de significado finito, um ídolo em lugar do misterioso abstrato infinito, há uma aproximação da realidade humana. 
                Ao longo da história o homem adorou deuses com a mesma intensidade em todos os lugares. Aqui fica bem evidente o espírito religioso que é nato nos seres humanos, sejam eles de qualquer nível intelectual e de qualquer lugar do globo. Este espírito religioso universal tem a ver com os últimos estudos científicos sobre a existência de uma determinada partícula situada no cérebro das pessoas crentes. Os cientistas que estudaram este fenômeno deram a esta parte do cérebro o nome de partícula de deus. (Sobre este assunto, dedico um estudo mais aprofundado a seguir.)
             No princípio o homem adorou os aspectos da natureza que lhes pareciam mais poderosos e com os quais mantinha maior relacionamento. Os deuses das época mais primitivas eram animais, montanhas, cavernas, bosques, árvores e rio. Isto durou enquanto se sentiu ameaçado por seu poder arrasador e deixou de fazê-lo quando a sua tecnologia pareceu dominá-los. Mais adiante, todos estes aspectos de poder, personalizados pelas divindades multiformes, se reúnem num só deus que se transformou em homem projetado no espaço. Com o passar do tempo e evolução da consciência, o homem foi se separando das projeções com as quais tinham povoado o mundo vazio dos céus e infernos com suas hierarquias de deuses e demônios. 
               No momento em que o ser humano conhece o nome "Deus", isto é, sua função e poderes especiais, passa a fazer algo com ele e, assim nasce a mitologia. Deste modo, toda a experiência de poder desemboca na aquisição de uma forma, e todo o deus que se estabelece como tal representa a consecução do mesmo grau de consciência. Assim sendo, em todos os momentos cruciais e críticos da vida, como no amor, no conflito e na morte, os deuses continuam exercendo sua influência. 
                 A visão primitiva do tempo é cíclica, não linear; uma sucessão infinita de nascimentos e mortes. A existência toda está entrelaçada pelo ciclo de transformação. As luas novas e cheias eram momentos sagrados. Todos os indicadores do tempo eram constituídos pelas fases da lua, pelo percurso do sol através do seu caminho de estrelas e pelo céu de estações, de  avanço e de retrocesso. A ideia era que a lua regia todas as mudanças cíclicas: a vegetação, a mulher, o nascimento e a morte. Esta ideia inspirou a crença segundo a qual a morte nunca tem caráter definitivo, mas que tudo é parte de um processo de mutação na qual a vida sempre renasce. 
                Quando a mente humana indaga sobre a criação do mundo, a resposta apresenta-se em forma de casualidade. Considera-se Criador aquele que move e não aquele que se move; aquele que se encontra por trás dos acontecimentos do cosmos. "No princípio era o caos, o vazio infinito e deus criou o universo". Ai surge a pergunta: quem criou Deus? As imagens reais de qualquer sistema de estruturação derivam de uma determinada localidade, contudo suas funções são universais. O espaço sagrado criado pela imaginação humana é a zona intermédia entre o cosmos e o caos, (o vazio uniforme desconhecido) lugar estabelecido para o encontro com o divino. 
                 A existência toda está entrelaçada pelo ciclo da transformação. O nascimento, a vida, a morte e o renascimento são intermináveis fenômenos que nossa mente ainda não atingiu a maturidade do entendimento. Nosso intelecto não é ferramenta capaz de entender a misteriosa dimensão de nossa existência. Sempre que tentamos estabelecer valores trans-pessoais, atingimos uma nível de desenvolvimento cujo limite e qualidade se encontra nas conquistas das ciências de civilizações passadas que surgem e se renovam graças ás experiências criativas de alguns indivíduos. 
                 Os mistérios antigos pretendiam estabelecer uma relação entre os homens e os deuses. A deusa egípcia Ísis, filha de Keb (a  terra) e Nut (o céu), possui o poder mágico supremo. Sua união com Osíris ficava associada ao ritual dos mortos. Durante séculos seu culto estendeu-se por todas as províncias romanas, onde foram erguidos inúmeros santuários em sua honra. 
               Nas mitologias sempre aparece a ideia da redução do universo e do cataclismo no final dos tempos. Do ponto de vista mitológico, o começo do mundo com o aparecimento da luz, significa a descoberta subjetiva, a capacidade que o homem tem de pensar, perceber suas ações em relação ao sagrado, observando a evolução de uma consciência que circula o desconhecido a partir de vários pontos. 
                As formas mágicas com as quais o homem se aproxima do seu deus escolhido tem sua origem em sistemas antropomórficos de domínio do mundo. Alguns símbolos carregam os sentimentos universais de tantas pessoas, exercendo tamanha compulsão, que criam a sensação de que a vida depende de sua conservação e contínua representação. Ai surge a identificação do caçador com o animal totêmico, do agricultor com a terra, da serpente e a cultura com as condições atmosféricas, isto é, com seus deuses.
              Os deuses das religiões se tornam, em última análise, princípios e funções da consciência que identifica o homem moderno como simples abstração da qual depende a existência da vida. 
               Mediante a observação, a faculdade imaginativa e o pensamento especulativo, o homem estabelece estrutura para se proteger do caos da existência, numa tentativa de localizar o sagrado que o salvará. 
              As tradições sagradas do mundo constituem uma abundância coletiva de símbolos religiosos criados pelo homem como metáforas do mistério. Mostram as limitações humanas e, todavia, por entre elas brilham as leis universais ás quais todos são subordinados. Oferecem a ideia da fonte, do encontro entre  homem e o milagroso que, para o crente, é a única esperança que confere a validade ao drama da criação. 
                 Na tentativa de entender o divino e o demoníaco, a mentalidade moderna recorreu á psique, de onde provém o ser interior de cada um, ainda bastante desconhecido. O mundo natural, que nos primórdios era seu deus, transformou-se numa coisa sua e, dessa forma, sente-se um estranho isolado no cosmos, numa busca desesperada para encontrar suas raízes interiores. 
              A psique humana é a fonte de todos os fenômenos religiosos e culturais e ainda conserva o conhecimento adquirido antes do aparecimento da consciência de si mesmo. Com o surgimento da consciência, o mundo tornou-se ambivalente, dividido em opostos que resultou num profundo abismo entre a reflexão e a espontaneidade. A consciência do ego provocou um sentimento de solidão, e sua gênesis foi experimentada como culpa e castigo inevitáveis. 
                  A evolução da consciência leva o homem a experimentar a plenitude de sua própria psique.  Então surgem guias - espécies de manuais - para exercer as múltiplas práticas psicotécnicas do mundo interior com as diversas formas de meditações que surgiram pelo mundo todo. Nas práticas de meditação, a aproximação do divino passa a ser um ato psicológico em torno de si próprio para descobrir todos os aspectos individuais. Assim sendo, a psique tem um caráter tão real como o mundo exterior, e a experiência religiosa também atinge os níveis mais profundos da mente humana. Essas práticas retardam o fluxo e, com isto, desaparece a divisão entre o interior e o exterior, tornando o centro divino em onipresente. As transformações espirituais e fisiológicas se identificam com as transformações terrenas, isto é, expressam-se em relações sociais e espaciais. 
               Todo o crescimento e desenvolvimento pessoal pressupõem uma mudança que a nível psicológico equivale a morrer e regressar á existência anterior. A experiência estática que dá vida ao mistério é a de ultrapassar a morte do copo para transformar-se como o deus.
              O encontro do homem com o outro mundo é a consequência da expansão da sua consciência. Considera-se esta expansão como advento do deus que toma posse do homem, utilizando o devoto como seu receptáculo, instrumento para fazer sua vontade. O devoto passa a utilizar em si mesmo o poder divino com o objetivo de atuar no mundo em honra de seu deus, operando milagres, pronunciando oráculos, construindo santuários e dando testemunho de sua forma de existência. 
                 A experiência do temor reverencial assinala a relação entre o poder de deus e o homem. Em todos os lugares aparecem o temor, o amor, a servidão ao deus, e às leis divinas como  termos relacionados entre si. No rituais religiosos liberam-se as tensões emocionais e renovam-se as esperanças em relação ás necessidades humanas da vida individual para garantir a felicidade eterna que se imagina alcançar com a purificação final. Essa é talvez a principal razão para entendermos porque muitas  pessoas, no mundo todo, precisam desesperadamente de uma crença ou religião. Psicologicamente falando, é muito importante  para acalmar os ânimos, manter as esperanças e garantir a harmonia social.
                   O mistério  da morte constitui o maior desafio que  a mente humana enfrenta. Ela é a experiência decisiva que revela a divisão entre o corpo e o espírito. É no encontro com a morte que está a raiz de todos os cultos religiosos. A celebração dos ritos fúnebres religiosos baseia-se na crença de que a morte é apenas outro aspecto da vida, que aos vivos cabe o dever de ajudar os defuntos no momento da partida para a ressurreição. No Egito antigo o rito funerário tinha proporções gigantescas, com grandes cerimônias que podiam durar vários dias. 
              Em nosso tempo, o homem sofre a ilusão de que o universo inteiro se mantém unido pelo pensamento humano. Acredita que, se não se apegar a esta corrente, tudo se desvanecerá no caos. Quanto mais intimamente experimentamos a realidade da vida, menos a entendemos. 
                A mente humana se encontra no estado crepuscular, além do pensamento e da vontade de cada um, onde há algo que a move da mesma forma como em nossos melhores momentos, e então sentimos a necessidade da valorização da vida. A situação terrena mostra o homem como herói de seu próprio drama vital, mas também como um simples ator de uma obra mais ampla, figura evanescente, na eterna ronda da vida através da morte. O homem percebe seu próprio ser e tem conhecimento do mesmo unicamente enquanto é capaz de visualiza-lo na imagem de seus desuses, que constitui a medida de sua penetração no mistério do ser. Concebe a sua emancipação em relação a seu deus mediante a imitação deste. Desta forma o homem transforma-se em criador ao fazer, na sua imaginação, o que fazem os deuses. 
               Hoje sabemos que o poder da natureza está em constante transformação e longe do nosso domínio. Tenta-se exercer influência sobre o universo, mas, quanto mais o conhecemos, mais descobrimos nossa insignificância.
                Movido pela própria consciência de si mesmo, o homem está, finalmente, despertando do seu sonho num mundo que lhe era incompreensível, e cujos mistérios lhe inspiravam  o temor e assombro que o levaram a sondar suas profundezas. Em todo o lugar e época se depara com um poder superior a ele. Na natureza, no céu, ao nascer, durante seu crescimento, nas doenças e na morte. Em épocas de crises, como as que estamos vivendo em relação á natureza, a vida do homem é posta em causa, proporcionando-lhe uma experiência inigualável, colocando-o em confronto com suas próprias limitações. Estas situações inesperadas de perigo confrontam o homem com o caos e com a sua própria impotência, onde a vida depende de sua capacidade de sobreviver ante as forças imbatíveis que a natureza volta a lhe mostrar. Secas Tsunamis, furacões, terremotos etc. Plantas, animais, estrelas, riachos e homens estão todos numa corrente única, com a perpétua possibilidade de se transformarem em outros seres. Neste estado em que tudo participa de tudo, a combinação de formas se nutre no tecido de nossa imaginação buscando harmonia com os poderes cósmicos.  
                  A ciência explica a explosão do átomo e o surgimento da vida através da matéria, mas é a mente humana que tenta entender os mistérios do espírito e dá origem à fé, às convicções religiosas e superstições. 
            A evolução da mente e a cultura humana pode ser a causa da diminuição da religiosidade de origem primitiva  que finalmente está acontecendo em todo o mundo. 

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HISTÓRIAS DA CRIAÇÃO, DA TENTAÇÃO E DO DILÚVIO

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                Com o despertar da própria consciência, o homem percebe que existe um poder muito superior a ele e sente medo. O começo, tanto do tempo como da criação, desperta sua curiosidade e passa a prestar atenção ao mundo que o rodeia. 
             Na sua evolução, o homem vai tomando consciência de sua dependência e de sua própria fragilidade diante do universo. Percebe e relação e influência que circula entre o universo e seu corpo. Olha para o céu e busca respostas nas estrelas; seu medo do desconhecido aumentou com a evolução de sua consciência. 
               Quando descobre a possível existência de um deus, curva-se diante dos acontecimentos cósmicos e naturais; busca uma revelação divina que nele adquire forma e cor; vê seu corpo como um instrumento para encontro com o divino. 
         O homem primitivo era andarilho e passava os dias à procura de alimentos. Seus pensamentos voltavam-se sempre para o poder superior que existia e do qual nada entendia. Imaginava esse poder tomando forma de um ser animal, humano ou estelar que passa a chamar de deus que está no céu e governa toda a terra. Surgem os primeiros profetas andarilhos que tentam explicar sobre o poder desse deus, mas logo se colocam como seus profetas e representantes na terra; dizem ser a ponte que liga o homem comum a esse deus vivo no céu. 
              As primeiras ideias de religião nasceram das preocupações com os acontecimentos do dia-a-dia de cada tribo. Ainda não existia a ideia de governo, mas deus estava vendo e controlando tudo. Logo uma espécie de religião passa a ditar as leis para governar a tribo e garantir a união entre seus membros. A superstição surge e aumenta na mesma proporção em que vive uma existência governada pelo acaso. Todos os membros são informados de que deus tudo vê, tudo sabe e dele ninguém escapa. Estava aberto o caminho para os profetas criarem as primeiras "leis divinas". 
           O povo do Egito há 4.000 anos a.C. tinham forjado uma forma de governo. A população, ao longo do Nilo estava dividida em nomes (do grego nomos, ou lei); reconheciam o mesmo totem, obedeciam ao mesmo chefe, adoravam o mesmo deus e seguiam os mesmos ritos. Era um povo muito poderoso. Um provérbio árabe diz: "Toda gente teme o tempo, mas o tempo teme as pirâmides". 
              A tradição exigia que os governantes egípcios fossem filhos do grande deus Amon; Hatxepsú exigiu ser declarada ao mesmo tempo macho e fêmea. Apareceu logo uma biografia com a de Amon, a mãe da rainha, numa nuvem de perfume e luz, e fora aceito a copularem; e ao retirar-se anunciou a deusa que Ahmasi daria à luz uma filha em quem todo o valor de deus se manifestaria na Terra. Para satisfazer os preconceitos do povo, e talvez o secreto desejo de seu coração, a grande rainha fez-se representar, em todos os monumentos, barbada e sem seios; embora as inscrições a ela se referissem com o pronome feminino, não hesitavam em dá-la como Filha do Sol e Senhor das suas terras. Quando aparecia em público, vinha sempre vestida de homem e com barba postiça. 
          As histórias da Criação, da tentação e do Dilúvio foram tiradas das lendas da mesopotâmia, possivelmente 3.000 anos a.C. 
                  Tudo indica que os judeus se apropriassem de alguns dos mitos da babilônia durante o cativeiro; e é mais provável ainda que os tomassem das antigas fontes semíticas ou sumerianas, comuns a todo o Oriente Próximo. 
              O mito da criação tem forma persas e talmúdicas; representam Deus criado um ser  duplo -macho e fêmea reunidos pelas costas (como irmãos siameses) depois dividindo-os por achar que assim seria melhor. No Gênesis (V.2) encontramos uma estranha frase que diz: "Macho e fêmea criou Ele, e abençoou-os e chamou-lhes Adão". Com isso podemos concluir que, segundo as "informações Bíblicas", nossos primeiros pais foram originariamente macho e fêmea. Esse fato parece ter ocupado todos os antigos teólogos, exceto Aristóteles. (Encontrado em Simpósium, Platão.)
            O Jardim do Éden, do hebraico (Gan Eden) é o local onde ocorreram os eventos narrados no livro do Gênesis (Gen. 2 e 3), ali encontra-se descrito a forma como deus criou o homem e também o jardim que chamou de Éden; e mandou que o homem o cultivasse e cuidasse. A tentação do Éden pareceu em quase todos os folclores - no Egito, na Índia, no Tibe, na Babilônia, na Pérsia, na Grécia, na Polinésia, no México. Muitos desses jardins possuem árvores proibidas e serpentes ou dragões que roubam a imortalidade do homem, ou eventualmente o paraíso. Hesíodo, poeta grego, que viveu 750 a.C., em Trabalhos e Dias narra: "Os homens viviam como deuses, sem vícios ou paixões, vexames ou trabalhos. Em feliz acordo com os seres divinos, passavam os dias na paz e na alegria... A terra era mais bela do que agora, e espontaneamente dava abundante variedade de fruitos... Os homens consideravam-se perfeitamente moços aos cem anos de idade". 
                Tanto a serpente como o figo foram provavelmente simbólicos e fálicos; atrás do mito está a opinião de que o sexo e a ciência destroem a inocência e a felicidade, e são a origem do mal; encontramos essa mesma ideia em Eclesiastes. Na maior parte dessas histórias, a mulher era o gentil agente da cobra ou do diabo, seja Eva ou Pandora, ou ainda a Poo See da lenda chinesa. O Shi-ching, (da lenda chinesa) diz: "Todas as coisas eram a princípio sujeitas ao homem, mas uma mulher nos lançou na escravidão. Nossa miséria não vem do céu, mas da mulher; ela perdeu a raça humana. Ah, infeliz Poo See! Tu acendeste o fogo que nos consome e que sempre aumenta... O mundo está perdido. O vício tudo domina."
               Essas ideias contra as mulheres perduram até hoje. Em muitos lugares, em pleno século XXI, elas ainda são consideradas seres inferiores e prejudiciais ao homem. Ao que tudo indica, ainda levaremos muito tempo para nos livrarmos desses absurdo criados pelas religiões ao longo dos séculos. 
               A lenda do Dilúvio é ainda mais universal. Praticamente todos os povos antigos tinham esta fábula em seu corpo de lendas: poucas montanhas da Ásia não foram o ancoradouro de algum Noé ou Shamash-napishtim.
              Essas histórias fabulosas eram motivo de alegria e veículo ou alegoria dum pensamento filosófico, ou ético de longa experiência racial. 
           As religiões sempre procuram mostrar ao crente que o sexo e o conhecimento trazem mais sofrimento do que prazer e alegria, e que a vida humana está permanentemente ameaçada pelas inundações, isto é, pelas calamitosas enchentes dos rios que flagelavam as velhas civilizações. Para os escritores dessas lendas era importante manter a massa do povo inculta; dessa forma seria mais fácil mantê-lo sobre seu controle sem o uso de força. Ainda hoje, com todo o avanço científico, os líderes que cultivam a revolta e o ódio não querem que a humanidade se ilumine, que perceba sua verdadeira natureza. Vibrações geradas pelos pensamentos e sentimentos criam uma massa psíquica que alimenta a ignorância. O ser humano passa a ser o "cordeirinho" que segue a sinais do líder sem perguntar  para onde vai. O universo é harmonia no mais amplo sentido da palavra; o bem e o mal são apenas modos de ver a harmonia e a desarmonia. 
               Perguntar se tais lendas e histórias fabulosas são ou não verdadeiras, se isso realmente aconteceu, seria propor uma questão superficial e vulgar, seria voltar ao primitivismo humano, pois, está claro que não são o que a história conta. Por outro lado, seria um desacerto não gozássemos de sua encantadora simplicidade e forma narrativa. 


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quinta-feira, 13 de junho de 2019

O ESTUDO DAS RELIGIÕES E AS VÁRIAS ESCOLAS

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             Em busca da orgiem da fé e de suas várias manifestações, pretende o estudo das religiões pesquisar e trazer algumas respostas que sempre inquietaram os homens. Poder-se-ia até dizer que tal pesquisa segue o processo geral do pensamento humano, mesmo se associado a outros estudos e completando-se com eles.
                Entre os historiadores da antiguidade, que se ocuparam com as religiões dos povos, deve-se citar Heródoto (século V a.C.) que descreve estranhos cultos praticados em longínquos países, assimilados, como afirmaria mais tarde Plutarco, pelo mundo greco-romano. 
                 Outro historiador Notável foi Santo Agostinho que, em "De Civitate dei", ao defender a verdade cristã, examina, embora brevemente, as demais religiões.
                Com a Renascença e com as grandes descobertas geográficas, aumentou a curiosidade de estudar as diferentes manifestações religiosas também em relação às populações cuja existência se conhecera. Todavia, um verdadeiro e próprio estudo das religiões cientificamente aprofundado, teve início somente no século XIX, que viu a vitória da pesquisa científica em todos os campos do saber humano. 
                Graças às pesquisas e aos documentos fornecidos por filósofos, teólogos, historiadores, arqueólogos e etnólogos foi finalmente possível, com um processo ordenado e sistemático, reconstruir o desenvolvimento dos fenômenos religiosos. No intuito de integrar tais pesquisas, os estudiosos dirigiram sua atenção para aquilo que os missionários e os exploradores vinham relatando sobre os costumes dos povos selvagens com que tiveram contato, considerando que estes poderiam ser os continuadores de concepções pré históricas ainda existentes. 

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              Em uma época distante de nós, talvez centenas de séculos, os homens, impressionados por fenômenos magnéticos da natureza, celebraram, por inata disposição mental, a existência de um Ser Supremo, dominador do céu e da terra. Esse instintivo senso do divino guiou-lhes o espírito para a piedade religiosa e para a concepção do bem e do mal.

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                  Surgiram assim, várias escolas e teorias, cada uma delas procurando explicar, a seu modo, a origem das religiões. 
                Para citarmos somente as mais importantes, mencionaremos a Escola Filológica, assim denominada porque seus representantes se restringiam apenas à documentação literária (e por isso muito avançada em confronto aos primitivos), relativa ás religiões indo-europeias; segundo o maior expoente dessa escola, Müller, o sentimento religioso teria despertado o homem sob a impressão dos fenômenos da natureza; a religião teria sido percebida, no início, de maneira vaga, sem uma precisa concepção de divindade (Enoteísmo) e somente sucessivamente se passaria á concepção de um Ser Supremo de ilimitado poder (Monoteísmo) ou de várias potências (Politeísmo) com florilégios mitológicos. Mas a teoria aguentou muito parcialmente a crítica porque, se podia ser considerada válida para os povos indo-europeus de cultura mais adiantada, não se poderia aplicá-la às populações inferiores e primitivas do  mundo todo. 

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              A prova do senso da divindade é inerente em cada indivíduo e no-la fornecem os selvagens, que vivem nos mais remotos recantos da terra, desde o Yamanas, habitantes da Terra do Fogo, a região mais meridional do globo, às mais nórdicas populações do Ártico. Os Yamanas invocam, o Ser Supremo chamando-o Watauinewa e Hitapuam, nomes que significam "Pai, meu pai, pai meu!" 
                   Os Pigmeus submetem-se cegamente á vontade de "Mungu" (ou "tore") que tudo vê e tudo sabe. Um canto pigmeu diz: "Quando vimos ao mundo, o criador olha para nós e nós para Ele". Os Pigmeus temem o arco-íris porque narra a lenda que com ele deus se mostrou a um parricida (alguém que matou o pai, a mãe, o avô ou a avó). Quando o arco-íris aparece, cobrem os olhos com seu pequeno arco de  caça para adorá-lo sem olhá-lo diretamente. 
                Até entre os povos antropófagos existe o senso da divindade. Eles imaginam seu deus como um Ser Sobrenatural, que determinou os confins do mundo, e diante do qual toda criatura humana teme. 

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                Em meados do século dezenove, sob a influência do Evolucionismo materialista (teoria defendida por cientistas com Darwine Von Naegeli) surgiu a Escola Antropológica, que situou as religiões na base das observações sobre selvagens viventes. Segundo teorias expressas por essa escola, algumas práticas religiosas em uso entre os selvagens encontram-se ainda hoje entre povos que alcançaram alto grau de civilização. Isso significa que religiões superiores teriam evoluído após passar por um estágio inferior de que as citadas sobrevivências seriam a prova.
            Em nítido contraste com a escola Antropológica está a Escola Histórica, a qual não admite pressupostos nem conclusões teóricas, mas exige que os estudiosos enfrentam a pesquisa baseando-se exclusivamente na realidade histórica dos documentos e sigam um processo lógico, despido de preconceitos. O mérito dessa escola é ter trazido à luz o fato de que também entre populações viventes, em um estado ínfimo de civilização, se encontram concepções religiosas puras e elevadas. 
              Outra contribuição ao estudo geral das religiões foi dada pela Escola Sociológica, a qual pôs em relevo a influência que a sociedade religiosa exerce no indivíduo e reconheceu a tendência de toda a religião em organizar-se em comunidades (ou igrejas). Foi, ao invés, unanimemente combatida a outra teoria dessa escola, segundo a qual a religião não seria mais do que um fenômeno social e, o "senso da divindade", uma necessidade das massas e não do indivíduo. 
               Com o avanço da ciência, com a teoria do Big Bang, os materialistas ganharam força. Surgiu a ideia de que  tudo é matéria e energia; a matéria é força e a substância é movimento. Portanto, vida é mudança, é a corrente neutra de transmissão e extinção. A alma é apenas um mito que, para conveniência de nossos cérebros, colocamos, sem nenhuma base, atrás do fluir dos nossos estados conscientes. O nosso espírito - unidade de apercepção transcendental - tem o poder de transformar sensações e percepções em pensamentos, é uma espécie de espectro, uma forma automática de passar memórias e ideias para serem aplicadas em decisões e ações. Mesmo o "ego" não é uma entidade distinta destes estados mentais, mas sim meramente a continuidade desses estados, a recordação de estados anteriores,  em conjunto com hábitos mentais e morais, disposições e tendências do nosso organismo. É preciso saber que a sucessão desses estados não é causada por uma "vontade mítica", mas pelo determinismo da hereditariedade, do hábito, do ambiente e das circunstâncias. Esse fluído mental que é apenas estado mental, essa "alma" ou "ego", que não passa de um caráter ou preconceitos formado pela hereditariedade e experiência passageira, não tem, portanto, imortalidade que implique na continuação do indivíduo após a morte. A matéria volta sempre ao seu estado original e a energia se liberta e se propaga no ambiente, mas não tem barreiras limitantes. Todavia, sempre que há um novo nascimento, para dar-lhe vida é necessário que receba a energia vital do "tudo" - cosmos - no nosso caso do Sol. Esta energia pode ser a mesma de seres que já passaram por aqui (viveram). Isso explica porque muitas pessoas já nascem com esta ou com aquela habilidade. 

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A PARTÍCULA DE DEUS SITUADA NO CÉREBRO HUMANO

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               Na fronteira entre a França e a Suíça exite um Grande Colisor  de Hádrons (LHC) - um acelerador de partículas gigantesco (cerca de 27 quilômetros subterrâneos) Ali foi descoberto uma nova partícula, batizada de pentaquark. 
              Os estudos sobre o pentaquark vem desde os anos 1960, mas assim como o Bóson de Higgs (ou "partícula de Deus") os cientistas não conseguiram detectar o Pentaquark durante décadas. 
             Durante a primeira década dos anos 2000, várias equipes de cientistas alegaram ter finalmente detectado os pentaquarks, mas sempre questionadas por outros experimentos. 
              Agora, cientistas imaginam ter encontrado o que ficou conhecido como "a partícula de Deus". Então, uma das mais importantes pesquisas da física pode ser comprovada: o bóson de Higgs, ou seja a "partícula de Deus". Procurada por mais de 40 anos, chegou a ser chamada de "o Santo Graal" da física. Ficou bastante conhecida depois que o cientista Leon Lederman escreveu um livro sobre ela, mas ele, ao contrário, não quis canonizar a partícula idealizada por Peter Higgs em 1966; tanto que deu o nome de "The Goddamn Particle" (A partícula amaldiçoada). 
               Quando se analisa, sem paixões, a evolução da espécie humana fica bem evidente o fato de que o homem primitivo vivia em meio ao terror e medo. O cérebro, com um todo, foi se desenvolvendo lentamente, há milhares de anos, tanto para a evolução e desenvolvimento de suas habilidades, como para o instinto de sobrevivência. A sobrevivência e longevidade tem muito a ver com o medo, tanto de predadores como do próprio sistema natural do planeta com seus inúmeros cataclismos, trovões, raios etc. Portanto, a hoje chamada "partícula de Deus" na verdade é a "partícula do medo". Ela continuou a se desenvolver nas pessoas que continuam com medo da morte. Isso é mais evidenciado naquelas que, ignorando a ciência, continuam acreditando e temendo um ser superior. É por essa razão que quando os cientistas analisam os cérebros de religiosos e crentes, comprovam que esta partícula é mais desenvolvida do que nos ateus e céticos. 

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COMO SE DISTINGUEM AS RELIGIÕES NO MUNDO

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               Quando vamos traçar um quadro das religiões do passado e do presente devemos, antes de tudo, classificá-las em duas grandes categorias: religiões inferiores, entendendo-se por "inferiores" aquelas mais pobres de conteúdo espiritual, caracterizadas pelos seus ritos e superstições, e religiões superiores, inspiradas em conceitos morais e sustentadas por elevados princípios dogmáticos. 
                 Outra diferença de capital importância é aquela que diz respeito á concepção de um Ser divino, pelo qual se distinguem as religiões monoteístas daquelas politeístas. No Monoteísmo, realmente, a divindade é concebida não só como uma, mas como exclusiva. Somente de seu poder; que é ilimitado, depende a origem do mundo e de sua existência; somente dela se aguarda o juízo final para todas as obras terrenas. Diferentemente é a monolatria, que, mesmo admitindo várias divindades, dirige o culto para um só. 
              Oposto à concepção monoteísta é o Politeísmo, segundo o qual atributos divinos e poderes são distribuídos entre vários deuses. Não menos importante é a diferença entre religiões "reveladas", isto é, patenteada pela própria divindade, e aquelas "não reveladas", que surgem como resultado de um processo espontâneo, baseado nas inatas disposições do homem perante a fé. mas uma concepção não exclui necessariamente a outra e até se encontram, geralmente, associadas sem contraste algum. 
                  Entretanto, na base de qualquer forma de culto, subsistem alguns elementos comuns, que se encontram seja nas religiões do passado seja naquelas do presente e nas religiões inferiores, bem como naquelas superiores: 
                a) A concepção de uma ou mais divindades, superiores e independentes de qualquer forma humana; 
                 b) O conceito de sagrado, pelo qual a divindade é respeitada e venerada. A ela se deve completa submissão e com ela é possível comunicar-se espiritualmente: 
                 c) A função religiosa, pela qual se adora e se propicia a divindade; 
                 d) O ofício de um sacerdote, que superintende ao culto e ao qual é confiada a custódia e transmissão da fé; Intermediário entre o ser comum e o deus. 
                e) O sacrifício, que pode ser material ou simbólico, e que é efetuado tanto para expiar os pecados como para impetrar graças; 
               f) O lugar sagrado, ligado ao culto, que pode encontrar-se tanto ao ar livre como em local fechado (templo). 

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           A misteriosa natureza do fogo, que se manifesta pelos raios, a dificuldade de obtê-lo, deu origem ao culto deste elemento entre muitos povos, desde os primitivos arianos às viventes seitas dos Persas e de algumas tribos selvagens da África e da Austrália.
            O sacerdócio é elemento comum a todas as religiões. Por vezes, a designação dos sacerdotes está ligada a uma estirpe ou uma família e a dignidade sacerdotal se transfere entre seus membros; por vezes, elege-se aquele que for mais digno. Entre povos, o sacerdócio é exclusivamente  reservado aos homens, entre outros, é estendido também às mulheres. 

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A RELIGIÃO DOS PRIMITIVOS E O XAMANISMO

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                 É muito interessante observar quais são os aspectos que mais frequentemente assume as concepções religiosas entre as populações selvagens ainda existentes. 
              1 - Animismo - Deriva de um estado de primitividade mental, muito difuso entre os selvagens, pelo qual todos os seres dotados de vida ou movimento (astros, animais, rios Etc.) são imaginados como dotados de uma alma semelhante àquela humana. Esta concepção pode ser quase comparada àquela que domina o mundo da fábula.
                Tal religião de algumas tribos da Ásia, da África, das Américas e da Oceania. Pode-se, todavia, afirmar que elementos de animismo  sobrevivem também nas religiões de alguns povos que atingiram um mais alto grau de civilização. 
              Na mesma base do animismo, mas em conceitos mais sociais do que religiosos, é o Tabu. "Tabu" é a palavra polinésia com a qual se designa pessoa ou coisa que não deve ser tocada, usada ou ofendida. Tal proibição assume caráter sagrado. Algumas coisas, pessoas, objetos ou animais, são tabus, como: os cadáveres, os  feiticeiros, os chefes. A violação do tabu possui consequências nefastas: doenças, desgraças, loucuras, mortes. Na base dessa concepção reside o temor do mal que ataca o indivíduo por causas fatais, superiores a qualquer força humana. 
            2 - Naturalismo - Não difere substancialmente do animismo, mas se volta para a natureza com um conceito mais amplo. Também aqui o culto é voltado para objetos naturais, que se imagina animados por espíritos que desencadeias determinadas forças e provocam determinados fenômenos. O céu é, por exemplo, concebido como um grande ser vivo, que se identifica com a suprema divindade; outra divindade suprema, em certas populações, é, ao invés, a fertilidade da terra produtora de alimentos vegetais. Essas crenças dão origem a várias formas de culto, ora diretamente dirigido ao céu, á terra, ao sol, ora complicado por concepções simbolistas, enquanto o céu, a terra e o sol são considerados como expressão máxima de poder, da fecundidade, da luz etc. O Naturalismo é bastante difuso entre as tribos negras, peles-vermelhas, neozelandesas, javanesas e finezas. 

Existe um imaginoso e estranho culto dos Negrinhos (centro da África) cujos ritos propiciatórios estão voltados principalmente para obter auxílio da divindade nas caçadas, nas pescas e nas guerras. este povo acredita que o espírito supremo, sob forma de um imenso elefante, seja capaz de manifestar-se ao homem por meio do arco-iris. A magia acha-se intimamente ligada ao culto dos primitivos e se prende aos ritos sagrados. os Lauemburgues, habitantes das ilhas dos Mares do Sul, consideram o demônio Tumbaum, que vive na floresta, a causa de todos os males. Como defesa  e esconjuro, após tingir-se a testa, entram no bosque batendo castanholas feitas de cascas de nozes. Já os Boximanes da África Meridional, acreditam que uma força sobrenatural contenha a chuva. Para romper o encanto, os feiticeiros realizam danças, que se tornam sempre mais convulsas. Os homens acompanham-nos com canto. É conhecida como "dança da chuva". 

             3 - O Toteísmo (de "totem" = reino, família). Embora obscuro e discutido em suas origens, não difere substancialmente do estado mental do animismo. É uma crença de algumas tribos selvagens, baseada na convicção de que existe um laço de parentesco entre a própria tribo e um determinado tipo de animal ou, em raros casos, de um vegetal. O Totem é considerado como chefe da estirpe da tribo, pelo que esta assume do próprio Totem, toma luto quando o animal morre e chora-o como se fora um parente; sua pele torna-se agasalho ou veste durante as cerimônias sagradas e sua imagem é representada nas armas, nas insígnias e nas tatuagens. O Totem protege, cura, socorre, prediz o futuro, serve de guia e mantém o liame entre os membros da tribo, assegurando-lhe a coesão. Devido a tais características, os estudiosos se acham concordes em atribuir ao Toteísmo um valor social superior áquele religioso. 
                O Toteísmo existe entre algumas tribos peles-vermelhas, entre as populações das ilhas do Pacífico, da Austrália e da África. 

O Totem, mais que uma divindade, representa, simbolicamente, a origem e a unidade moral da tribo. Para o maior parte dos Australianos o Totem é o canguru e a Ema; para os índios Peles-Vermelhas, é a águia do Totem aparece também nas insígnias, nas armas, nas tatuagens e, entre os Moaris, sobre postes esculpidos, que sustentam as choupanas. 

                   4 - Fetichismo - (do português, feitiço = magia, encantamento, amuleto). 
                Por Fetichismo entende-se o culto dirigido a objetos inanimados; utensílios, pedras etc. Poderíamos considerá-lo, à primeira vista, como uma forma bastante rústica de religião, mas pesquisas aprofundadas demonstram que tais objetos são adorados não por si mesmos, mas pelo espírito que neles se imagina oculto e que, por meio deles, existe e age. O objeto assume, então, uma importância puramente simbólica, enquanto a adoração vai até a uma força sobrenatural. Portanto, ele acaba por identificar-se como o Animismo, embora o culto se manifeste em forma mais rudes e elementares, supersticiosas. 
               E voltando a falar na Magia que, mesmo não possuindo nenhum conteúdo religioso, sendo até oposta sua concepção, está, porém tão estreitamente ligada e entrelaçada ao culto dos primitivos que não se pode excluí-la desta discussão. 
            Enquanto a base de toda prática religiosa é a submissão á divindade, as práticas mágicas, ao contrário, tendem para absorver as forças sobrenaturais do home. na base da magia está, portanto, a convicção de que, sendo, as coisas dotadas de poderes particulares, seja possível, por meio de evocações, exorcismos e esconjuros obrigá-las a ceder essas suas forças. 
                 Já se disse supor que todos os povos incultos tenham uma concepção religiosa despida de espiritualidade, mas tal não acontece. É, ao invés, justamente no seio das mais primitivas populações, onde esperamos encontrar as crenças mais grosseiras, que encontramos, geralmente, uma fé ardente voltada para um ser não localizado, tido como imortal, cuja existência seria anterior ao nascimento do mundo, criador do universo e dos homens, onipotente, onisciente e bom, que exige dos seres humanos a observância de um código moral e ao qual eles irão prestar contas depois da morte para serem premiados ou punidos segundo for julgada sua vida terrena. esta é a fé dos Pigmeus, dos Fueguinos, dos Boximanes, de algumas tribos do Sul da Austrália, da África, da América do Norte e também de algumas de nossas tribos brasileiras. 
             Acontece, então, que, entre populações incultas, mas chegadas a um grau um tanto adiantado de civilização, aquele "ser puro", mesmo sendo ainda recordado e venerado, é considerado demasiado alto para poder preocupar-se com os homens. Por esse motivo, eles têm imaginado uma multidão de divindades inferiores, mais acessíveis, a quem se dirigem, mediante ritos propiciatórios, que muito se aproximam da magia. isso ocorre, por exemplo, entre os Cafres, os Papuas, os Polinésios, os esquimós e os Tártaros. 


A MAGIA DO FEITICEIRO XAMÃ
              O Xamanismo é considerado o berço das religiões que começaram a surgir na moderna espiritualidade do homem que busca uma conexão.
              Nas práticas de meditação, a aproximação ao divino passa a ser um girar psicológico em circulo em torno de si mesmo para descobrir todos os aspectos individuais; isto equivale a admitir que a psique tem um caráter tão real como o mundo exterior e que a experiência religiosa que, por definição, é a apreciação do mais elevado, também atinge os níveis mais profundos da mente humana. 
             Os rituais, que se baseiam no princípio da intensificação, com o ponto culminante de catarse ou êxtase, fomentam a solidariedade de vida, e o homem atua como centro responsável pelo rito. 
             A luta universal entre as forças da luz e da obscuridade, ou do bem e do mal, tem inumeráveis representações na iconografia do mundo inteiro. O grande ciclo da vida, do nascimento, da morte e do novo nascimento, constitui o núcleo de todos os cultos religiosos. O comportamento ritual mostra a aplicação da instituição e da emoção humana aos fenômenos não humanos. 
             O novo xamanismo ou neo-xamanismo, é uma mistura de ritos dos povos nativos de toda a América; consiste numa mistura de cristianismo, hinduísmo, budismo, ioga, meditação e até psicologia junguiana. O objetivo é conectar-se com o sagrado, com o "grande espírito" e com o próprio "eu superior", o "self" como era chamado por Jung. O guia para este mundo interior consistia em exercer as múltiplas práticas psicodélicas de meditação e rituais que surgiram pelo mundo. As maneiras de chegar lá são diversas, vão desde bater tambor até cantar hinos e ingerir bebidas feitas com ervas conhecida como "plantas do poder", dotadas de propriedade  psicoativas. Entre as principais plantas estão o "peyote", dos índios da América do Norte; o "wachuma", dos índios andinos, que na língua quéchua significa "ébrio consciente"; a "jurema" da Amazônia, cujo princípio ativo é o DMT (dimetiltriptamina); a mais popular mistura de um cipó e uma folha, que também contém DMT, substância cristalizadora das "mirações", ou visões. 
            O primeiro grande texto mágico-religioso conhecido é o proveniente da cultura sul-americana, que foi publicado por Wassem e Holmer. Esse documento lança uma nova luz sobre certos aspectos da cura xamanística e coloca problemas de interpretação técnica que os excelentes comentários dos editores não bastam certamente para esgotar o assunto. Trata-se de um longo encantamento, cuja versão indígena ocupa dezoito páginas, divididos em quinhentos e trinta e cinco versículos, recolhido de um velho informante de sua tribo pelo índio Cuna Ghillermo Haya; essa tribo habita o território da república do Panamá. 
               O objeto do canto é ajudar um parto difícil. Ele é um empregado excepcional, visto que as mulheres indígenas da América Central e do Sul dão à luz mais facilmente que aquelas das sociedades ocidentais. A intervenção do xamã é, pois, rara e realizada na falta de êxito, a pedido da parteira. O canto inicia-se por um quadro de perplexidade desta última, descreve sua visita ao xamã, a partida deste para a choça da parturiente, sua chegada, seus preparativos, que consistem em fumigações de favas de cacau queimadas, invocações, e confecções das imagens sagradas ou muchu. Essas imagens, esculpidas nas essências prescritas que lhes dão a eficácia, representam os espíritos protetores, que o xamã faz seus assistentes, e dos quais toma a direção para conduzi-los à morada de Muu, potência responsável pela formação do feto. O parto difícil se explica, efetivamente, porque Muu ultrapassou suas atribuições e se apoderou do purba ou "alma" da futura mãe. Assim, o canto consiste inteiramente numa busca; busca do purba perdido, e que será restituído após inúmeras peripécias, tais como a demolição de obstáculos, vitória sobre animais ferozes e, finalmente, um grande torneio realizado pelo xamã e seus espíritos protetores contra Muu e suas filhas, com a ajuda de chapéus mágicos, cujo peso estas últimas são incapazes de suportar. Vencida Muu deixa descobrir e libertar o purba da doente; o parto se dá, e o canto termina pelo enunciação das precauções tomadas para que Muu não possa evadir-se após seus visitantes. O combate não foi empenhado contra a própria Muu, indispensável à procriação, mas somente contra seus abusos; uma vez que estes foram retificados, as relações se tornaram amistosas novamente, e a despedida de Muu ao xamã quase equivale a um convite para v~e-lo novamente. 

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                Os seres vivos e o universo, o microcosmo e o macrocosmo obedecem universalmente as mesmas leis. As danças rituais e as bebidas são consideradas, pelos crentes, necessárias para mover o cosmos a seu favor. A situação terrena, que implica a divina, mostra o homem como herói de seu próprio drama vital, mas também como outro simples ator na obra mais ampla que regula a vida e a morte. Penetrar no templo sagrado equivale a penetrar no eterno intemporal, que para eles, é idêntico ao aqui e agora. Dessa forma, torna-se "um" diante de toda a criação universal que constitui a marca do divino e significa o paraíso para o homem.
               A psique humana, como fonte de todos os fenômenos religiosos e culturais, conserva o conhecimento adquirido pelo homem antes do aparecimento da consciência de si mesmo. Se o crente deseja recuperar a integridade, impõe-se a necessidade de estabelecer o vínculo divino e, com a ajuda da mente consciente, compreender as imagens adormecidas em sua psique. Com rituais e bebidas alucinógenas libertam-se as tensões emocionais e se engendra nova esperança em relação ás necessidade humanas que surgem na vida individual e seus equivalentes sazonais da natureza e do cosmos para garantir a felicidade eterna que se alcançará com a transformação final. O rito é, portanto, uma necessidade metafísica, em que se combinam circunstâncias humanas e acontecimentos cósmicos, embora a profunda seriedade da vida possa ficar mascarada pela imitação e pela representação. 
               Para o crente, o ritual religioso impulsiona-o a ultrapassar os confins da consciência e saltar o abismo inexistente entre a espontaneidade e a reflexão. Com o objetivo de compreender o mundo e harmonizar-se com ele, apenas necessita de conhecer os mitos, participar dos rituais, decifrar seus símbolos e através deles se vincula com seu mundo interior e com o divino. A substância divina imaterial, quando se manifesta nas religiões mais íntimas ou mais inferiores, se recobre com a substância material de todas as esferas, através das quais viajou. A luta entre aspectos luminosos e obscuros, como sintomas de duais manifestos da unidade que é a vida, se desenvolve em todos os níveis da criação. 

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              Prática essencial de cada culto é o sacrifício que é consumado com a matança de animais, com a oferta de primícias ou, também simbolicamente. Os Pigmeus acham que tudo pertence a Deus, porque Ele tudo criou; por isso lhe são ofertadas, em holocausto, todas as primícias. O coração do animal é atirado na floresta, para quem ela o receba. Os índios Omaba dos estados Unidos oferecem uma mecha de cabelos cantando: "Deus da guerra, Deus do trovão, diante de Ti, em teu alto reino, passam os cabelos como uma sombra..."
              A fé ardente dos índios Pawnees (estados Unidos) manifesta-se com um fervor que atinge o êxtase. Eles tem visões que supõem reais, ainda que sobrenaturais e sagradas. Segundo os Pawnees, as visões baixam à terra por ordem de deus e depois retornam ao seu posto após terem proporcionado alegria e conforto aos homens. A tribo aguarda-as cantando hinos sacros. 
         Depois dos trabalhos de Cannon, percebe-se mais claramente sobre quais mecanismos psicofisiológicos estão fundados os casos, atestados em inúmeras regiões do mundo, de morte por conjuro ou enfeitiçamento. Um indivíduo, consiste de ser objeto de um maléfico, é intimamente persuadido pelas mais solenes tradições de seu grupo, de que está condenado; parentes e amigos partilham desta certeza. Desde então a comunidade se retrai; afasta-se do maldito, conduz-se a seu respeito como se fosse, não apenas já morto, mas fonte de perigo para seu círculo; em cada ocasião e por todas as suas condutas, o corpo sugere a morte à infeliz vítima, que não pretende mais escapar àquilo que ela considera como seu destino inelutável. Logo, aliás, celebram-se por ela os ritos sagrados que conduzirão ao reino das sombras. 

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