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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

COMO SE DISTINGUEM AS RELIGIÕES NO MUNDO



                Quando vamos traçar um quadro das religiões do passado e do presente devemos, antes de tudo, classificá-las em duas grandes categorias: religiões inferiores, que são aquelas mais pobres de conteúdo espiritual, caracterizadas pelos ritos e superstições; e religiões superiores, inspiradas em conceitos morais e sustentadas por elevados princípios dogmáticos. 
                   Outra diferença de capital importância é aquela que diz respeito á concepção do Ser divino, pelo qual se distinguem as religiões monoteístas daquelas politeístas. No Monoteísmo, realmente, a divindade é concebida não só como uma, mas como exclusiva. Somente de seu poder, que é ilimitado, depende a origem do mundo e de sua existência; somente dela se aguarda o juízo final para todas as obras terrenas. Diferentemente é a Monolatria, que, mesmo admitindo várias divindades, dirige o culto para um só.
                   Oposto à concepção monoteísta é o Politeísmo, segundo o qual atributos divinos e poderes são distribuídos entre vários deuses. Não menos importante é a diferença entre religiões reveladas, isto é, patenteada pela própria divindade, e aquelas não reveladas, que surgem como resultado de um processo espontâneo, baseado nas inatas disposições do homem perante a fé. Mas uma concepção não exclui necessariamente a outra e até se encontram, geralmente, associadas sem contraste algum. 
                  Entretanto, na base de qualquer forma de culto, subsistem alguns elementos comuns, que se encontram seja nas religiões do passado, seja naquelas do presente e nas religiões inferiores, como naquelas superiores: 
  1. A concepção de uma ou mais divindades, superiores ou independentes de qualquer forma humana; 
  2. O conceito de sagrado, pelo qual a divindade é respeitada e venerada. A ela se deve completa submissão e com ela é possível comunicar-se espiritualmente; 
  3. A função religiosa, pela qual se adora e se propicia a divindade; 
  4. O ofício de um sacerdote, que superintende ao culto e ao qual é confiada a custódia e transmissão da fé; intermediário entre o ser comum e o deus. 
  5. O sacrifício, que pode ser material ou simbólico, e que é efetuado tanto para expiar os pecados como para impetrar graças; 
  6. O lugar sagrado, ligado ao culto, que pode encontrar-se tanto ao ar  livre como em local fechado (templo).  
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A misteriosa natureza do fogo, que se manifesta pelos raios, a dificuldade de obtê-lo, deu origem ao culto deste elemento entre muitos povos, desde antigos e primitivos arianos às viventes seitas dos Persas  e de algumas tribos selvagens da África e da Austrália.
O sacerdócio é o elemento comum a todas as religiões. Por vezes, a designação dos sacerdotes está ligada a uma estirpe ou a uma família e a dignidade sacerdotal se transfere entre seus membros; por vezes, elege-se aquele que for mais digno. Entre alguns povos, o sacerdócio é exclusivamente  reservado aos homens, entre outros, é estendido também às mulheres.

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