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terça-feira, 21 de agosto de 2018

CRISTIANISMO - O INÍCIO DAS PREGAÇÕES



                      Os fatos aqui narrados nos mostra que, de fato, Pedro foi o responsável pela inicial expansão do Cristianismo. Por tal razão é, por muitos, considerado como o verdadeiro criador da religião cristã. 
                 Sabemos que a pregação do Cristianismo teve início em Jerusalém, por obra de Pedro. Daquela cidade o apóstolo passou para Antioquia, pelos pagãos, e depois para Roma. Regressou, a seguir, a Jerusalém, a fim de presidir o primeiro Concílio (reunião) dos apóstolos. Para fugir às perseguições, Pedro volta a Roma, dizem, depois de 60, e ali, em 67 ou 68, sofreu o martírio. Por isso ficou sendo o centro da Cristandade e sede dos Papas, considerados sucessores de Pedro.  
                A princípio, o ensinamento de Cristo encontrou em redor de si o originário mundo hebraico e, a seguir, aquele mundo grego-romano, materialista e pagão, o qual, tendo, todavia, assimilado a cultura dos filósofos, estava maduro para uma revolução espiritual e moral. Nada melhor do que o Evangelho para responder a essa natural religiosidade, que constituía uma das fundamentais necessidades da alma humana, e isso explica porque o Cristianismo teve rápida e larga expansão. Todavia, é também verdade que enormes dificuldades, de origem social e política, se opunham ao seu triunfo. Para os pagãos, Jesus não era apenas um Hebreu, mas também condenado á morte por grave crime. Além disso, a ética cristã, que exigia uma vida casta e pia e a caridade fraterna também para com os humildes, opunha-se decididamente aos maus hábitos de um mundo materialista e corrupto.
                   Já pela metade do século I, o Cristianismo dava  prova de uma vitalidade tal que é considerada a manifestação mais evidente da sua origem divina. A mensagem evangélica, como se viu, possui caráter nitidamente universal. Os ensinamentos do "Filho de Deus", referindo-se ao homem em geral e não somente ao povo judaico, tornaram a doutrina de renascença espiritual válida para todos. 
                   Entretanto, um pequeno grupo de iletrados, de gente humilde, desperta por sua origem hebraica, conseguiu difundir aquela semente espiritual de que Cristo falara em suas parábolas, de modo a vencer, em poucos séculos, todo o mundo do Ocidente e, em grande parte, também do Oriente. Logo de início, o Cristianismo afirmou-se entre os povos do Mediterrâneo Oriental. É certo que, ainda antes de Trajano (53 - 117), estava já rapidamente difundido na Palestina, na Síria, na Ásia Menor, na Macedônia, no Epiro (Grécia), na Ilíria, no Porto, em Alexandria, da Egito, na Dalmácia e em alguns centros das encostas da Itália central e meridional. Dizem que já havia, também, na Espanha, núcleos de Cristãos. Em fins do século II, o Cristianismo contava com prosélitos em todo o vasto Império Romano.
                  A maioria dos convertidos, constituída de início por aquela gente pobre e humilde,  para quem a palavra de Jesus era especialmente dirigida, ajuntaram-se bem depressa elementos  provenientes de classes mais elevadas. De fato, conta-se que, no ano 180, uma enorme multidão de nobres já havia aderido ao Cristianismo, que conquistara ferventes discípulos nas fileiras das legiões romanas. Tertuliano, célebre apologista e escritor romano de Cartago, nascido em 160, testemunha que a religião de Cristo invadira os acampamentos, o fórum,  o senado e a corte. 



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