Total de visualizações de página

sexta-feira, 31 de maio de 2019

CONFÚCIO E SUA DOUTRINA --

O livro físico está á venda na >> www.allprinteditora.com.br

Clique na foto para ampliar. 

                 A tradição taoista relata que Lao Tse, quase nonagenário, entreteve-se com um jovem filosofo K'ung, que empreendera uma longa viagem para encontrá-lo, e, juntos, discutiram as respectivas doutrinas. A realidade histórica nega tal encontro, todavia, essa lenda serviria para confirmar a pacífica coexistência, na China do século V a.C., de dois movimentos religiosos diversos entre si sob muitos aspectos, o que não teria provavelmente acontecido entre nenhum outro povo menos tolerante e pacífico que o chinês. 
              Típico representante do caráter nacional foi justamente K'ung Fu-tzu (o grande mestre K'ung), cujo nome foi latinizado, pelos primeiros jesuítas, por Confúcio. Ele foi uma das figuras mais representativas do pensamento oriental. 
           Embora alguns históricos lhe atribuam os cinco livros (King) clássicos da filosofia de Confúcio, e a China o considere mais robusto pilar em que se apoia a sua civilização, ele definiu a si próprio um transmissor da tradição dos avós e não o fundador de uma crença. O que de mais notável dele permaneceu são as máximas e os ditados, transcritos pelos discípulos e, sucessivamente, comentados e recolhidos em quatro livros, que foram, durante séculos, usados nas escolas como livros de leitura. 
             Na base da doutrina confucionista, como na taoista, está a harmonia. Pela harmonia existente entre os homens, afirma Confúcio, chega-se à harmonia universal. Uma só lei suprema preside, assim,  a ordem do universo e também a ordem das coisas terrenas. A diferença substancial entre a doutrina de Lao Tse e aquela de Confúcio é que, enquanto a primeira se ocupa com a paz e a salvação universal, pondo o homem em contato com a natureza e em mística união com Tao, as teorias de Confúcio estão dirigidas no sentido de se obter, acima de tudo, a harmonia do entrelaçamento social. Elas visam a elevação do espírito além da vida e além da morte, mas não perdem nunca de vista as exigências terrenas. É a ele que a China deve aquela gigantesca estrutura social que foi, durante milênios, sua força. 
                Caracteres fundamentais da moral confuciana são: o respeito ao passado, o afeto filial e as outras quatro relações de obediência (entre súdito e governante, entre mulher e marido, entre irmão mais velho e irmão mais novo, entre moço e velho); a justiça em lugar da vingança. Confúcio condena a fácil moral aparente, que se satisfaz com a aprovação dos homens e ensina a atingir a perfeição segundo três atalhos que iluminam: A consciência , que faz distinguir o bem do mal; a caridade, que nos faz amar nossos semelhantes e a coragem, que incute a energia necessária para viver.  
             Nos dois séculos que se seguiram á sua morte, as teorias de Confúcio conquistaram, acima de tudo, as classes dos governantes, os quais tributaram grandes homenagens á sua memória, contribuindo para que Confúcio se tornasse objeto de culto religioso. 
          Os adeptos de Confúcio encontram-se, sobretudo, entre as classes cultas, mas, em algumas cerimônias, especialmente naquelas dedicadas aos finados (que Confúcio ensinou a conservar em altíssima honra) veem-se, frequentemente, sacerdotes taoistas e confucianos oficiar juntos, já que uns e outros acreditam que a solicitude dos vivos ajude os mortos a entrar no exército dos espíritos bons. 

 ********************************
               O culto aos mortos e aos antepassados figura entre os mais sentidos na China. Tanto a doutrina taoista quanto a confuciana recomendam honrar os finados. Nos funerais, são exibidos balõezinhos e enfeites, como para uma procissão. 
                A filosofia mística de Lao Tse, contida no "Tao te Ching", degenerou, com o tempo, em série de manifestações exteriores de magia e de ocultismo, que se acham bem distantes da religião original. 
           As grandes doutrinas de lao Tse e de Confúcio têm fundamentalmente influído na civilização e no pensamento da China, mas não impediram que se perpetuasse, entre as camadas inferiores, a antiga idolatria. O povo chines venera ainda hoje, divindades que personificam fenômenos naturais e vicissitudes humanas. Um dos muitos venerados é o deus dos exames. 
                 Entre os vários templos dos Xintoístas japoneses, um dos mais antigos é o Kinkakuji, em Quioto, cidade que conserva a melhor parte do patrimônio artístico nacional. A harmonia entre a paisagem, a vegetação e a estrutura arquitetônica deste santuário faz dele uma joia de arte japonesa do século XIV. 

*************************************
PARA LER O LIVRO DESDE O IN´CIO 
.

Se você quer adquirir algum dos livros do Romeo 



XINTOÍSMO NO JAPÃO --

Clique na foto para ampliar.

O Livro Físico está à venda na >> www.allprinteditora.com.br

               Xinto ou Xintoísmo, a religião oficial do Japão, é denominada mais corretamente pelos japoneses "Kaami--o-Michol", que significa  "o caminho dos deuses". Traduzindo esta frase para o chinês, temos Shin-tao, cuja abreviação é Sinto, Xinto, que é seu nome popular. 
           Alguns estudiosos japoneses dizem que esta religião é do sétimo século a.C., outros, porém, dizem ser bem mais antiga. 
               As escrituras japonesas compõem-se de duas seções: O Kojiki ou "Registro de assuntos antigos", e o "Nihon-gi", as crônicas do Japão, que foram elaboradas no oitavo século de nossa era.  Existem outros livros sagrados descrevendo o cerimonial do xintoísmo e contendo poemas religiosos. 
              O "Kojiki" afirma existirem oitocentos mil deuses e deusas, todas descendentes de duas divindades originais, Izanagi e Izanagai. 
                Essa religião é muito popular e venera a sagrada montanha Fuji-Yama.
                Embora o Budismo tenha influído consideravelmente na civilização e na orientação dos Japoneses, a religião nacional do Japão é o Xinto (Literalmente: caminho dos deuses). 
            Para formar esta complicada crença, que é hoje professada pelo povo, concorreram, principalmente, três elementos: 
                 1 - As crenças populares das raças de que originariamente descende o povo japonês;
                 2 - Sua organização politica e social;
                 3 - A cultura ético-religiosa, vinda da China, através da Coréia, pelos fins do século IV. 
           O Xinto possui uma particular mitologia, como dominadores do Céu e da Terra, três deuses solitários e invisíveis. Seguem-se, hierarquicamente, casais de divindades masculinas e femininas, que geraram um considerável número de outras divindades, as quais personificam o Sol, a Lua, as forças da natureza etc. 
               Ao imperador foi sempre, e ainda é, reconhecido a direta descendência da deusa do Sol e, portanto, sagrado dever de governar o povo. 
               Esta tenaz tradição tem, indubitavelmente, concorrido para a unidade política e moral do Japão, para a disciplina obediência às leis e ao orgulho nacional, profundamente sentido pelo povo. 

*********************************

PARA LER O LIVRO DESDE O INÍCIO 

********************************

Se você quer adquirir algum livro do Romeo 




MITRAÍSMO

O Livro Físico está à venda na >> www.allprinteditora.com.br

Clique no foto para ampliar. 

              Foi uma religião de mistérios que surgiu na época Helenística (acredita-se que no século II a. C.) Alcançou grande expansão geográfica nos séculos II e IV d.C. Recebeu forte adesão dos romanos pagãos. 
                 Esta religião foi forte concorrente do cristianismo; Os imperadores do século II foram em geral protetores do Mitraísmo porque os ajudava a reforçar seu poder, mas foi declarada ilegal pelo imperador romano Teodósio I em 391. 
               Mitra era uma divindade indo-iraniana e seu culto surgiu na Índia. Ela aparece nos hinos  védicos como um "deus de luz", associado a Varuna. Acredita-se que foi trazida para Roma pelos legionários que serviam o império nas suas fronteias orientais. 
               Muitos templos foram encontrados nas guarnições militares situadas nas fronteiras do império. Na Inglaterra foram identificados três templos ao longo da Muralha de Adriano, em Housesteads, Carrawburgh e Rudchester. Em 2003 foi encontrado um templo em Alba Tulia na província da Dácia. 
              No final do século II gerou-se um sincretismo entre a religião de Mitra e certos cultos solares de procedência oriental, que se caracterizaram na religião do Sol Invencível. Esta religião chegou a ser estabelecida como oficial no império romano antes de Constantino. No ano 274 o imperador Aureliano mandou construir em Roma um templo ao deus e, ao mesmo tempo, criou um corpo estatal de sacerdotes para organizar a prestar cultos ao Sol Invencível. 

*********************************
PARA LER O LIVRO DESDE O INÍCIO

***********************************

Se você quer adquirir algum livro do Romeo 





JUDAÍSMO --

O Livro Físico está à venda na >>> www.allprinteditora.com.br

Clique na foto para ampliar. 

          Depois da constituição do novo estado de Israel, Os Hebreus, dispersos pelo mundo, começaram a retornar à sua terra, e agora o núcleo mais importante reside aqui. Entre os símbolos do Judaísmo, o sagrado "Rolo da lei", com a prece fundamental da religião hebraica: "Ouve, ó Israel, o Senhor é nosso Deus, o Senhor é um só!" 
          O povo hebreu, cuja mais remota origem se identifica com o tronco primitivo a que pertenceu todas as raças semíticas, que viveram, nos tempos pré-históricos, em regiões mais ou menos próximas do rio Jordão, teve como morada histórica a região denominada Palestina. 
              De acordo com a tradição bíblica, a qual, todavia, não parece, em suas linhas essenciais, afastar-se substancialmente da História, os Hebreus (assim denominados porque descendentes de Héber, um ancestral de Abraão) foram, a princípio, nômades e dedicados ao pastoreio. Sua coletividade era constituída de tribos, cada uma delas dividida em família, as quais reconheciam um único chefe, denominado "patriarca". Esta sólida organização patriarcal foi a força que amalgamou as tribos hebraicas, que foram crescendo paulatinamente de importância até se tornarem, cerca do ano 2.000 a.C., a nação de maior população da região siríaca. 
              Sempre conforme a Bíblia, o Judaísmo teve início com Abraão, o patriarca que, quando se encontrava com sua gente na Caldeia, recebeu de deus o aviso para transferir-se para uma terra que lhe seria indicada, pois ele estava destinado a tornar-se o chefe-estirpe de um grande povo. Abraão obedeceu e, ao chegar á região de Canaã, recebeu outras revelações e a promessa de que todo aquele território iria pertencer-lhe e à sua descendência. E ali ele ficou pastorando seus rebanhos. Diferente, portanto, dos vizinhos povos idólatras, a crença de Abraão e de sua tribo voltou-se para adorar uma deus só e único, chamado "El" (vocábulo originalmente comum a todos os povos semíticos, e que significa "forte", "poderoso"). Deste nome genérico da divindade, deriva depois Elohim e, mais tarde, foi introduzido o nome de Javé (aquele que é).
               A Bíblia considera pais da religião Abraão, Isaac e Jacó, tendo este último recebido o apelido de Israel, "aquele que luta com Deus", nome que passou depois a designar todo o povo. Na realidade, estes grandes patriarcas foram somente os precursores, os arautos do Judaísmo, portanto, a consciência religiosa e nacional do povo de Israel desperta com Moisés.

 ******************************** 
                   A mais antiga expressão do pensamento hebraico é a crença em um Deus nacional. Quando os Hebreus eram ainda um povo de pastores nômades, Deus revelou-se ao patriarca Abraão e ordenou-lhe abandonar a idolatria, prometendo-lhe, em troca, uma aliança imperecível com seu povo. 

*********************************
PARA LER O LIVRO DESDE O INÍCIO


Se você quer adquirir algum outro livro do Romeo 


JUDEIA - A MISSÃO DE MOISÉS - A TERRA PROMETIDA --

O Livro Físico já está à venda na  >> www.allprinteditora.com.br

Clique na foto para ampliar.


             Para o leigo fica difícil entender porque um território tão pequeno tenha desempenhado tão grande papel na história, deixando atrás de si uma influência maior que a da babilônia, da Assíria, da Pérsia, e talvez até do Egito e da Grécia. Situada entre as capitais do Nilo e as do Tigre e do Eufrates, sempre esteve no centro de conflitos e polêmicas que perduram até hoje sobre a Palestina. Esta situação geográfica trouxe à Judeia comércio, paz e guerra. De tempos em tempos, os judeus eram forçados a tomar partido na luta entre impérios, a pagar altos tributos para não serem esmagados. Por trás da Bíblia, dos lamentos dos salmistas e profetas e de seus apelos para o céu estava a perigosa situação dos judeus entre as garras do Egito e da Mesopotâmia. 
           No primeiro século depois de Cristo, ainda se falava de uma palestina bastante unida, com farta agricultura e muito bela. Ali havia lindas árvores e muita abundância de frutos silvestres e cultivados. As terras, naturalmente, não são banhadas por muitos rios, mas são servidas com abundantes chuvas. Nos tempos antigos a água das chuvas era retida em cisternas e distribuída por uma rede de canais; essa foi a base física da civilização judaica. O solo, dessa forma irrigado, produzia trigo e cevada; a vinha prosperava; as árvores produziam azeitonas, tâmaras, figos e outras frutas. Quando vinha a guerra ou algum conquistador, os cultivadores judeus eram expulsos e esses campos eram devastados pelo sol por falta de irrigação, que era artificial. O deserto, sempre implacável, desfazia o trabalho de várias gerações. Hoje, não podemos julgar a fecundidade da velha Palestina pelas áridas vastidões e por alguns oásis que ali sempre esperavam pela volta dos bravos e sofridos judeus de seu exílio forçado. 
             Quanto ás suas origens o que sabemos é que remanescentes neandertais foram desenterrados próximos ao Mar das Galileia, e cinco esqueletos desse período foram encontrados numa caverna perto de Haifa. Isso nos leva a crer que a cultura mousteriana, que floresceu há 40 mil anos na Europa, se tenha estendido até a Palestina. Houve tempo que as cidades da Palestina se achavam tão fortes que pensavam na conquista do Egito. No século XV a.C., Jericó era uma cidade murada, governadas por monarcas que reconheciam a suzerania (direito, ou poder de ordenar) do Egito; os túmulos desses reis, escavados pela expedição Garstang, continham centenas de vasos, oferendas funerais e objetos indicando uma vida de bom nível em Jericó. 
              As diferentes datas que atribuímos, como começo de história e a diversos povos são, na verdade, marcas de nossa ignorância. 
           Os judeus acreditavam que o povo de Abraçai tinha vindo de Ur na Suméria, e se estabelecido na palestina mil anos ou mais antes de Moisés, e que a conquista dos Canaanitas foi apenas na ocupação da Terra prometida por Jeová. Também não há nas fontes históricas contemporâneas diretas ao Êxodo ou à conquista de Canaã; a única que aparece é uma estrela erigida pelo faraó Merneftá (1225 a.C.). Não podemos dizer quando os judeus entraram no Egito, nem se para lá foram como emigrantes ou como escravos. Já a história do cativeiro no Egito e do emprego dos judeus nas construções públicas, a religião e a retirada para a Ásia, apresenta sinais de verdade histórica. Mesmo a história de Moisés, em princípio, não pode ser refutada. (Manetho, historiador egípcio do século III a. C., citado por Josefo, diz que o êxodo foi devido ao desejo dos egípcios de se protegerem duma peste que atacara os judeus pobres e escravos, e que Moisés era um sacerdote que assistia aos "leprosos" judeus e lhes ensinava preceitos de higiene usados pelo clero egípcio). Mas esses escritos são considerados suspeitos devido às tendência anti-semitas de gregos e romanos. 
               Narra a Bíblia que José, penúltimo filho do patriarca Jacó, vendido como escravo pelos irmãos, chegado ao Egito, ele teve tanta sorte que se tornou vice-rei do país. Para lá chamou sua gente, que ali viveu tranquila por alguns séculos (segundo informações históricas, durante todo o domínio dos Hicsos). Mas, ao subir ao trono uma nova dinastia (provavelmente a XVIII ou a XIX séculos a.C.), os Hebreus foram duramente perseguidos. Aqueles que não conseguiram evadir do reino foram conservados em escravidão. Finalmente, um Faraó, decidido a destruir aquela raça, ordenou que os filhos varões dos israelitas fossem mortos. Uma mulher da tribo de Levi, desejando salvar o próprio filho, após havê-lo ocultado  durante três meses, colocou-o em um cesto de vime, às margens do rio Nilo, onde a filha do faraó costumava banhar-se. 
                 O menino foi recolhido e cresceu na corte do faraó, com o nome de Moisés (do egípcio "mesu" = menino). Mais tarde, conhecida sua própria origem, Moisés resolveu abraçar a causa de seu povo e libertá-lo.. Javé, deus de seus avós, revelou-se-lhe, dando-lhe a confirmação de sua missão. 
           Moisés, então, pediu abertamente ao faraó justiça para sua gente. O soberano,a princípio, redobrou suas ameaças, mas,  apavorado pelos castigos infligidos aos egípcios por Javé, aliado do povo hebraico, deixou os hebreus saírem, perseguindo-os depois, em vão, através do Mar Vermelho. 
              Desse momento em diante, a figura de Moisés se agiganta. Além de guia espiritual e comandante dos Hebreus, ele se torna seu profeta e legislador; ao invés de conduzir sua gente para a conquista de uma nova terra, obrigou-a a permanecer, por muitos anos, em uma região semidesértica (a Península de Sinai), decidido, antes de tudo, a despertar de novo nos Hebreus a fé no Deus único de seus avós e desviá-los das falsas crenças adquiridas durante o período de escravidão. 
                Quando retornou a marcha, embora ela se apresentasse longa e fatigante, ele sabia que poderia contar com um povo capaz  de conquistar a "terra prometida".
            Moisés foi, sem dúvida, um grande estadista e governou seu povo sem sangue, inventando entrevistas com Deus e apaziguando a todos. Indo sozinho ao cume do Monte Sinai, recebeu de Javé as tábuas da lei com a precisa revelação da vontade de Deus e o manto supremo para governar o povo por Ele escolhido. Levou a bom termo sua missão e, quando morreu, os Hebreus já estavam com a Palestina á vista. Josué, que assumira o comando, passando o Jordão, precisou combater os cananeus, e isto foi o início da uma longa série de lutas, que terminara, todavia, não se sabe com precisão, se no XV ou no XVII seculo a.C., com a conquista da Terra prometida. 
             Nos três séculos sucessivos, o país foi governado por uma república federativa e, durante este período, o espírito nacional e religioso, posto frequentemente a dura prova por discórdias internas e pela ameaça de ataques estrangeiros, foi conservado alerta por homens  valorosos, chamados "Juízes" que, segundo a Bíblia, foram em número de treze. Famosíssimo, entre os Juízes foi salomão, cujo heroísmo concorreu para libertar Israel do jugo dos Filisteus. 

********************************

               Chegada à mais avançada velhice, Moisés, após haver por longo tempo perambulado com sua gente e ter-lhe amalgamado a unidade e à fé através de duras e maravilhosas experiências, parou no Monte nebo, de onde era visível a Terra Prometida. Após haver abençoado seu povo e tê-lo confiado a Josué, para que o conduzisse à Terra de Canaã, adormeceu para sempre. 
               O reino de Judá, tendo Jerusalém por capital, caiu, no século VI a.C., sob o domínio dos babilônios. A entrada em Jerusalém de Nabucodonosor foi uma das páginas mais  trágicas da história hebraica; a cidade, inclusive o templo, foi destruída e grande parte dos cidadãos foi deportada para a babilônia. 

*********************************
PARA LER O LIVRO DESDE O INÍCIO 




Se você quer adquirir algum dos livros do Romeo 


quinta-feira, 30 de maio de 2019

AS LEIS DE MOISÉS - OS DEZ MANDAMENTOS --

O Livro Físico está à venda na >> www.allprinteditora.com.br

 
Clique na foto para ampliar. 

               Indubitavelmente, Moisés foi autor de muitas das leis constantes nos livros atuais. O ser humano, por sua própria natureza espiritual, tende a aceitar com mais facilidade as leis que tiverem algum mérito divino. 
               Para Moisés, naquele tempo, seria impossível constituir um Estado militar. A Judeia não tinha riqueza necessária nem gente suficiente para tal. 
              Embora reconhecesse a soberania da Pérsia, era indispensável dar aos judeus uma unidade nacional, e para isso seria necessário a criação de leis com fácil entendimento. 
               Os "Dez Mandamentos" é título suficiente da fama de Moisés. Ele criou leis sábias para manter as relações sociais entre indivíduos, grupos e tribos antagônicas. 
              Por muito tempo atribuiu-se a Moisés a autoria dos primeiros cinco livros que deram origem à Bíblia, denominados o "Pentateuco", a despeito de conter o último deles a sua morte, mas hoje sabe-se que a atual versão desses livros, e provavelmente os documentos originais dos mesmos, datam de época muito mais recente. 
               No êxodo, no Levítico e no Deuteronômio existem inúmeros decálogos. Segundo o professor Charles Foster Kent, no seu "Student's Old Testament" - volume VI" nos informou constar dez conjuntos dos Dez Mandamentos no êxodo, capítulo 20 a 23, e nos trechos correspondentes do Deuteronômio, além dos encerrados no Código da santificação do Levítico, capítulo 17 a 26. 
                No entanto, o decálogo constante do êxodo, 20 é o seguinte, na sua forma mais abreviada. 
               Prefácio - "Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do egito, da casa da escravidão". 
  1. Não terás deuses estrangeiros diante de mim.
  2. Não farás para ti imagem de escultura. 
  3. Não tomarás o mone do Senhor, teu deus, em vão... 
  4. Lembra-te de sacrificar o dia de sábado.
  5. Amarás a teu pai e tua mãe...
  6. Não matarás
  7. Não cometerás adultério. 
  8. Não furtarás. 
  9. Não dirás falso testemunho contra teu próximo. 
  10. Não cobiçarás a casa de teu próximo; não desejarás sua mulher... nem alguma coisa do teu vizinho. 
           Tanto os católicos quanto os luteranos reduzem os dois primeiros; denominam-no a cindir um dos demais mandamentos a fim de conservar o total de dez. Ambos escolheram para esse fim o décimo, que se refere à cobiça, mas dividem-no de modo diferente. Enquanto os luteranos proíbem a cobiça à casa do vizinho pelo "nono", e pelo "décimo" a da mulher, os católicos romanos fazem o inverso. 
              Poucos cristãos sabem, mas existe outro decálogo; Os dez mandamentos do êxodo 34, menos corrente, que podem ser abreviados da seguinte maneira: 

  1. Não adorarás a deus alheio. (Verso 14)
  2. Não farás para ti deuses fundidos. (Verso 17)
  3. Observarás a solenidade dos asmos. (Verso 18)
  4. Todo o macho que abre o útero da sua mãe, será meu (isto é, todo o primogênito). (verso 19)
  5. Trabalharás seis dias, e no sétimo cessarás de lavrar e segar.(Verso 21) 
  6. Celebrarás a solenidade das semanas nos princípios da colheita de tua messe de trigo;e a outra solenidade quando no fim do ano se recolher tudo. (Verso 22)
  7. Não imolarás o sangue da minha vítima sobre fermento. (Verso 25a) 
  8. Nem de hóstia da solenidade da Páscoa ficará nada para amanhã. (Verso 25b)
  9. Oferecerás as primícias dos frutos da tua terra na casa do Senhor teu Deus. (Verso 26a)
  10. Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe. (verso 26b)
        Outras religiões contém prescrições análogas, conforme se verá consultando a Enciclopédia de religião e Ética. 
                 Todas as leis de Moisés eram ensinadas oralmente, e embora o profeta possivelmente soubesse ler e escrever, uma obra escrita para as tribos hebraicas seria perda de tempo. Muito inteligentemente ele preparou suas numerosas leis em grupos de dez. Tratava-se de um processo mais conveniente de ensinar  para que seu povo tivesse facilidade de recordar. 
                Os sacerdotes empreenderam a formação dum governo teocrático, baseado, como o do cristianismo, nas tradições sacerdotais e nas leis dadas como vindas do céu. 
                Por volta do ano 444 a.C., Ezra, um culto sacerdote, reuniu os judeus em assembléia e começo a ler-lhes o Livro da Lei de Moisés. Em vários rolos de papiro e a leitura durou sete dias; no fim os sacerdotes e os chefes comprometeram-se a aceitar aquele corpo de legislação como a continuação do país, e, a partir daquele momento, sempre obedecer-lhe. 
             Com uma leitura tão longa, podemos imaginar  que continham uma grande parte do Velho Testamento, ao qual os judeus chamavam de Torah, ou lei, mas outros chamaram de Pentateuco (Torah, guia, direção). Pentateuco, (cinco rolos em grego). 
                 O consenso dos eruditos tende a admitir que os mais velhos elementos da Bíblia são as lendas do Gênesis, chamadas "J" e "E" respectivamente, porque um fala do Criador como Jeová (Yehveh) e outra lenda como Elohin. 
               O que mais importa é que desde aqueles tempos, o Livro de Moisés, com suas leis, se tornou o principal fato da vida judaica; a lealdade dos judeus a esses princípios e as tribulações porque passaram constituem um dos mais impressionantes fenômenos da história. 
                Essas leis deram origem a muitas controvérsias e discussões, e com elas surgiram mais de 50 mil volumes de debates cujos resultados marcaram a história mundial. 
           Os livros que Josias e Ezra deram ao povo hebreu formulavam aquele Código  "Mosaico" sobre o qual toda a vida desse povo iria repousar. Era o primeiro passo ensaiado da História Universal para uso da religião como base de governo, e como reguladora de cada detalhe da vida. Dieta, medicina, higiene pessoal, menstrual e do parto, saúde pública, inversão sexual e bestialidade, tudo passou a existir sob a orientação divina. No Levítico (XIII - XV) aparecem instruções para o tratamento do mal venéreo, tudo com regras definidas de segurança, definição, fumigação e, quando necessário, completa queima da casa em que a doença se desenvolveu. Isso nos mostra que os hebreus foram fundadores da profilaxia, mas, em matéria de cirurgia só tiveram a circuncisão. Os médicos chegaram a ter tanta importância como os padres, mas acabaram sendo inimigos. 
                  A divindade dos códigos de lei era coisa usual. Como já vimos, as leis do Egito foram dadas pelo deus Thoth, e as leis de Hamurabi pelo deus Shamash; da mesma forma a deidade deu ao rei Minos (também sobre o monte), as leis de Creta; os gregos representavam Dionísio - "Legislados" - também, com duas tábuas de pedra, onde as leis estavam escritas. Também entre os piedosos Persas falava-se que, estando Zoroastro a orar na montanha, Ahura-mazda apareceu num trovão e lhe entregou o Livro da Lei. Era natural que, naquela época, com tanta ignorância do povo, entender que a humanidade só podia ser regulada por leis divinas; só desse modo as leis seriam respeitadas. 
                 O código centrava-se nos Dez Mandamentos, destinados a servir à metade do mundo então conhecido. Vamos, a seguir, analisar alguns detalhes de cada mandamento. 
                  1 - O primeiro mandamento - laçava os fundamentos da nova comunidade teocrática, que não repousaria em nenhuma lei civil, mas sobre a ideia de Deus; Este era o rei invisível que ditava leis, mas ele mesmo impunha as penas. Os sacerdotes, autores do Código, como os "piedosos inquisidores",  acreditavam que a unidade religiosa era condição indispensável para a solidariedade e a  organização social. O Estado hebraico já não mais existia, mas o Templo permanecia em pé. Os sacerdotes da Judeia usaram os mesmo artifícios que, mais tarde, os Papas de Roma usaram: restaurar o que os reis não pudessem salvar; dar o modo explícito e reiterado do primeiro mandamento: "a heresia ou blasfêmia castigadas com a pena de morte." Foi essa intolerância, mais o orgulho racial, que trouxe a preservação e o martírio dos judeus. 
            2 - O segundo mandamento eleva a concepção nacional de Deus à causa da arte;nenhuma imagem dele poderia ser feita. Se por um lado nos mostrou a radicalidade dos judeus, por outro nos mostra alto nível intelectual, pois rejeitava a superstição e o antropoformismo. A despeito das humaníssimas qualidades do Jeová do Pentateuco, procuravam conceber um deus livre de forma e imagem. Nada deixaram para a arte e, ao mesmo tempo menosprezava a devoção dos judeus para a religião. Antes, no Templo de salomão existiam inúmeras imagens de deus de fora; já no segundo Templo não havia mais nenhuma. Ao que parece, as antigas imagens foram levadas para a Babilônia e lá permaneceram. Foi por essa razão que os arqueólogos e estudiosos, depois do calvário, não encontraram esculturas, pinturas ou baixos relevos. As únicas encontradas eram de antes do cativeiro. As únicas artes permitidas pelos sacerdotes eram a arquitetura e a música.  
                    3 - O terceiro testamento simboliza a intensa devoção dos judeus. Não era permitido pronunciar o nome de Deus em vão como, também, jurar em seu nome. Nas orações, como substituto, era usada a palavra Adonai - Senhor. 
               4 - O quarto mandamento santificou o sábado, que posteriormente passou a ser o domingo, como dia de descanso, que ainda hoje, é uma das mais fortes instituições da humanidade. Tudo indica que o nome - e talvez também o costume - tenha vindo da Babilônia, onde a palavra shabbat aplicava-se aos dias de abstinência e propiciação. O shavuot, mais tarde chamado de Pentecostes, celebrava o fim da colheita do trigo; Sukkoth comemorava a vindima;  o Pesach, ou Páscoa, era a festa dos primeiros frutos do rebanho; a Rosh-ha-shamah, anunciava o ano novo. Só bem mais tarde estas festas foram adaptadas á comemoração dos grandes dias de história dos judeus. No primeiro dia da Páscoa um cordeiro ou cabrito era sacrificado e comido, e o sangue espalhado pelas portas das casas, simbolizando parte de Deus; mais tarde os sacerdotes ligaram este costume à história da matança que Jeová procedeu nas crianças egípcias. Este costume perdura até nossos dias, e isto mostra a antiguidade, persistência e tenacidade da raça entre os judeus. 
                   5 - O quinto testamento - santifica a família que na estrutura social vinha logo abaixo do templo. A família patriarcal judaica era uma unidade econômica e política, composta do chefe, suas mulheres, os filhos solteiros e os casados, com esposas e crianças. A base econômica da instituição estava no cultivo do solo e seu valor político vinha prover uma ordem social Tão forte que o Estado se tornava uma entidade inútil, exceto quando havia guerra. A terra pertencia ao pai e sua autoridade era incomensurável, tanto que os filhos podiam sobreviver graças à obediência; portanto, o pai era o próprio Estado. Podia vender suas filhas, muitas vezes até como servas, mesmo que estivessem na puberdade; tinha pleno direito de casá-las com quem quisesse. 
                6 - O sexto mandamento - consistia num conselho de perfeição. este fato levou a muitas mortes descabíveis; em parte nenhuma da história há tanta chacina como no Velho Testamento; seus capítulos oscilam entre matança e compensatória fecundidade. A julgarmos pelos discursos que põem na boca de Jeová, gostavam tanto da guerra como dos sermões. Dos dezenove reis de Israel, oito foram assassinados. Quando invadiam as cidades tomavam logo tudo de bom que encontravam e em seguida sempre as destruíam; todos os homens eram mortos e o solo deliberadamente arruinado á mada daquele tempo. Muito do que se conta certamente é lenda, porque é impossível que, numa disputa, "os filhos de Israel" pudessem matar cem mil sírios num único dia. A violência provinda da irrequieta vitalidade, o separatismo provinha da religião. Por outro lado, a turbulência tinha origem na apaixonada sensibilidade que produziu a maios literatura do oriente Próximo.  O orgulho racial dos judeus garantiu apoio à sua coragem e persistência durante séculos de sofrimento. 
                   7 - O sétimo mandamento - reconhecia o matrimônio como base da família, tal como o quinto reconhecia a família como base da sociedade, e dava ao casamento todo o apoio da religião. É completamente omisso quanto às relações sexuais antes do casamento, mas impunham outras regulações à noiva, sob pena de apedrejamento; uma delas era a prova da virgindade no dia da união. O amor entre casais evidentemente existia. A prova disso é que Jacó serviu sete anos para casar-se com Raquel. 
               8 - O oitavo mandamento - santificava a propriedade privada, mas, teoricamente a terra pertencia a Jeová; era uma das três bases da sociedade judaica, mantida pela família e pela religião. Até os dias de Salomão, a propriedade era quase toda em terras; a indústria não passava de um pouco de cerâmica e ferraria. O grosso da população entregava-se à criação e explorava a vinha, a oliveira e o figo. Portanto, a agricultura não era coisa desenvolvida. Viviam em tendas mais do que em casa a fim de tomar conta dos rebanhos de ovelhas nas constantes mudanças de pastagens. O Código declarava: "Ninguém oprimirá o próximo". A lei mandava que aos servos hebreus fosse restituída a liberdade e as dividas entre os judeus fossem canceladas de sete em sete anos. Cada 50 anos todos os escravos e devedores eram postos em liberdade: "Santificareis o ano quinquagésimo e proclamareis liberdade por toda a terra a todos os seus habitantes. Não foi encontrada nenhuma prova de que esta lei fosse realmente posta em prática, mas as lições de caridade sempre foram ensinadas pelos sacerdotes.
                9 - O nono mandamento - exigidor de absoluta honestidade quanto ao testemunho, punha a religião como apoio da lei. O juramento passou a ser uma cerimônia religiosa e é até hoje utilizado em tribunais. Antes, como era de costume, bastava que o homem, ao jurar, pusesse a mão nos órgãos genitais do outro. A partir de então  Deus passou a ser testemunho e juiz. A lei religiosa era a única lei de Israel; os sacerdotes faziam as vezes de juízes e o templo era a corte onde acontecia o julgamento. Quem não aceitasse  essas condições era condenado á pena de morte. 
                  10 - O décimo mandamento - mostra com clareza que a mulher nada mais era que uma parte dos bens do homem. "Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçaras a mulheredo teu próximo, nem a seu servo, nem a sua serva, nem a seu boi, nem a seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença".
               Infelizmente, ainda hoje, muitos homens estão convencidos de que a sua mulher, sua companheira, é também propriedade sua. 
                Se os homens tivessem que seguir à risca metade dos horrores do mundo que a religião apresentava, certamente teriam desaparecido. 
              O Código Mosaico, embora escrito pelo menos quinze séculos mais tarde, não mostrava nenhum adiantamento em legitimação criminal sobre o código de Hamurábi; na organização legal revela um arcaico retorno ao primitivo controle eclesiástico.
          Para finalizar é preciso lembrar que tratava-se apenas de uma lei, uma utopia sacerdotal e não o retrato da verdadeira vida dos judeus. Entretanto, sua influência sobre a conduta do povo foi tão forte que perdura até hoje, onde a cultura e a ciência procuram sempre esclarecer a humanidade; muitos continuam escravos de convicções religiosas; "há os que desconhecem a verdade" e continuam submetendo-se à imposições do clero e de pastores que se diz\em representantes de Jesus ou de Deus. Portanto, quando alguém disser: em nome de Jesus, desconfie. 
             Mas há uma coisa que ninguém pode negar. Esse código permitiu aos judeus manterem-se fiéis às suas tradições em mais de dois mil anos de peregrinação. Nesses séculos todos os judeus permaneceram unidos, num povo forte e aparentemente indestrutível para a felicidade da civilização humana. 


********************************
PARA LER O LIVRO DESDE O NINÍCIO 


Se você quer adquirir algum livro do Romeo 



O REINO E A CISÃO --

O Livro Físico está à venda na >> www.allprinteditora.com.br

Clique na foto para ampliar. 

                  Lá pleo ano 1052 a.C, por exigência do povo, foi instituída a monarquia. O primeiro rei foi Saul, da tribo de Benjamim, a que se seguiram Davi e Salomão. Este último, graças à alcançada organização política, pode dedicar-se a obras pacíficas. Salomão desenvolveu o comércio e a navegação, enriqueceu o país com obras públicas e erigiu, com grande magnificência, mo o Templo, em Jerusalém, para onde fez levar a Arca Sagrada (ou Arca da Aliança), que continha as tábuas da Lei que Moisés colocara no tabernáculo, um espécie de tenda portátil, que até então substituiria um templo real e próprio. Mas a dinastia de Davi caiu minada por lutas intestinas e descambou para um cisma, após o qual o reino foi subdividido, em 935 a.C., em reino de Israel, ao norte, tendo Samaria como capital, e o reino de Judá, ao sul, com Jerusalém como capital. 
                O primeiro durou apenas 210 anos, depois do que foi conquistado pelos assírios; o segundo conservou-se independente durante três séculos e meio, até que Nabucodonosor, o rei caldeu que reinava na Babilônia, lhe destruiu a capital, em 586 a. C., reduzindo os judeus a escravos. Teve início, assim, a diáspora, isto é, a dispersão de um povo, que daí por diante seria sempre obrigado a procurar asilo em todos os recantos da terra e ao qual ficara, como única herança, uma sólida tradição e uma fé em que os conceitos de Deus de nação e de código moral são inseparáveis. 
                  Todavia, 50 anos depois, quando a Babilônia foi ocupada pelos Persa, os Hebreus retornaram à pátria e reconstruíram o templo, em Jerusalém. 

***********************************

               Depois da fuga do Egito, um único templo era destinado ao culto: o Tabernáculo, passou a ser uma espécie de tenda circundada por um recinto eram celebrados os sacrifícios. 

***********************************
PARA LER O LIVRO DESDE O INÍCIO 


Se você quer adquirir algum livro do Romeo 


quarta-feira, 29 de maio de 2019

DECADÊNCIA E DISPERSÃO DOS HEBREUS --

Clique na foto para ampliar.

O Livro Física está à venda na >> www.allprinteditora.com.br

               A História situa tais acontecimentos cerca do século VI a.C.  Durante os quatro séculos sucessivos, os Hebreus gozavam de uma relativa independência, dominados, de fato, primeiro pelos persas e depois por Alexandre Magno e seus sucessores. Contudo, entre os anos 165 e 63 a.C., puderam regressar, novamente em liberdade, e autogovernar-se. Mas as lutas surgidas entre os vários membros da dinastia sacerdotal forneceram ao governo de Roma a oportunidade de intervir e submeter o pequeno reino. 
          A dominação romana, embora se iniciasse com um regime de tolerância e de largas concessões, marcou o fim e a dispersão da nação hebraica. Na verdade, as várias tentativas de revolta e de desforra nacional foram sufocadas primeiro por Vespasiano e depois por Tito que, após um longo assédio, ocupou a cidade, destruindo o templo (ano 70 de nossa era) e proibindo aos supérstites a entrada em Jerusalém. 

******************************
                 Supérstite ( o que é?) 

               Existe a "união conjugal" e quando morre um dos cônjuges o outro é chamado de Supérstite. Portanto, é o cônjuge sobrevivente que, junto com os filhos ou herdeiros, participará dos procedimentos sucessórios. 

******************************

PARA LER O LIVRO DESDE O INÍCIO 


Se você quer adquirir algum livro do Romeo 


JERUSALÉM - SUA MORTE E RESSURREIÇÃO --

O Livro Físico está à venda na >> www.allprinteditora.com.br

Clique na foto para ampliar.

            Quando o faraó Necho, a caminho da síria, tentou passar pela palestina, Josias, confiante em Jeová, enfrentou-lhe no antigo campo de batalha de Megido, onde foi derrotado e morto. Mas alguns anos mais tarde chegava ali Nabucodonosor; em Carchemish enfrentou e matou o faraó Necho fazendo de Judá uma dependência da babilônia. Mas os sucessores de josias tramaram a libertação com a ajuda do Egito. Entretanto o poderoso Nabucodonosor não se intimidou e, com seu exército invencível esmagou os revoltosos e capturou Jerusalém, depôs o rei Jehoiakim e colocou Zedekiah no trono de Judá; levou consigo dez mil prisioneiros como reféns. 
             Passado algum tempo, Zedekiah, que também amava a liberdade de Jerusalém, rebelou-se contra Nabucodonosor. Este retorna, com toda a sua ferocidade, disposto a por fim ao caso. Retoma Jerusalém, queima todos os alicerces, destrói o Templo de salomão, mata os filhos de Zedekiah diante dos olhos do pai e a este fura os olhos e leva praticamente toda a população prisioneira como escravos para a Babilônia. 
             Durante toda aquela crise, Jeremias, o mais eloquente dos profetas, fala sobre a babilônia como um flagelo nas mãos de Deus; denunciou os governantes de Judá como loucos teimosos e aconselhou a completa submissão a Nabucodonosor, a ponto de, ainda hoje, muitos suspeitaram que Jeremias era agente pago pela Babilônia. Em nome de seu Deus, disse ele: "Eu fiz a terra, o homem e os animais, e agora entreguei todas estas nas mãos do meu servo Nabucodonosor, rei da Babilônia... E todas as nações o servirão. A nação ou reino que não servir a Nabucodonosor, rei da Babilônia, e não submeter o pescoço ao seu jugo, a essa nação eu punirei, "diz o Senhor", com a espada, com a fome e com a peste, até que a tenha sido consumida pelas mãos dele." 
               Como se pode perceber, Jeremias apresenta-se como traidor, mas seu livro de profecias, tomadas pelo discípulo Beruc, é não só dos mais eloquentes escritos de todas as literaturas, como vem marcado duma sinceridade que acaba na dúvida sobre toda a vida humana. Aqui temos uma passagem que Jeremias se redime perante seu povo dizendo: "Ai de mim, minha mãe, porque me deu à luz homem de rixas e homem de contendas para a terra toda! Nunca lhes dei dinheiro à usura, nem os homens deram a mim em usura; entretanto, todos me amaldiçoam... Maldito seja o dia em que nasci; não seja bendito o dia em que me deu à luz minha mãe."
              Na verdade, a revolta de jeremias era contra os padres, os profetas, e membros do povo, e é bem demonstrada nas suas palavras de indignação, quando diz que estes são tão mentirosos e corruptos como os negociantes. Era aquilo um sumário da história humana, insuportável á consciência de jeremias. 
                 Contra esses abusos, o profeta pregou com fúria. Jeremias amaldiçoou historicamente os judeus e parecia sentir deleite em representar a ruína dos que não lhe davam atenção. 
                Diz a tradição que, na velhice, Jeremias escreveu as "Lamentações", o mais eloquente livro do Velho Testamento. 
            Naquele tempo, como hoje, a ideia era de que o processo de absorção destruiria a unidade e mesmo a identidade do povo judeu. Eles prosperavam no rico solo da Mesopotâmia, gozavam de considerável liberdade de costumes e culto, aumentavam em número e riqueza em meio à paz forçada que a submissão de nabucodonosor lhes trouxera. Grande parte do povo aceitava os deuses babilônios e o modo de viver epicurista daquela grande metrópole. Com a seguinte geração dos exilados, Jerusalém já estava esquecida. Depois de Isaías, um novo autor tentou completar o livro deste que ficara inacabado. Sua intenção era despertar a religião já evanescente na alma das novas gerações. Nada, porém, sabemos da história desse escritor,que, com licença admitida na época, preferiu falar sobre o nome de Isaías. Podemos ver que escreveu pouco antes de Ciro libertar os judeus. 
               Enquanto na Índia Buda pregava a morte do desejo e na Chima Confúcio formulava sabedoria para uso do povo, este "novo Isaías" ( o autor desconhecido) em prosa majestática, anunciou aos exilados judeus a primeira revelação nitidamente clara do monoteísmo, e ofereceu-lhe um novo Deus infinitamente mais rico em amor e misericórdia do que o amargo Jeová do primeiro Isaías. Em palavras que um futuro Evangelho iria dar como pregação de Jesus, este autor (novo Isaías) anunciava-o como o maior problema de todos os profetas, falando de sua missão, de não mais amaldiçoar o povo pelos seus pecados, mas enchê-lo de esperanças. 
                 "O espírito do Senhor está em mim;porque o Senhor me ungiu para pregar a boa nova entre os pequeninos; enviou-me para soldar os corações partidos, para acenar com a liberdade a todos os cativos, para abrir a prisão a todos os encarcerados."
               Este novo profeta descobriu que Jeová era o Deus da guerra e da vingança, mas um pai amoroso; o achado encheu-o de felicidade e inspirou-lhe cantos magníficos. E fê-lo predizer o advento dum novo deus que viria salvar o povo; assim ele anunciava: "A sua voz grita no deserto: Preparai o caminho do Senhor, abri no deserto um caminho para deus. Cada vale será elevado, e cada montanha e monte será rebaixado; e os tortos se endireitarão, e o áspero será alisado... Atendei, o Senhor Deus virá com a mão forte, e seu braço governará por ele... Ele alimentará o seu rebanho como um pastor, entre seus braços reunirá os cordeirinhos e os levará em seu seio, e bondosamente guiará as ovelhas paridas." 
              Aqui, esse profeta, provavelmente, refere-se ao caminho de Jerusalém à babilônia. Com suas palavras ergue, então, a esperança messiânica ao nível das ideias dirigentes do povo e descreve o "Servo" que redimirá Israel por meio do sacrifício. 
              A Pérsia, prediz esse segundo Isaías, será o instrumento de libertação dos judeus. Ciro é invencível; tomará Babilônia e os libertará. E eles voltarão a Jerusalém e construirão um novo templo, uma nova cidade , um novo paraíso. 
            A entrada de Ciro na Babilônia, como conquistador mundial, foi um momento dramático na história de Israel; finalmente deu liberdade aos judeus. Entretanto, alguns profetas ficaram desapontados com sua superior civilização, não destruindo a cidade, respeitando o povo e mostrando cética obediência aos deuses locais. 
                  Uma das primeiras medidas de Ciro foi restituir aos judeus o que estava no tesouro público (ouro e prata) que Nabucodonosor saqueara do templo e mandou que as comunidades, em que viviam os exilados, lhes fornecessem fundos para o retorno á pátria. Este é sem dúvida o sinal de que uma nova civilização estava surgindo. 
               Os judeus mais novos não se sentiram entusiasmados para restauração; muitos já estavam radicados ao solo da babilônia e hesitaram em abandonar campos férteis e um comércio florescente pelo trabalho rude da restauração da pátria (Israel). Só depois de dois anos do aparecimento de Ciro é que os primeiros grupos de entusiastas partiram, numa jornada de três meses, para a cidade que seus pais haviam deixado meio século antes. 
             Tal como aconteceu ainda em nossos dias, os judeus em retorno não foram bem recebidos na Palestina. É que outros semitas haviam se estabelecido e ocupado as terras de cultivo. Essas tribos, então locais, passaram a olhar com muito ódio aquele que, "aparentemente" eram invasores. E o retorno dos judeus á sua pátria se teria  revelado impossível, se não fosse o apoio do império que os protegia. O príncipe Zeru Babel obteve permissão do rei Persa, Dario I, para reconstruir o Templo; e embora os imigrantes fossem poucos e de poucos recursos, e as obras com frequência se interrompesse com os ataques de pessoas hostis, foram levadas a cabo no período de 22 anos. 
                  Jerusalém se tornou de novo uma cidade judaica, e o Templo ressoou com os salmos remanescentes dispostos a refazer sua pátria.
          Não resta dúvida de que foi um grande triunfo, que só seria excedido pelos acontecimentos de nossos dias. 

*********************************

PARA LER O LIVRO DESTE O INÍCIO 


Se você quiser adquirir algum outro livro do Romeo