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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

O INDUÍSMO OU NEO-BRAMANISMO



                 Julgo oportuno começar pela religião da Índia, porquanto o Hinduísmo, que extrai sua origem diretamente do Bramanismo, deve ser considerada a mais antiga. Remotos, e todavia aceitáveis testemunhos da primitiva fé dos Hindus, foram-nos fornecidos pelo Vedas (literalmente, saber sagrado), que são textos onde foram reunidos pensamentos, hinos, preces, escritos litúrgicos, alguns dos quais remontariam ao século XV a.C. Destes textos, resulta que, inicialmente, o culto dos Hindus era voltado para a adoração das varias forças da natureza, que eram personificadas por divindades celestes, atmosféricas e terrestre. Dentre os ritos sacros, o mais importante  foi o sacrifício ou holocausto, que era tornado ainda mais solene com a cremação do deus da prece e senhor das criaturas, Brahmanespati. Este rito, acompanhado por práticas mágicas, tinha um duplo objetivo: proprietário e expiatório.  Ele era celebrado no lar doméstico, ou, então, sobre uma era, ao ar livre, por ocasião de nascimentos, iniciações ou funerais. Para celebrar o sagrado ofício, foi proposto um sacerdote (brahman) ou brâmane. 
             Lentamente, o termo brahman passou a assumir o significado de lei suprema e de realidade eterna, em contraste com o mundo material, considerado transitório e caduco.
           Aconteceu assim que a primitiva forma do culto progrediu rumo à metafísica. o atman,que, nos mais antigos livros dos Vedas, significa "vento", "respiração", passou a significar alma, de cujo conhecimento o Homem pode aprender o significado de todas as coisas, de todas as verdades. Mais tarde, foi concebida uma forma única, para harmonizar o princípio do brahman com aquele do atman. Nos textos remotos dos Vedas, encontra-se expresso o conceito de que "a realidade é uma, mas os sábios lhe dão nomes diversos." Realmente, se o conhecimento do atman permite o conhecimento de todas as coisas, o atman deve ser idêntico ao brahman, que é a essência de tudo. Para divinizar este princípio ético, foi concebida uma trindade divina (Trimurti), expressão única do brahman, isto é, do espírito eterno, do absoluto. A Trimurti é considerado por:

  • BRAMA - (não confundir-sem com brahman, conceito abstrato, expressão do neutro), considerado o deus da criação. 
  • VIXENU - personificação do bem, que conserva com vida as coisas criadas. 
  • SIVA - deus da destruição, símbolo daquele princípio insuprimível, porém necessário, que é a morte "física".          
           Em toda  Índia, encontram-se templos majestosos e ricas esculturas dedicadas a Brama, Siva e Vixenu. Numerosas são as cidades de que provém os tesouros artísticos mais preciosos do Hinduísmo: Benares, a cidade de Brama, às margens do sagrado Ganges, meta de contínuas peregrinações de fiéis; Canará, cujo Pagode Negro, que representa o Carro de Deus Sol, traz esculpidas na pedra grandes rodas; Madrasta, famosa pelas suas belas estátuas em bronze de Siva dançando e de Vixenu; Medirai, com seus templos característicos, de tronco em pirâmide; Misore, célebre pelo seu touro Bombaim, de onde provém a bela escultura das Trimurtas. As grandes religiões do Extremo Oriente e da Ásia centro-meridional têm suas origens em crenças e ritos primitivos, cujo desenvolvimento em forma mais evoluídas se deve à influência exercida por sistemas religiosos e por doutrinas sucessivamente divulgadas por homens de pensamento e fé. Das religiões, as mais importantes, seja pelo conteúdo espiritual, seja pelo número de adeptos, são: 

  • HINDUÍSMO - (ou Neo-Bramanismo), com mais de trezentos milhões de adeptos. Religião oficial da Índia, encontra fiéis também em muitas ilhas do Oceano Índico. Estar em primeiro ligar entre as religiões mais seguidas tem a ver com o fato da grande população da Índia.
  • O BUDISMO - difundido na China, no Japão, no Tibete, no Nepal, na índia, na Mongólia, na Manchúria, na Coreia, na Tailândia, no Vietnã, no Camboja, no Ceilão e em outras partes do pacífico. O Brasil, banhado pelo oceano Atlântico, o Budismo também teve grande desenvolvimento e continua em expansão.
  • O TAOISMO - praticado por um terso da população chinesa, especialmente por aquela das aldeias e das ilhas do Extremo Oriente. 
  • O CONFUCIONISMO - difundido entre os chineses intelectualmente mais avançados. Realmente, como vemos, o Confucionismo é mais um sistema ético-filosófico que uma verdadeira e própria religião. 
  • O XINTOÍSMO - que é a religião nacional japonesa; ela cuida não apenas das tradições religiosas, mas também daquelas civis da nação. 
          Cumpre aqui recordar que três destas religiões são oficialmente reconhecidas na China: Budismo, Taoismo, Confucionismo.  Veremos como a coexistência destes três cultos tenha sido vantajosa para o desenvolvimento social do povo chines. 
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