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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

AS RELIGIÕES NA PRÉ-HISTÓRIA .


              Desde o início venho afirmando que os seres humanos são, por natureza espirituais.  A partir de agora vou procurar fazer um resumo de como os homens primitivos possivelmente tenham conhecido a divindade. 
               É verossímil que eles tenham começado a exercitar a mente observando a natureza da qual estavam circundados e que, por isso, obedecendo ao "senso divino", tenham-se tornado vagamente cientes da existência de um Ser supremo. 
             

                   Eram épocas difíceis e eles ainda não estavam tão conscientes de sua natureza nem das faculdades que os tornava diferente dos outros animais; aquele remoto progenitor deve, todavia, ter-se reconhecido como ser vivo e conceber daí, também, a divindade como um ser vivente, mas altíssimo, dotado de forças enormes, ante as quais o homem não passa de uma criatura débil e indefesa. Impulsionado, então, por aquela disposição de religiosidade que, como se viu, é inerente em todo o ser humano pensante, ele foi seguramente induzido a submeter-se àquela vontade suprema e dela fazer objeto de culto. 
           Pode-se daí concluir que o homem pré-histórico, ao primeiro despertar do seu sentimento religioso, foi "teísta" à maneira dos povos mais primitivos dos nossos dias, como os Pigmeus, Os Boxímanes e algumas tribos australianas. 
                   Mais tarde, quando, por várias causas, se tornou cônscio de sua alma espiritual, começou a imaginar que todas as coisas capazes de ação possuíam uma alma semelhante à sua (Animismo). A seguir as populações dedicadas ao pastoreio, os nômades que não conheciam limites na terra, foram levados a identificar a divindade na abóboda celeste; aquelas dedicadas á agricultura conceberam o culto da madre terra (Naturismo). Sucessivamente, o desejo de aproximar-se de divindades mais acessíveis e mais correspondentes às necessidades humanas, induziram-no a procurar nas coisas a existência de forças sobrenaturais (Fetichismo). 
                Afinal, com o desenvolvimento da sociedade, com a criação das hierarquias sociais, com o pensamento dos grandes valores humanos, nasceu uma concepção hierárquica dos seres divinos e se acrescentou o culto dos ancestrais e dos heróis. Daqui se desenvolveram as várias formas de politeísmo e as múltiplas criações mitológicas. 
                   O primitivo Teísmo, porém, não foi esquecido e, quando algumas almas mais elevadas entre as populações que iam gradativamente adquirindo experiência e saber, despojaram-se das concepções mais rudimentares e materialistas, voltando-se a adorar um só Deus. Estava, assim, criado o início de organizações religiosas que perduram até nossos dias. 

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Os Altais, das montanhas da Sibéria, adoram Ulgon, criador do Universo, e temem kormos, que representa o mal, a tentação. Uma prece diz: "Príncipe Bai Ulgon, tu, que todos os povos criaste... e mil vezes fizeste girar o céu rico de estrelas, não nos lances nas mãos da desgraça, não julgues os nossos pecados..."

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