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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

A RELIGIÃO DOS ASTECAS * .m


                   Deuses e deusas governavam o mundo Asteca. Eles achavam que suas colheitas amadurecem e seus exércitos vencem batalhas porque os deuses os ajudam. Se eles ficarem bravos, poderão parar de ajudar. Portanto, é importante mantê-los felizes com orações e sacrifícios. Os astecas têm dois tipos de deuses: os antigos, isto é, aqueles que já eram adorados nas terras conquistadas, como Tlaloc, o fazedor de chuva, na região há milhares de anos, e seus próprios deuses, como Huitzilopochtli, o deus do sol.
                Nos tempos mais remotos, parece que tiveram uma religião monoteísta, uma fé num ser supremo, criador de todas as coisas, denominado Teoti ou, então, Tloque Nahuaque (que tem tudo em si) ou, ainda ipalmemoualoni (pelo qual existimos). Em seguida, os Astecas, belicosos e cruéis, praticaram um grosseiro politeísmo. A fé em um deus único se transformou em um politeísmo, com grande número de deuses, três dos quais, segundo o mito, foram grandes condotieri deificados, que se tornaram objeto de grande veneração: Tezcotlipoca, máxima divindade, Huitzlopoztli, deus da guerra, Quetzalcoatl, deus da aurora, do sol e dos ventos. 
                   O lar e a família tiveram nomes tutelares próprios, os Tepitoton, afins dos Penates romanos. 
                 Acreditavam na vida terrena, mas não em que todos os mortos conseguissem a imortalidade, porque o destino dos defuntos se considerava estreitamente ligado ao modo em que morriam, à sua riqueza, ao seu grau, além da conduta moral observada em vida. O espírito belicoso dos Astecas pode ser explicado por certas crenças: quem, por exemplo, perecesse em combate ou, caindo prisioneiro, e fosse depois trucidado pelos inimigos, se tornaria imortal e colocado no firmamento do sol, o Ilhuicalt Tonatiuh. Aqueles que morriam de lepra, pelagra ou outras moléstias contagiosas eram, ao invés, levados ao céu de Tlaloc, na qualidade de vítimas prediletas do deus. 
                    Tinham certeza de que suas colheitas amadureciam seus exércitos para vencerem batalhas com a ajuda dos deuses.
                    Os astecas acreditavam que a terra os alimentava com "sua própria carne" na forma de plantas e água, e que, portanto, eles deveriam oferecer em troca a sua própria carne e a "água preciosa" que seria seu sangue. Os deuses tinham sofrido muito para criar o mundo, portanto a dor humana era necessária para que o mundo continuasse existindo. As lágrimas das crianças as pequenas sacrificadas, por exemplo, garantiam as chuvas.  Jovens eram sacrificados para Chalchihuitlicue, deusa das águas do lago. 
                   Os ritos astecas incluíam as práticas mais horríveis e revoltantes que as encontradas em qualquer outra religião. Milhares de homens eram levados vivos ao bloco sacrifical. Quatro homens seguravam a vítima pelos braços e pernas, enquanto o coração lhe era arrancado vivo do corpo e oferecido ao deus Sol. As vítimas eram sempre o prisioneiros capturados nas guerras. O coração extraído do corpo do sacrificado era entregue ao guerreiro que o capturou no campo de batalha. Este guerreiro, depois de cozinhar o corpo, consumia-o juntamente com seus parentes, em grandes festas. A tíbia era amarrada a um poste próximo à casa do guerreiro; era um feitiço de boa sorte. O crânio era atirado à pilha de tais troféus, sobre a última plataforma das Teocalli. (Segundo informações dos espanhóis conquistadores, foram encontrados cerca de cento e trinta e seis mil crânios. 
                Vidas humanas eram imoladas frequentemente, porque, desses sacrifícios, dependiam as sortes na guerra ou o bem-estar do povo. A vida e a ordem hierárquica dos sacerdotes, denominados Teopixte (guardiões dos deuses) eram reguladas por normas severíssimas. O chefe deles era o Sumo Sacerdote, chamado Teotecuhtli,eleito pelos notáveis, e que devia pertencer á estirpe real. Além do culto aos deuses e ao cuidado dos templos, os sacerdotes providenciavam a educação dos jovens e a compilação dos anais e do calendário. 

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