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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

AS IGREJAS REFORMADAS



                      Um frade agostiniano, Martinho Lutero, nascido em Eisleben, na Alemanha, em 1483, posicionou-se asperamente contra a concessão de indulgências feita pelo Papa Leão X, com a finalidade de arrecadar dinheiro para a construção do Igreja de São Pedro, em Roma, chegando mesmo a negar a doutrina das indulgências.  Às disputas e às representações dos superiores, ele respondeu negando intransigentemente o valor do culto aos santos, aos votos sacros e contestando a primazia do Pontífice, atacando todo o sistema doutrinal do Catolicismo. 
                    As teses de Lutero encontraram logo apoio, porque, nos Estados Germânicos daquele tempo, a corrupção do clero tinha atingido níveis alarmantes, ao passo que o povo vivia em em um larvado paganismo e jazia na miséria; também os príncipes, ciosos dos privilégios eclesiásticos e das propriedades da Igreja, esperavam que uma reforma conduzisse ao confisco dos bens, dos quais eles poderiam apropriar-se. 
                 Nessas propícias condições, o movimento luterano estendeu-se tanto que o imperador Carlos V, como bom católico, pôs fora da lei o frade herege. Mas, bem depressa, os Reformistas se separaram definitivamente da Igreja Romana, e a Igreja Luterana constitui hoje, ainda, a seita (ou igreja) protestante mais numerosa.
                  Igreja Anglicana ou Igreja da Inglaterra - Tem sua origem no cisma de Henrique VIII, que, em 1533, assumindo a supremacia da Igreja Nacional, separou-se da de Roma. 
                    Igreja Presbiteriana - Nascida cerca de 1550, deriva, historicamente, da reforma de João Calvino, um intelectual francês que aderira à doutrina evangélica. Após fugir para a Suíça, ele deu ao Protestantismo coerência teológica, baseando sua doutrina no absoluto domínio de Deus, na onipotência de sua irrevogável condição e na nulidade do homem,  que considerava absolutamente incapaz de realizar sozinho a própria "salvação". 
                     A cisão da Igreja Romana, causada pelas posições de Lutero, espalhou-se rapidamente por todo o mundo civilizado.
                     Igreja Batista - Deriva da reforma luterana, rejeita o batismo das crianças e batiza somente os adultos, com inteira submersão do corpo. 
                    Outras Igreja reformadas, que contam com um número mais ou menos notável de fiéis, são a Metodista, a Congregacionista, a Igreja dos Adventistas, e a dos Testemunhas de Jeová e a dos Quaquers
                     Apesar das cisões e dos contrastes doutrinários, milhões de pessoas no mundo sempre adoram o mesmo Deus, uno e trino, e têm por sinal a mesma Cruz, símbolo visível da Cristandade. Dizer-se cristão é importante para qualquer religião que queira expandir-se e angariar benesses e poder; isto acontece sempre porque a marca Jesus Cristo e a Cruz se tornaram muito poderosos e arrastam multidões de fiéis.
                     Antes da cisão o domínio total era exclusividade da Igreja Oficial (Católica Apostólica Romana) e depois desse evento de Lutero tudo mudou. Tornou-se muito fácil criar uma nova igreja dizendo-se Protestante ou Evangélico. Numa mesma rua podemos encontrar várias igrejas que, no Brasil, proliferam mais do que farmácias e mercadinhos. 

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Um dos mais importantes Concílios da Igreja Cristã foi o de Trento, promovido pelo Papa Paulo II, que durou 18 anos (1545 x 1563), durante os quais foram debatidos e estabelecidos, com muita clareza, vários pontos da doutrina católica. 
   Depois do Concílio de Trento, de que nasceu a "Contra Reforma", foi fundada, por Santo Inácio de Loiola, a Companhia de Jesus, destinada a defender a Igreja e o Papa, e a promover a "salvação das almas". 

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