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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

OS PROFETAS DO TALMUDE



                   Entre o  século VIII e o VII a.C., destruído o reino de Israel, também a fé em Javé sofrera um afrouxamento, seja pela influência exercida pelos povos vizinhos ou Invasores, seja pela aplicação, por vezes excessivamente rígida, das leis mosaicas, seja pela dúvida e o desespero que se seguiram aos períodos de sofrimento e de despotismo. A esta decadência reagiram os profetas, que chamaram de novo os Hebreus para a pureza moral e religiosa, conduzindo o Judaísmo às mãos altas expressões, completando o conteúdo da religião mosaica, falando ao povo não só da cólera, mas também da misericórdia de Deus, único, universal e justo, e dando, pela primeira vez, aos Hebreus a promessa da salvação através do conceito do Messias. 
                  Destruída a nação judaica e disperso seu povo, o templo foi substituído pelas sinagogas (locais de reunião) e os profetas pelos rabinos (Ou rabis) mestres ligados á observância e dedicação ao ensinamento do Torá, os cinco livros bíblicos de Moisés, que compreende as leis e os ensinamentos mosaicos. Os comentários e as interpretações feitas sobre estes livros, transmitidos oralmente no decorrer dos séculos, foram ampliados e fixados em uma coletânea, que veio a lume o II e o fim do V século, que se chamou "Talmude". 
                 O Talmude tornou-se, então, o liame fundamental entre os Hebreus. E, realmente, dispersos entre nações que os hostilizavam em bairros fechados (Giudecca ou gueto, do talmúdico (ghet = reclusão), toda sua história se compreendia, desde aquele momento, nas leituras doutrinas, nas preces da manhã e da noite e em paciente defesa contra as perseguições causadas pela sua persistência na fé antiga, na tradicional espera do Messias, o envio de Deus, para dar aos Hebreus o domínio do mundo. 

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A tradição hebraica é, ainda hoje, conservada viva pelo ritual bem pouco alterado desde o tempo do antigo reino. Entre os ritos do culto doméstico, é fundamental a benção do pão e a do vinho, visando consagrar a festa do sábado, a qual tem início na sexta-feira à noite, quando a mãe, presente toda a família, acende as velas, pronunciando a oração.



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