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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

AS RELIGIÕES DA ÁSIA ANTIGA E DA MESOPOTÂMIA


                      A Ásia é o berço das maiores religiões do  mundo. As grandes religiões do Extremo Oriente são o Budismo, o Taoismo e o Xintoísmo; a esse grupo se inclui o Confucionismo.
                     O ocidente asiático compreende dois grandes grupos de populações: um grupo que seguiu a Influência da civilização sumeriana (da qual adquiriu a escrita cuneiforme, o idioma e os costumes); um segundo grupo, constituído por populações que desenvolveram uma civilização do tipo "semita", com um idioma particular e um alfabeto. Cada uma dessas populações teve uma fé própria; todavia, pode-se afirmar que todas as formas de crenças e de culto da Ásia ocidental antiga tiveram concepções religiosas muito semelhantes entre si. 
                Características comuns foram: um politeísmo astral, porquanto, em toda parte, os mais importantes dos deuses se identificavam com o Sol, com as estrelas e com outros elementos cósmico; a fé em um Deus considerado "nacional", protetor das tradições e das glórias de cada povo; os desenvolvimentos mitológicos, os ritos religiosos e as cerimônias mágicas. 
                 Até o ano 2.400 a.C., isto é, antes de serem subjugadas pelos Semitas, os Sumérios (que viveram na parte meridional da Babilônia) tiveram como deus supremo e nacional Enlil, rei do céu e da terra, divindade guerreira e forte. Enki, irmão de Enlil, era o deus que conferia a sabedoria aos reis e aos príncipes. 
                  Os Sumerianos veneravam muitos deuses; cada aldeia ou cidade elegia um para sua própria proteção. Entre os deuses e os homens, existia uma categoria  intermediária: os demônios, denominados Sedu ou utuhhu, que podiam ser bons ou maus, benéficos ou desfavoráveis para o homem. 
                  Segundo a crença dos Sumerianos, os homens tinham sido criados antes dos animais e das plantas, para fornecerem aos deuses os elementos necessários à sua vida. Eles criam que as duas grandes épocas de sua história fossem separadas por um "dilúvio". Professaram o culto aos mortos e praticavam cerimônias funerárias bastante elaboradas, dando sepultura aos mortos ao invés de cremá-los. 
               O deus Enlil habitava o templo de Ékur (Casa da Montanha), na capital Nipur. 

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As festas campestres eram as mais importantes entre os ritos sumerianos. Durante a Akitu, a festa de Ano Novo, que durava três dias, eram celebradas as núpcias do deus Enlil com a deusa Ninlila; celebrava-se o sanga, que era o sacerdote adequado a tais funções religiosas. 
O máximo deus dos Elamitas, Inshushinak (senhor da Susa) era representado com barba, tranças nos ombros e 3 pares de chifres, tendo na mão um arco e um cajado.

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              Da  antiquíssima  religião dos Elamitas, originários do Elam (região que se estende à esquerda do curso inferior do Tigre antes de sua desembocadura no golfo Pérsico e compreende também a maior parte da planície e oriente da Mesopotâmia), chegou a nós a notícia através de monumentos pré-históricos revelados pelas escavações realizadas por uma missão francesa nas ruínas de Susa e de outras cidades.
                 Em seu início, parece que eles adoravam alguns animais, sobretudo o touro, ovelhas, cavalos e cães. O bode, depois, parecia gozar de grande veneração. Mais tarde, porém depois de seu primeiro encontro com a civilização sumeriana, que, segundo uma antiga inscrição, remontaria ao ano 2.500 a.C., representaram seu deus como uma estrela e com o símbolo "Nab", correspondente ao duplo sinal "An", para significar Deus e céu. O sinal Na, de fato, na escrita cuneiforme, tem a imagem estilizada de uma estrela. 
                 À testa de seus múltiplos deuses estava o deus nacional Inshushinak, que, em língua sumeriana, significa "Senhor de Susa (Susa era a capital do Elam). Criador do universo, era, ele também, um deus forte e poderoso, chefe dos deuses, e que escolhia, para o bem dos homens, reis e governantes. 
                    Disso resulta que os elamitas juravam pelo nome dos deuses, como em todas as populações do antigo Oriente.
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                Babilônios e Assírios foram rigorosíssimos, tanto que, em nome da religião, conduziram sanguinolentas guerras contra os infiéis. 
              O deus supremo, fundamento do primitivo monoteísmo, chamou-se Marduk, em Babilônia em Nínve. Deste dependiam cortes de outros deuses, que formavam um conjunto de várias famílias divinas, com marido e mulher à frente de cada uma delas. Eles moravam em seus palácios (os templos), onde eram servidos por um grande número de ministros, secretários e servos, e ali recebiam os seus fiéis e suas súplicas. Cada fiel era, porém, obrigado a fornecer-lhes alimentos ao mesmo tempo, porque os deuses consumiam quatro refeições diárias, consistentes em pão, frutas, carne e bebidas. Alimentos eram também ofertados aos deuses quando se invocava a ajuda divina. O deus punia os transgressores de seus mandamentos, por isso, quem quisesse afastar de si as consequências dos pecados devia confessar sua culpa, e isso ocorria no templo, com auxílio de um sacerdote. 
               Entre os deuses, eram distintas duas trindades: aquela que personificava a origem do universo, formada por Amu, Baale Ea. A outra era de caráter astral, composta de Samas (o Sol), Sin ( lua), e Istar, identificada com a estrela Vênus, deusa do amor e da guerra. Como deusa da guerra, ela era também também representada em um trono ou pé,  armada; como deusa do amor, em atitude maternal. Abaixo dos deuses, em dependência hierárquica, estavam os Igígios e Anunnaki, especie de divindades inferiores, das quais os deuses se serviam como mensageiros. 
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                Os Cananeus, de origem semita, viveram longamente na Palestina e na Síria, desde os fins do terceiro milênio a.C., sem, todavia, conseguir constituir-se em nação unida. Uma de suas tribos, a dos Fenícios, deu lugar, mais tarde, a uma civilização particular, desenvolvendo seu tráfego comercial nas costas orientais do Mediterrâneo. A religião praticada pelos Cananeus e pelos fenícios teve um caráter nitidamente naturalista, consistindo unicamente na adoração das forças da natureza. O Deus máximo, chamado simplesmente o Senhor (Baal), era considerado o criador, o conservador, o destruidor do Universo, deus da chuva, da tempestade, do raio e da guerra. 
                Associada a Baal estava a divindade feminina Ashtart, que, no Antigo Testamento, aparece como Astarté. Filho de Baal era Melcarte, o deus que governa a terra. outras deidades correspondiam ao Sol, a Lua, às trevas etc. e destas divindades maiores, outras dependiam. A variação dos nomes com que nas diversas cidades se adoravam os mesmo deuses, agravou o politeísmo fenício. Os Fenícios conheceram o "voto", que consistia em uma promessa pessoal e particular à divindade, para serem libertados de algum mal ou protegidos em alguma circunstância. Ritos propiciatórios eram realizados com o sacrifício de ovinos ou de aves e até, em tempo de calamidades, de inocentes crianças. As cerimônias rituais frequentemente degeneravam em desenfreadas orgias. 
                   Em  compensação, profundo foi o culto dos mortos. O corpo devia repousar tranquilo e íntegro, para que ao morto fosse permitido conduzir uma boa vida no Além. 
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Grande era a Hierarquia sacerdotal, na Babilônia: Baru, o sacerdote adivinho; Asipu, dedicado aos esconjuros e às artes mágicas; Kalu, que acompanhava os cânticos com instrumentos sagrados, durante as cerimônias, e Sanga, que organizava e ministrava o culto. 
Entre os fenícios, os templos eram circundados por enormes zonas agrestes. Era uma ampla esplanada, diante da estátua do deus máximo, havia um tanque para as purificações sagradas. Ornamentavam o recinto figuras de animais sagrados ou divinos, tais como o touro, serpentes e a pomba. Oficiavam os "Kohen" (sacerdotes), que adivinhavam o futuro e faziam esconjuros e magias.  


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