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sexta-feira, 14 de junho de 2019

HISTÓRIAS DA CRIAÇÃO, DA TENTAÇÃO E DO DILÚVIO

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                Com o despertar da própria consciência, o homem percebe que existe um poder muito superior a ele e sente medo. O começo, tanto do tempo como da criação, desperta sua curiosidade e passa a prestar atenção ao mundo que o rodeia. 
             Na sua evolução, o homem vai tomando consciência de sua dependência e de sua própria fragilidade diante do universo. Percebe e relação e influência que circula entre o universo e seu corpo. Olha para o céu e busca respostas nas estrelas; seu medo do desconhecido aumentou com a evolução de sua consciência. 
               Quando descobre a possível existência de um deus, curva-se diante dos acontecimentos cósmicos e naturais; busca uma revelação divina que nele adquire forma e cor; vê seu corpo como um instrumento para encontro com o divino. 
         O homem primitivo era andarilho e passava os dias à procura de alimentos. Seus pensamentos voltavam-se sempre para o poder superior que existia e do qual nada entendia. Imaginava esse poder tomando forma de um ser animal, humano ou estelar que passa a chamar de deus que está no céu e governa toda a terra. Surgem os primeiros profetas andarilhos que tentam explicar sobre o poder desse deus, mas logo se colocam como seus profetas e representantes na terra; dizem ser a ponte que liga o homem comum a esse deus vivo no céu. 
              As primeiras ideias de religião nasceram das preocupações com os acontecimentos do dia-a-dia de cada tribo. Ainda não existia a ideia de governo, mas deus estava vendo e controlando tudo. Logo uma espécie de religião passa a ditar as leis para governar a tribo e garantir a união entre seus membros. A superstição surge e aumenta na mesma proporção em que vive uma existência governada pelo acaso. Todos os membros são informados de que deus tudo vê, tudo sabe e dele ninguém escapa. Estava aberto o caminho para os profetas criarem as primeiras "leis divinas". 
           O povo do Egito há 4.000 anos a.C. tinham forjado uma forma de governo. A população, ao longo do Nilo estava dividida em nomes (do grego nomos, ou lei); reconheciam o mesmo totem, obedeciam ao mesmo chefe, adoravam o mesmo deus e seguiam os mesmos ritos. Era um povo muito poderoso. Um provérbio árabe diz: "Toda gente teme o tempo, mas o tempo teme as pirâmides". 
              A tradição exigia que os governantes egípcios fossem filhos do grande deus Amon; Hatxepsú exigiu ser declarada ao mesmo tempo macho e fêmea. Apareceu logo uma biografia com a de Amon, a mãe da rainha, numa nuvem de perfume e luz, e fora aceito a copularem; e ao retirar-se anunciou a deusa que Ahmasi daria à luz uma filha em quem todo o valor de deus se manifestaria na Terra. Para satisfazer os preconceitos do povo, e talvez o secreto desejo de seu coração, a grande rainha fez-se representar, em todos os monumentos, barbada e sem seios; embora as inscrições a ela se referissem com o pronome feminino, não hesitavam em dá-la como Filha do Sol e Senhor das suas terras. Quando aparecia em público, vinha sempre vestida de homem e com barba postiça. 
          As histórias da Criação, da tentação e do Dilúvio foram tiradas das lendas da mesopotâmia, possivelmente 3.000 anos a.C. 
                  Tudo indica que os judeus se apropriassem de alguns dos mitos da babilônia durante o cativeiro; e é mais provável ainda que os tomassem das antigas fontes semíticas ou sumerianas, comuns a todo o Oriente Próximo. 
              O mito da criação tem forma persas e talmúdicas; representam Deus criado um ser  duplo -macho e fêmea reunidos pelas costas (como irmãos siameses) depois dividindo-os por achar que assim seria melhor. No Gênesis (V.2) encontramos uma estranha frase que diz: "Macho e fêmea criou Ele, e abençoou-os e chamou-lhes Adão". Com isso podemos concluir que, segundo as "informações Bíblicas", nossos primeiros pais foram originariamente macho e fêmea. Esse fato parece ter ocupado todos os antigos teólogos, exceto Aristóteles. (Encontrado em Simpósium, Platão.)
            O Jardim do Éden, do hebraico (Gan Eden) é o local onde ocorreram os eventos narrados no livro do Gênesis (Gen. 2 e 3), ali encontra-se descrito a forma como deus criou o homem e também o jardim que chamou de Éden; e mandou que o homem o cultivasse e cuidasse. A tentação do Éden pareceu em quase todos os folclores - no Egito, na Índia, no Tibe, na Babilônia, na Pérsia, na Grécia, na Polinésia, no México. Muitos desses jardins possuem árvores proibidas e serpentes ou dragões que roubam a imortalidade do homem, ou eventualmente o paraíso. Hesíodo, poeta grego, que viveu 750 a.C., em Trabalhos e Dias narra: "Os homens viviam como deuses, sem vícios ou paixões, vexames ou trabalhos. Em feliz acordo com os seres divinos, passavam os dias na paz e na alegria... A terra era mais bela do que agora, e espontaneamente dava abundante variedade de fruitos... Os homens consideravam-se perfeitamente moços aos cem anos de idade". 
                Tanto a serpente como o figo foram provavelmente simbólicos e fálicos; atrás do mito está a opinião de que o sexo e a ciência destroem a inocência e a felicidade, e são a origem do mal; encontramos essa mesma ideia em Eclesiastes. Na maior parte dessas histórias, a mulher era o gentil agente da cobra ou do diabo, seja Eva ou Pandora, ou ainda a Poo See da lenda chinesa. O Shi-ching, (da lenda chinesa) diz: "Todas as coisas eram a princípio sujeitas ao homem, mas uma mulher nos lançou na escravidão. Nossa miséria não vem do céu, mas da mulher; ela perdeu a raça humana. Ah, infeliz Poo See! Tu acendeste o fogo que nos consome e que sempre aumenta... O mundo está perdido. O vício tudo domina."
               Essas ideias contra as mulheres perduram até hoje. Em muitos lugares, em pleno século XXI, elas ainda são consideradas seres inferiores e prejudiciais ao homem. Ao que tudo indica, ainda levaremos muito tempo para nos livrarmos desses absurdo criados pelas religiões ao longo dos séculos. 
               A lenda do Dilúvio é ainda mais universal. Praticamente todos os povos antigos tinham esta fábula em seu corpo de lendas: poucas montanhas da Ásia não foram o ancoradouro de algum Noé ou Shamash-napishtim.
              Essas histórias fabulosas eram motivo de alegria e veículo ou alegoria dum pensamento filosófico, ou ético de longa experiência racial. 
           As religiões sempre procuram mostrar ao crente que o sexo e o conhecimento trazem mais sofrimento do que prazer e alegria, e que a vida humana está permanentemente ameaçada pelas inundações, isto é, pelas calamitosas enchentes dos rios que flagelavam as velhas civilizações. Para os escritores dessas lendas era importante manter a massa do povo inculta; dessa forma seria mais fácil mantê-lo sobre seu controle sem o uso de força. Ainda hoje, com todo o avanço científico, os líderes que cultivam a revolta e o ódio não querem que a humanidade se ilumine, que perceba sua verdadeira natureza. Vibrações geradas pelos pensamentos e sentimentos criam uma massa psíquica que alimenta a ignorância. O ser humano passa a ser o "cordeirinho" que segue a sinais do líder sem perguntar  para onde vai. O universo é harmonia no mais amplo sentido da palavra; o bem e o mal são apenas modos de ver a harmonia e a desarmonia. 
               Perguntar se tais lendas e histórias fabulosas são ou não verdadeiras, se isso realmente aconteceu, seria propor uma questão superficial e vulgar, seria voltar ao primitivismo humano, pois, está claro que não são o que a história conta. Por outro lado, seria um desacerto não gozássemos de sua encantadora simplicidade e forma narrativa. 


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