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domingo, 9 de junho de 2019

A RELIGIÃO DOS ETRUSCOS

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                 A religião dos Etruscos era eminentemente politeísta; tinham um verdadeiro panteão  de deuses com forte influência da mitologia grega. As três divindades etruscas mais importantes era Uni, Tinia e Menrva. 
            De nominados "Tirrenos" pelos Gregos e "Túcios" pelos romanos, os etruscos habitaram a parte da Itália Central compreendida entre as costas do Tirreno e os vales do Tibre e do Arno. Daqui, estenderam sua influência e seu domínio até às costas da Ligúria, á planície Padana, à Úmbria, ao Lácio, à Córsega e até á Campânia. 
               A evolução social e civil, a proeminência política, econômica e cultural deste povo tiveram uma notável influência sobre a Península do VIII ao VII séculos a. C. No Lácio, o domínio dos Etruscos cessou ao fim do século VI, em seguida à derrota sofrida em Arícia por parte dos romanos. 
                   Os Etruscos falavam um idioma diferente dos dialetos italianos; sua estirpe remonta à era das populações mediterrâneas pré-históricas, e desde os tempos mais remotos tiveram notável desenvolvimento, tanto espiritual como religioso; Heródoto narra que eles provieram da Lídia, da Ásia menor. 
           Contraposta á serena religião grega, a religião etrusca revela um caráter muito primitivo,por vezes hórrido, como se pode verificar em algumas pinturas sepulcrais. 
              O gosto pela magia e a preocupação com a vida futura já seriam mais do que suficientes para dar à religião etrusca o caráter sombrio que deixou sua marca em todos os rituais e monumentos da Etrúria."  (disse A. Bouché - Leclescq - em História da Adivinhação). 
                 Todavia, até jhoje não nos tem sido possível resumir, com sistemática precisão, todos os aspectos da religião etrusca e isso pela incerteza das origens e pela dificuldade de se distinguírem as fontes literárias e arqueológicas genuinamente etrusca daquelas que, ao invés, são consideradas como contribuição  de origem estrangeira. Além disso, a incerteza no decifrar algumas particularidades da língua é outro obstáculo de não ligeira importância acerca dos estudos de etruscologia. A enigmática religião dos Toscanos suscita tantas apaixonadas controvérsias, tantas hipóteses como as origens desse povo secreto. 
                 Tudo quanto sabemos deles foi derivado das pesquisas arqueológicas e dos escritos dos autores clássicos. 
                 Segundo a mitologia etrusca, os deuses tinham uma hierarquia especial, ao cume da qual havia a trindade Tinia-Uni-Menrva. Algumas divindades, mesmo tendo um nome indígena, correspondem àquelas do panteão romano: Tinia (Jeová), Uni (Juno), Menrva (Minerva), etc. Em outras, porém, sua correspondência falta de todos. Assim, encontraremos Usil (o deus Sol) Cilens e Tecum . 
            Entre outras divindades em relação com o além túmulo etrusco, encontram-se "Charun" e "Tuchulcha". Charun é afim do Caronte grego, mas entre os Etruscos, cabe-lhe a tarefa  confiada às Parcas na mitologia grega, pois ele é, de fato, o senhor da vida dos homens. Quando acha conveniente, pode por fim à existência de qualquer um, com um golpe do seu malho. Com ele está Tuchulcha, dotado de duas grandes asas, com a cabeça e os braços cingidos de serpentes. Ao lado da ideia da morte, pelo seu caráter guerreiro, se encontram mais dois deuses: Leta e Lar. Entre as divindades femininas infernais temos Vanth, divindade benéfica, que recebe as almas; Celsu, Parca, dotada de um par de tesouras. Um lugar especial entre os deuses etruscos cabe a "Voltumna", que, segundo Verrão, corresponde a Verttumnus, máxima e antiga divindade etrusca, venerada em um santuário da Etrúria meridional, indicada sob o  nome de Veltume. 
            Mais tarde, foram recebidas algumas divindades do Olimpo grego: Aplu (Apolo), Artume (Ártemis)  Hercle (Hércules) etc. 
                Os etruscos preocuparam-se, de maneira especial, em estudar os sinais exteriores da vontade dos deuses. A interpretação de tal vontade impeliu-o à prática de atos divinatórios, segundo sistemas de origem antiquíssima e consistentes em interpretar os fenômenos naturais (terremotos e cometas), o voo dos pássaros, os nascimentos monstruosos etc. 
               Os atos do culto público eram estabelecidos pelos "libris ritualis" (subdivididos em três partes: Livros rituais, livros fatais e livros aquerônticos) e pelo calendário lunar religioso. Estes livros, ainda, continham algumas normas, que se deviam seguir na fundação de alguma cidade, nos regulamentos sociais e militares e para consagrar um templo ou uma ara. 
              Nos templos, eram colocados sacerdotes, recrutados entre os pertencentes a famílias nobres. Esse sacerdócio, hierarquicamente organizado, era dividido em três categorias, por vezes em colégios, e tinham à sua frente um "sumo-sacerdote". Grande era sua importância política, porquanto somente os sacerdotes sabiam interpretar os sinais do céu. 
              As celebrações do culto consistiam em preces, em ofertas incruentas e em sacrifícios cruentos. 
          Nos funerais, eram colocados móveis, tapetes, roupas, víveres, porque, segundo a concepção religiosa etrusca, o defunto continuava, mesmo no Além, sua vida terrena. 

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                Colinas artificiais encerram as necrópoles etruscas do século VII e VI a. C. Elas contém, por vezes, várias celas sepulcrais, onde se vai mediante um túnel cavado no monte, nem sempre facilmente atingível. Além daquela da caera, recordem-se as necrópoles de Tarquínio, "Vei e Vulci", ricas de decorações e importantes pelos móveis e objetos ali encontrados. 
            Ao século I a.C. pertence o túmulo dos "Volummi", na zona de Perúicia, encontrado intacto na câmara principal. A urna dedicada a Arunte, filho de Aule Velimna, representa-o deitado na cama, tendo na mão a taça do ágape. Na zona inferior, encontram-se duas mulheres, demônios femininos. Pela decisiva individualidade do rosto de Arunte, pode-se pensar em um verdadeiro retrato. A escultura da "Vitória Alada" lembra-nos criações análogas gregas. Pertence a um pequeno templo etrusco-itálico dos séculos IV e III a.C. É um tanto "movimentada" na parte inferior, na superior, possui um aspecto meio rude e pesado. Várias foram as divindades greco-romanas que os Etruscos adotaram, adaptando-as à própria religião. O "Apolo de Veio", transformado em "Aplu", nada mais tem do deus Olímpico. Sorri, sim, como as arcaicas estátuas gregas, mas de seu rosto emana um ar de zombaria. O templo etrusco passou, sucessivamente, através de várias fases. na sua mais antiga construção, era inteiramente de madeira, como outrora na Grécia, com paredes, e madeira na parte superior, conservando, até os IV e II séculos a.C., uma estrutura arcaica. Um tanto baixo e com uma tríplice cela, apresenta a fachada e as orlas extremas do telhado ornadas por uma série de divindades maiores e menores, em terracota vivamente colorida. 

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