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O século XVI, que assinalou para o mundo civilizado o renascimento da cultura e da arte, nada representou para os hebreus. Seu Renascimento veio depois da Revolução Francesa, que marcou o fim de sua Idade Média. Readquirida a paridade de direitos, os herdeiros de Israel ofereceram ao mundo uma contribuição intelectual e artística que demonstra quanto a segregação e o recolhimento houvessem beneficiado o desenvolvimento de suas faculdades espirituais.
Nem a libertação do gueto significou, para a maior parte dos hebreus, o abandono da tradição e da fé em seus avós. A recente história demonstrou quanto está vivo ainda o liame que une os exilados de uma população milenária, para a qual a religião e história sempre foram e ainda são inseparáveis.
Hoje, apesar das numerosas perseguições e os massacres, há mais de vinte e cinco séculos da "diáspora", contam-se, no mundo, cerca de 12 milhões de hebreus, dos quais um milhão vivem no renascido e pequeno Estado de Israel e cinco milhões nos estados Unidos. Quando se leva em conta os indivíduos com um pai pudeu ou mãe judia, e que se identificam como parcialmente judeus, a cifra vai para 16,5 milhões. No Brasil o senso do IBGE de 2010 apresenta um número de 107.329.
Vários movimentos reformistas têm provocado modificações e atualizações no "Torá" e no cerimonial religioso, mas a lei permanece inalterada e a invocação de cada hebreu, manhã e noite, é ainda a afirmação de um absoluto monoteísmo: "Ouve, ó Israel, o Senhor é nosso Deus, o Senhor é um só! "
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