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sexta-feira, 31 de maio de 2019

JUDEIA - A MISSÃO DE MOISÉS - A TERRA PROMETIDA --

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             Para o leigo fica difícil entender porque um território tão pequeno tenha desempenhado tão grande papel na história, deixando atrás de si uma influência maior que a da babilônia, da Assíria, da Pérsia, e talvez até do Egito e da Grécia. Situada entre as capitais do Nilo e as do Tigre e do Eufrates, sempre esteve no centro de conflitos e polêmicas que perduram até hoje sobre a Palestina. Esta situação geográfica trouxe à Judeia comércio, paz e guerra. De tempos em tempos, os judeus eram forçados a tomar partido na luta entre impérios, a pagar altos tributos para não serem esmagados. Por trás da Bíblia, dos lamentos dos salmistas e profetas e de seus apelos para o céu estava a perigosa situação dos judeus entre as garras do Egito e da Mesopotâmia. 
           No primeiro século depois de Cristo, ainda se falava de uma palestina bastante unida, com farta agricultura e muito bela. Ali havia lindas árvores e muita abundância de frutos silvestres e cultivados. As terras, naturalmente, não são banhadas por muitos rios, mas são servidas com abundantes chuvas. Nos tempos antigos a água das chuvas era retida em cisternas e distribuída por uma rede de canais; essa foi a base física da civilização judaica. O solo, dessa forma irrigado, produzia trigo e cevada; a vinha prosperava; as árvores produziam azeitonas, tâmaras, figos e outras frutas. Quando vinha a guerra ou algum conquistador, os cultivadores judeus eram expulsos e esses campos eram devastados pelo sol por falta de irrigação, que era artificial. O deserto, sempre implacável, desfazia o trabalho de várias gerações. Hoje, não podemos julgar a fecundidade da velha Palestina pelas áridas vastidões e por alguns oásis que ali sempre esperavam pela volta dos bravos e sofridos judeus de seu exílio forçado. 
             Quanto ás suas origens o que sabemos é que remanescentes neandertais foram desenterrados próximos ao Mar das Galileia, e cinco esqueletos desse período foram encontrados numa caverna perto de Haifa. Isso nos leva a crer que a cultura mousteriana, que floresceu há 40 mil anos na Europa, se tenha estendido até a Palestina. Houve tempo que as cidades da Palestina se achavam tão fortes que pensavam na conquista do Egito. No século XV a.C., Jericó era uma cidade murada, governadas por monarcas que reconheciam a suzerania (direito, ou poder de ordenar) do Egito; os túmulos desses reis, escavados pela expedição Garstang, continham centenas de vasos, oferendas funerais e objetos indicando uma vida de bom nível em Jericó. 
              As diferentes datas que atribuímos, como começo de história e a diversos povos são, na verdade, marcas de nossa ignorância. 
           Os judeus acreditavam que o povo de Abraçai tinha vindo de Ur na Suméria, e se estabelecido na palestina mil anos ou mais antes de Moisés, e que a conquista dos Canaanitas foi apenas na ocupação da Terra prometida por Jeová. Também não há nas fontes históricas contemporâneas diretas ao Êxodo ou à conquista de Canaã; a única que aparece é uma estrela erigida pelo faraó Merneftá (1225 a.C.). Não podemos dizer quando os judeus entraram no Egito, nem se para lá foram como emigrantes ou como escravos. Já a história do cativeiro no Egito e do emprego dos judeus nas construções públicas, a religião e a retirada para a Ásia, apresenta sinais de verdade histórica. Mesmo a história de Moisés, em princípio, não pode ser refutada. (Manetho, historiador egípcio do século III a. C., citado por Josefo, diz que o êxodo foi devido ao desejo dos egípcios de se protegerem duma peste que atacara os judeus pobres e escravos, e que Moisés era um sacerdote que assistia aos "leprosos" judeus e lhes ensinava preceitos de higiene usados pelo clero egípcio). Mas esses escritos são considerados suspeitos devido às tendência anti-semitas de gregos e romanos. 
               Narra a Bíblia que José, penúltimo filho do patriarca Jacó, vendido como escravo pelos irmãos, chegado ao Egito, ele teve tanta sorte que se tornou vice-rei do país. Para lá chamou sua gente, que ali viveu tranquila por alguns séculos (segundo informações históricas, durante todo o domínio dos Hicsos). Mas, ao subir ao trono uma nova dinastia (provavelmente a XVIII ou a XIX séculos a.C.), os Hebreus foram duramente perseguidos. Aqueles que não conseguiram evadir do reino foram conservados em escravidão. Finalmente, um Faraó, decidido a destruir aquela raça, ordenou que os filhos varões dos israelitas fossem mortos. Uma mulher da tribo de Levi, desejando salvar o próprio filho, após havê-lo ocultado  durante três meses, colocou-o em um cesto de vime, às margens do rio Nilo, onde a filha do faraó costumava banhar-se. 
                 O menino foi recolhido e cresceu na corte do faraó, com o nome de Moisés (do egípcio "mesu" = menino). Mais tarde, conhecida sua própria origem, Moisés resolveu abraçar a causa de seu povo e libertá-lo.. Javé, deus de seus avós, revelou-se-lhe, dando-lhe a confirmação de sua missão. 
           Moisés, então, pediu abertamente ao faraó justiça para sua gente. O soberano,a princípio, redobrou suas ameaças, mas,  apavorado pelos castigos infligidos aos egípcios por Javé, aliado do povo hebraico, deixou os hebreus saírem, perseguindo-os depois, em vão, através do Mar Vermelho. 
              Desse momento em diante, a figura de Moisés se agiganta. Além de guia espiritual e comandante dos Hebreus, ele se torna seu profeta e legislador; ao invés de conduzir sua gente para a conquista de uma nova terra, obrigou-a a permanecer, por muitos anos, em uma região semidesértica (a Península de Sinai), decidido, antes de tudo, a despertar de novo nos Hebreus a fé no Deus único de seus avós e desviá-los das falsas crenças adquiridas durante o período de escravidão. 
                Quando retornou a marcha, embora ela se apresentasse longa e fatigante, ele sabia que poderia contar com um povo capaz  de conquistar a "terra prometida".
            Moisés foi, sem dúvida, um grande estadista e governou seu povo sem sangue, inventando entrevistas com Deus e apaziguando a todos. Indo sozinho ao cume do Monte Sinai, recebeu de Javé as tábuas da lei com a precisa revelação da vontade de Deus e o manto supremo para governar o povo por Ele escolhido. Levou a bom termo sua missão e, quando morreu, os Hebreus já estavam com a Palestina á vista. Josué, que assumira o comando, passando o Jordão, precisou combater os cananeus, e isto foi o início da uma longa série de lutas, que terminara, todavia, não se sabe com precisão, se no XV ou no XVII seculo a.C., com a conquista da Terra prometida. 
             Nos três séculos sucessivos, o país foi governado por uma república federativa e, durante este período, o espírito nacional e religioso, posto frequentemente a dura prova por discórdias internas e pela ameaça de ataques estrangeiros, foi conservado alerta por homens  valorosos, chamados "Juízes" que, segundo a Bíblia, foram em número de treze. Famosíssimo, entre os Juízes foi salomão, cujo heroísmo concorreu para libertar Israel do jugo dos Filisteus. 

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               Chegada à mais avançada velhice, Moisés, após haver por longo tempo perambulado com sua gente e ter-lhe amalgamado a unidade e à fé através de duras e maravilhosas experiências, parou no Monte nebo, de onde era visível a Terra Prometida. Após haver abençoado seu povo e tê-lo confiado a Josué, para que o conduzisse à Terra de Canaã, adormeceu para sempre. 
               O reino de Judá, tendo Jerusalém por capital, caiu, no século VI a.C., sob o domínio dos babilônios. A entrada em Jerusalém de Nabucodonosor foi uma das páginas mais  trágicas da história hebraica; a cidade, inclusive o templo, foi destruída e grande parte dos cidadãos foi deportada para a babilônia. 

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