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segunda-feira, 1 de abril de 2019

ORIGEM DA VIDA, ESPÍRITO, LEIS E RELIGIÕES --

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               Desde que tomou conhecimento de sua própria existência, o home  está em permanente busca do sagrado. Todas as religiões celebram ritos com a finalidade de confrontar com o divino. É dessa forma que a geografia, ainda hoje, é transformada em cosmologia e o homem, em seu centro, transforma-se em "cosmocrata". O começo, tanto do tempo como da criação, permanece no centro e a partir deste ponto irradiam manifestações em círculos concêntricos. Essa experiência universal encontrou sua expressão através de incontáveis danças e ritos religiosos celebrando as mais diversas tradições sagradas de todo o mundo. 
        O espaço sagrado facilita a orientação do devoto no tempo e no espaço, enquanto proporciona o marco central no "Axis Mundi" ou centro do mundo, para o culto que transforma o caos em cosmos e torna possível a vida.
            Na evolução da espécie, o homem aos poucos vai tomando consciência da dependência mútua pela qual as influências circulam entre o universo e o corpo humano. Tentando a todo o momento intensificar a vida, experimenta o encontro com o seu interior como uma vida de maior profundidade e riqueza. 
             O homem sente-se como medida de todas as coisas e no encontro consigo mesmo, busca a relação divina que nele adquire forma e cor. Vendo seu corpo como instrumento para encontro com o divino, segue as regras ditadas pelos "sábios" que considera em estágio superior de evolução que lhe orienta e dá o direito a um contato direto com o divino.
            Em muitas culturas associam-se o eixo vertical e horizontal à imagem da "Árvore da vida", onde o primeiro é o caminho de subida e descida do poder, e o segundo a manifestação na criação. 
           A anatomia humana, com seus seis pontos de orientação no espaço, dispõem de um sétimo ponto, invisível, onde se cruzam os eixos, o centro do homem, - lugar do coração - que serve de campo de batalha para as duas forças da vida: o bem e o mal. Através de rituais o homem atinge um estado que o torna útil em sua tarefa de vida, o que implica na morte para posterior ressurreição num estágio superior de bem-estar e bem-servir ao poderoso do universo. O tema da morte como vida discorre como um fio através da história das tradições sagradas em todas as partes da terra. O núcleo de todos os cultos está no grande ciclo da vida, do nascimento à morte. A morte seguida da vida aparece como transformação de uma força indestrutível e única. A ideia fundamental é que a morte é fonte de uma nova vida que consiste na ressurreição da matéria. Em termos religiosos isto significa o auto-sacrifício periódico em vista de uma vida superior. Até nos documentos do cristianismo o apostolo Paulo teria dito: "Se semear um corpo natural, surge um corpo espiritual". 
              Em todas as crenças o criador é encarado como deus que dita os princípios da ordem e justiça. No mundo cristão, o mal surge exclusivamente do mundo criado, finito, o qual se submete à justiça divina. A obediência e sacrifício constituem elementos fundamentais das religiões com expressão de submissão ao divino. A viajem tortuosa dos mortos é considerada primordial para entrada no mundo superior. 
           Nas sociedades matriarcais venerava-se o feminino sob forma de grande deusa, cujo corpo, em matéria tecida pelo tempo, dava continuidade ao universo inteiro. Era o símbolo de todos os processos de transformação, pois nele se uniram a terra, a água, o ar e o fogo. As ocasiões do nascimento, matrimônio (união sexual) e da morte eram consagrados e celebrados em sua honra.
              Durante muitos séculos acreditou-se que o homem era produto do sobre-natural e que a maioria dos animais tinha origem na geração espontânea. Aos poucos foi-se comprovando que, numa ordem de dimensões crescentes, cada ser vivo tem seus próprios progenitores. A ideia de que a vida tem como base o sobre-natural faz parte de quase todas as religiões e é defendida em todos os movimentos idealistas. 
             O problema da origem da vida ocupa um lugar central em todas as perguntas biológicas e filosóficas. Esta questão é de fundamental importância quando se fala da vida  extra-terrestre. São inúmeras as teorias que tentam explicar esta origem, mas podemos sintetizar em três: 
             1 - A vida não pode ser descrita em termos físicos e nem químicos, pois seria de origem sobre-natural;
          2 - A vida teria origem na geração espontânea e a partir da matéria inerte, podendo surgir em qualquer lugar onda haja combinações químicas que permitem sua existência; 
              3 - A vida seria eterna, assim como a matéria. Nessa condição, ela teria surgido de uma espécie de combinações químicas progressivas. 
             A vida é um poder invisível, mas todos sabem que existe e é real. Não se pode confundir corpo com vida. Não haverá dificuldade de entender nossa origem e nosso destino se aceitar o fato de que somos simples energia em constante transformação. Portanto, somos parte da mente cósmica universal que sempre foi e sempre será vida. 
             Em 1850, Louis Pasteur, cientista francês, descobriu que, mesmo as mais minúsculas das criaturas provinham de germes que populavam o meio ambiente. No final do século XX, Arthenius estabeleceu a hipótese de que a vida terrestre provinha da "panspermia", conjunto de organismos e esporos que viajam de planeta em planeta e de sistema em sistema solar, e que eram produtores da vida em todo o universo. Entretanto, esta teoria não explica como aqueles organismos conseguiam sobreviver ao frio e às radiações dos espaços inter-estelares. Uma vez descartadas as hipóteses de geração espontânea e da Panspermia,  permaneceu em pé a hipótese química. Este caminho foi trilhado por Thomas Henry Huxley - (1825 - 1895) e John Tyndal - (1820 - 1893), porém ambos tinham ideias muito vagas de como se poderiam realizar os processos químicos prebióticos. 
               Existe a convicção de que a atmosfera primitiva, que teria possibilitado o surgimento da vida, era muito rica em hidrogênio e pobre em oxigênio. Esta conclusão surgiu em 1929, quando se descobriu que o hidrogênio era o elemento mais abundante no sistema solar; aproximadamente 80 % de sua massa total. 
              Nas teorias atuais, a evolução da matéria se associa á edificação lenta e gradual, com formas complexas dos diversos elementos reconhecidos pela química e pela física. Os átomos de hidrogênio, carbono, nitrogênio e oxigênio são os elementos mais comuns na constituição dos congregados moleculares que formam a estrutura dos seres vivos. Alguns constituintes vitais contém quantidades menores de enxofre  e de fósforo. Metais que, em pequenas proporções, aparecem unidos a outras substâncias em certos processos químicos, tais como ferro, cobre, magnésio, cálcio, sódio, potássio, etc. também são essenciais à matéria viva. Estes elementos metálicos constituem talvez a relação mais patente dos seres do mundo animado com o mundo mineral. 
              Estamos no tempo em que as ciência evoluiu a ponto de explicar como surge a vida a partir da matéria, mas como ficam as religiões? qual a importância que continuam tendo para o homem atual? 
                Quando os seres humanos passaram a viver em tribos, ou seja, em sociedade, surgiu a necessidade de uma organização com leis e normas para garantir a ordem e o respeito entre seus membros. 
             A vida em sociedade é feita de leis e regras. Mas não são apenas as leis criadas pela sociedade que garantem uma convivência harmônica. Existem leis que são regidas pela natureza e também pelos acontecimentos do dia-a-dia.
          Hamurábi, rei da Babilônia (1750 ou talvez 1730 a 1665 a.C.) criador do império Babilônico, criou também as primeiras leis de que se tem notícia. Seu "Código de Hamurábi" é uma das leis mais antigas da humanidade e está gravado em uma Estela cilíndrica de diodorito, descoberta em Susa e conservada no Museu do Luvre. Foram leis feitas para proteger a propriedade, a família, o trabalho e a vida humana. 
             Contudo, as leis humanas não são instrumento capazes de garantir a ordem num mundo tão complexo e com tanta diversidade. Pela própria natureza, o homem só respeita a lei por temor e assim, para complementar estas leis civis, surgem as leis divinas que garantem que a justiça será feita por um poder superior, que nunca pode ser enganado. Surgem as religiões para doutrinar os povos e orientá-los a não cometer crimes (pecados), incutindo em seus membros que, mesmo crimes não conhecidos serão punidos por Deus. Dessa forma ficou muito mais fácil manter sob controle a crescente massa humana, cuja explosão demográfica descontrolada não podia ser ordenada apenas pelas frágeis leis que só atingiam crimes conhecidos. Com as crenças e religiões, o homem passou a respeitar as ordens supostamente vindas de um poder supremo, que lhe garante saúde, paz e prosperidade. 
              Para homens simples é mais fácil acreditar no sagrado do que compreendê-lo. Bem poucos são os que conseguem reunir os conhecimentos necessários que lhes permitem ver mais longe e assim romper o cárcere que os aprisionam a convicções e superstições. O mais cômodo é esperar a recompensa de uma vida melhor após a morte, mas para isso é necessário obedecer as leis divinas. 
               Ao longo da história, a perversidade do homem sempre se mostrou presente, e assim é melhor que seja subjugado por crenças e superstições, pois viver sem religião ou alguma crença o tornaria muito perigoso para sua própria espécie. Em nossos dias, mais do que nunca, estamos assistindo uma violência sem precedente e nos sentimos completamente indefesos. 
               Vivemos num mundo onde tudo é veloz e com muito urgência buscamos respostas que só o tempo poderá dar. 
             A ciência nos informa que o universo surgiu a cerca de 15 bilhões de anos; o sistema solar, e com ele a nossa terra, teria surgido a 4 ou 5 bilhões; a "vida" sob forma de organismos multicelulares, segundo estudos recentes, teria surgido a apenas 3 milhões a 100 mil anos; os "organismos" multicelulares teriam surgido a apenas 1 milhão e 100 mil anos; os dinossauros teriam surgido a cerca de 225 milhões de anos  desaparecidos a apenas 65 milhões; o homo-erectus - espécie extinta do hominídeo - viveu entre 1 milhão e 800 mil a 300 mil anos; assim, podemos concluir que somos seres recentemente criados. Jesus Cristo, que deu origem à nossa era cristã, teria nascido a pouco mais de 2 mil anos. 
             Porque temos tanta pressa? Somos apenas uma micro-fagulha do universo e ele tem todo o tempo do mundo para nos aprimorar, nos ensinar e algum dia nos extinguir. 
               Quando  entramos na era industrial, a pouco mais de 100 anos, criamos mecanismos de desequilíbrio entre a vida e a natureza. Agora, o homem que pensava tê-la dominado, descobre a própria impotência diante de suas manifestações e busca através de suposta proteção ao meio ambiente, reconciliar-se com ela. Mais uma vez, as atitudes são motivadas pelo medo. Será a ecologia a mais nova religião? 


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