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domingo, 14 de abril de 2019

A IGREJA CRISTÃ - ESSÊNCIA E ORGANIZAÇÃO -


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              Qualquer empreendimento depende fundamentalmente de uma organização, de ordem, essência e direcionamento. Este foi, provavelmente, o que permitiu o sucesso e longevidade da igreja cristã. Mesmo com o cisma que sofreu com Martinho Lutero, a igreja cristã conseguiu superar por sua forma hierárquica de organização, aliada à fé e sua essência. 
          O cristianismo fundamenta seu ensinamento e sua organização sobre três bases essenciais: doutrina, sociedade visível de fiéis, forma de vida religiosa. 
                 A "doutrina teológica" estabelece, antes de tudo, as verdades que fogem à experiência humana, tais como a existência divina, a criação, a justiça de Deus. Estabelece,ainda, as verdades que derivam da revelação: 
               1 - A sociedade visível de fiéis, isto é, a igreja de Cristo, à qual Jesus mesmo designou uma hierarquia sacerdotal, dotando-a de poderes sobrenaturais, para que os homens pudessem ser guiados runo à salvação eterna;
                 2 - A forma de vida religiosa, ou seja, uma norma e um ideal místico, que operam nas relações entre os homens e nas relações entre estes e Deus, que distribui os dons do Espírito Santo e a graça santificante, mediante os Sacramentos e a prece. 
                 Segundo a organização, a igreja, como sociedade de fiéis, foi concebida e fundada por Jesus vivo. Ele quis que seus discípulos ficassem em corpo religioso para cuja chefia designou o apóstolo Pedro. Mas, na verdade, Jesus nunca teve a intenção de criar uma igreja. 
            No momento em que Jesus sobre ao Céu, a igreja nascedora contava apenas uma centena de pessoas (incluindo-se a Mãe de Jesus e dos apóstolos: a Judas, substituíra Matias). A vida desta igreja primogênita está narrada nos "atos dos Apóstolos". A ela foram admitidos todos quantos, ao receberem o batismo, se tornavam, com esse ato, cristãos. 
                   São elementos fundamentais e incindíveis da Igreja de Cristo: 
                1 - A unidade, porque Jesus falava sempre de uma só igreja, originada da união dos fiéis com os apóstolos e seus sucessores; 
                2 - A santidade, que provém da doutrina e dos meios de santificação, com os quais a igreja guia o homem até seu último fim; 
                   3 - A catolicidade, ou universidade, porque abre os braços a todos os crentes; 
                  4 - A apostolicidade, porque doutrina e hierarquia descendem ininterruptamente dos apóstolos. 
                  À frente da "Igreja Católica Apostólica Romana", acha-se o Papa, Vigário de Cristo, pois é sucessos de São Pedro, bispo de Roma, Sumo Pontífice da Igreja Católica, soberano do Estado na Cidade do vaticano. Como chefe da igreja, o Papa é infalível quando, da cátedra de Pedro, define aquilo que concerne à fé e à moral. 
         No governo da igreja o Papa é assistido pelo Colégio de Cardeais. Os Cardeais representam os continuadores dos presbíteros e dos diáconos, isto é, dos ministros do culto, nos primeiríssimos séculos, estava encardinalados, isto é, designados estavelmente ao serviço de uma determinada igreja. De fato, não mais bastando, então, a igreja do bispo para receber o grande número de fiéis, foram instituídas, cerca do século V, igreja locais (paróquias) das quais estavam incumbidos sacerdotes a quem era permitido exercer a cura das almas e ministrar os Sacramentos. Segundo o Beato Belarmino, os primeiros cardeais foram os párocos e os diáconos das mais antigas igrejas de Roma. Em 1179, ao cardeais foi reservada a tarefa de eleger os Papas. à morte do Pontífice, elas se reúnem em Conclave, como ainda hoje acontece, para proceder à eleição do novo chefe da Igreja,. Do Papa, depende todo o clero. 
             Quanto ás origens do clero cristão, está escrito nos "Atos dos Apóstolos" que, crescendo o número do adeptos, os apóstolos elegeram  sete diáconos, para que os auxiliassem. Mas somente no fim da era apostólica que se delineia, na igreja, uma verdadeira e própria hierarquia. Santo Inácio de Antioquia atesta que, no século II, o clero era nitidamente dividido em "diáconos", "presbíteros" (padres) e "episcopados" (bispos). 
          Hoje o clero está constituído por quatro "ordens inferiores" (hostiários, leitores, exorcistas e acólitos) e por quatro "ordens superiores" (subdiaconato, diaconato, presbíteros, episcopado). A ordenação sacerdotal, e parte dos bispos "Ordinário", é reservada aos clérigos que tenham completado os prescritos estudos de filosofia e teologia. As ordens inferiores têm, praticamente, perdido seu valor simbólico e são, por isso, conferidas aos clérigos, todos juntos, com a "tensura". Das ordens superiores, a primeira, "subdiaconato", comporta o voto de castidade perpétua; o o diaconato confere poderes para pregar, assistir ao celebrante à missa solene, batizar, distribuir a Eucaristia. O presbiterado, ou sacerdócio, que requer o cumprimento dos estudos teológicos, confere as faculdades próprias dos padres ordinários. O "episcopado", constituído pelo conjunto dos bispos Ordinários, divide-se, por sua vez, em várias ordens: no alto, os "patriarcas", que, na hierarquia, vem logo depois do Papa; a seguir, os "primazes", cuja autoridade se estende a toda uma nação; em seguida, os "arcebispos", chefes de uma inteira província eclesiástica formada por mais dioceses; por último, os "bispos", que têm o governo de uma diocese. 
                 As ordens religiosas, geralmente de origem muito antiga, recebem em seu seio aqueles que, com profissão de votos públicos solenes, abraçam a regra da vida religiosa própria da Ordem. Entre as Ordens e as Congregações religiosas, recordemos: os Beneditinos, os Barnabitas, os Brasilianos (monges orientais), os Dominicanos, os Franciscanos (divididos em Menores, Menores conventuais, Menores Capuchinhos, e terciários) além de muitas outras.
   

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Os cristãos primitivos estavam ligados ás catacumbas, galerias subterrâneas profundamente escavadas no subsolo para fins funerais. Durante as perseguições, os cristãos ali se reuniam para celebrarem secretamente os ritos religiosos. Depois do "edito de Constantino" até o século IX, foram utilizados para o culto e para venerar os despojos dos mártires ali encerrados. 
No século XIII, uma grande figura iluminou o mundo da cristandade: Francisco de Assis, que fundou a ordem dos Frades Menores e tornou sublime, com as obras e a pregação, o conceito de pobreza e de irmandade. 
A primeira ordem religiosa foi fundada por Benedicto de Nórcia, assim chamada por causa da cidade em que nasceu, em 480. Ainda adolescente, ele se refugiou em uma gruta, perto de Subiaco, para dedicar-se à meditação e à prece. Depois de vários anos passados em solidão, alguns monges, residentes em Vicovaro, pediram-lhe para tornar-se seu superior, tendo-lhe morrido o abade. Mas, por causa da má conduta e indisciplina desses monges, Benedicto abandonou-os e retornou à vida anterior.Foram alguns pastores que difundiram a fama e sua virtude. Mutas pessoas, mesmo nobres, pediram-lhe que as deixasse viver com ele. O Santo acolheu-as e deu-lhes um regulamento, baseado na prece e no trabalho, fundando a ordem dos Beneditinos. Entre seus mosteiros, célebre é o de Monte Cassino. 

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