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segunda-feira, 1 de abril de 2019

EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA - CONSCIÊNCIA DA VIDA E DO ESPÍRITO

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           Vamos iniciar este estudo buscando compreender a evolução das espécies na sua forma física. Darwin resumiu a criação do homem como simples evolução de uma espécie de macaco, mas aqui aprofundaremos o estudo e seu entendimento. 
       O leitor pode se perguntar o que isto tem a ver com religião. Tem tudo, porque conhecendo a origem do homem iremos entender seus medos que deram origem a tantas seitas, crenças, e posteriormente religiões, em todo o mundo. Para o homem primitivo, a crença num ser superior (no caso a natureza) era a única esperança de poder se defender. 
            As raízes do homem são muito mais antigas do que se acreditava alguns anos atrás. Teria surgido na Era Secundária, com o aparecimento do hominídeo.
             O homo-habilis - capaz de fabricar instrumento - foi o primeiro a dar o passo decisivo que o separou da animalidade para a humanidade e deu origem ao homo-sapiens, nosso semelhante. 
          Os dados fornecidos pela pré-história dão luz a antropologia. É a reconstrução de maneira mais minuciosa e fiel possível, num período cada vez mais preciso, para compreendermos o que foi a existência e nossos distantes antepassados em suas etapas sucessivas, e nos diversos meios em que evoluiu. Essa reconstrução tornou-se possível graças ao emprego de métodos novos, datações radioativas, escavações horizontais que permitem encontrar, no seu estado primitivo, diferentes solos de ocupação, estudos dos polens e também pela formação de equipes pluridisciplinares reunindo todos os investigadores do passado. 
           A África Oriental, berço do gênero humano, e o Oriente Médio, que deu origem ao homem moderno, é o local onde as pesquisas fizeram surgir uma nova visão da pré-história. O homem não é uma simples evolução do macaco, mas faz parte do grande grupo de primatas originários do final da Era Secundária; em torno de 50 milhões de anos.  
               Foi no Egito, mais precisamente no depósito de Faim, que os arqueólogos descobriram, em camadas que datavam do início do oligoceno, os mais antigos fósseis que marcam a separação entre os macacos e os hominídeos. Tratava-se, essencialmente, do propliopiteco. O primeiro é certamente um antepassado do gibão e muito provavelmente de todos os antropomorfos que a evolução diferenciou em seguida até os atuais chipanzés, gorilas e orangotangos. O segundo, nitidamente menor, apresenta molares e sobretudo pré-molares muito próximos os do homem. O que parece certo é que desde o oligoceno - cerca de 40 milhões de anos - a separação já estava entre os dois ramos dos antropomorfos e dos hominídeos. 
           Existe uma grande lacuna vazia, da qual nada ou quase nada sabemos. O Imenso espaço de tempo que transcorreu até o aparecimento dos primeiros australopitecos, por volta de 5 milhões de anos, é desconhecido. 
            Os hominídeos foram encontrados em diversas partes do mundo. 
               Na metade do século XIX foram encontrados numerosos restos em jazidas na Toscana. Entre eles um esqueleto completo. Por seu rosto e sua dentição, e principalmente por sua bacia que revela uma adaptabilidade à posição bípede. Este fóssil é de um oreopiteco e pertence à ordem dos hominídeos. Seus membros posteriores curtos e seus membros anteriores muito compridos indicam que estava adaptado à vida arborícola.Esta espécie desapareceu sem deixar descendentes. 
             Na Índia foi descoberto o ramapiteco. Possuímos alguns fragmentos do maxilar e das mandíbulas. Também o fóssil do queniapiteco, descoberto pelo cientista norte-americano Laekey, tem as mesmas características e portanto ambos foram classificados como hominídeos pelos paleontólogos. Segundo os estudos de Laekey, o queniapiteco não era fabricante, mas apenas um utilizador de equipamentos. Para chegar ao homo sapiens houve uma lenta evolução de milhões de anos. 
            Por mais escassos que sejam os dados sobre o período do mioceno, pelo menos dois hominídeos viviam na extensa região afro-indiana: um deles, o oreopiteco, estava adaptado à vida herbívora; o outro, o ramapiteco, adaptado á vida de solo, sendo que evoluções sucessivas conduziram-no, provavelmente, à condição de australopiteco. Nesta evolução se deu o passo decisivo que levou à humanização, que foi a fabricação de instrumentos. Esta façanha é creditada tanto ao australopiteco como ao homo hábilis, pois trata-se de uma única e mesma espécie, ou pelo menos de duas espécies muito próximas. 
           Embora muito semelhantes, o australopiteco desapareceu e o homo habilis continuou sua jornada evolutiva até o homo sapiens. 
            Os primeiros restos de australopitecos foram encontrados na África Austral, mas foi na Etiópia, no Quênia e na Tanzânia que se realizaram descobertas extraordinárias. 
       Durante dois ou três milhões de anos, duas grandes espécies de hominídeos coabitaram uma extensa região de Árica (da Etiópia ao Transval e do Quênia ao Chade). A primeira espécie, singularmente maciça e robusta, mas comportando uma grande variedadede formas, foi do autralopiteco. Seu tipo é o famoso zinjantropo, descoberto por Leakey, em Oldoway. Sua distinção, caracterizada por molares e pré-molares muito grandes e pela pequenez dos crânios e dos incisivos, revela uma criatura herbívora. Seus ossos da bacia e dos membros inferiores mostram que sua adaptação à marcha bípede não era perfeita. Sua capacidade craniana, segundo Tobias, é de 500 cm³. A segunda espécie, batizada de homo hábilis por Leakey, é muito mais delicada. Sua dentição, com redução dos molares e alargamento da parte anterior do maxilar, sugere um regime carnívoro e sua bipedia é perfeitamente desenvolvida. Também sua capacidade craniana é muito superior, com 675 cm³. 
             As mais antigas ferramentas de que se tem notícia datam de 2.100 a 2.600 milhões de anos. Esses instrumentos são essencialmente seixos de quartzo sílex, grosseiramente talhados em uma ou duas faces, de maneira a formar uma aresta cortante. Com estes instrumentos cortantes eles conseguiam caçar e matar grandes animais. 
       As grandes descobertas se proliferaram e continuam nos dando novas pistas. O pitecantropo em Java, o sinantropo em Pequim, o antiantropo na África do Norte, o homem de Heidelberg e de Montmaurin na Europa, o de Olway na África Oriental. 
              O homem ereto, que surgiu a mais de um milhão de anos, vai ocupar, com suas diversas raças, o primeiro plano da história até 200 mil anos atrás. Embora conserve um certo número de traços primitivos - crânio estreito e alongado, testa extremamente inclinada, mandíbula pesada, queixo inexistente, dentição caracterizada por caninos vigorosos, - ele se diferencia por acentuado da capacidade cerebral que oscila entre 850 e 1200 cm³. Seus membros são de aspecto nitidamente humano e perfeitamente adaptado à marcha bípede; sua altura oscila entre 1,50 a 160 m; sua indústria característica é a de "pedra lascada" ou bifaces, a partir de um seixo ou sílex.
             Esses progressos técnicos, por mais que tenham sido, são característicos da evolução do hoem ereto. Na sequência evolutiva, o homem ereto descobre o fogo, como provam diversos braseiros encontrados perto de Pequim, nas cavernas de Chou Kou Tiem, finalmente surgia o homo sapiens, homem inteligente. Embora esta faze da evolução seja a mais próxima de nós, é também a mais controvertida. 
           Na sequência temos o homem de Neanderthal que há 80 mil anos dominava a Europa ocidental. Apesar de pequeno e atarracado, tinham um crânio com 1400 cm³, perfeitamente comparável ao do homem atual. 
               Há 40 mil anos o homem de Neanderthal desaparece bruscamente. Sem transição foi substituído pelo homem moderno, o homem Cro-Magnon, de Grimaldi e de Chancelade. Era tão parecido conosco que, vestido com nossas roupas, não seria percebido no nosso meio. Suas realizações artísticas em Lascaux, Niaux , Altamira e muitos outros lugares, atestam que suas faculdades intelectuais não eram inferiores às nossas. Não foi encontrado nenhuma transição morfológica de um tipo a outro. Isto se deve ao pouco tempo de evolução. Apenas alguns milhares de anos. 
           Não podemos afirmar que todo o enigma tenha sido esclarecido definitivamente. Algumas descobertas recentes sugerem novas direções às pesquisas. O conhecimento científico atual nos possibilita compreender com mais certeza a nossa evolução. Não se pode confundir a teoria do policentrismo com a do poligenismo, de caráter racista e que foi levada ao extremo nos anos 1930. Fazia do chipanzé o antepassado da raça branca, e do gorila da raça negra, e do orangotango da raça amarela. Isto é pura ignorância sem nenhum fundamento. 
           O homo sapiens constitui uma espécie única, como provam as possibilidades de inter fecundação entre as diferentes raças. A paleontologia é confirmada pela genética que somos todos uma única raça, a raça humana. Ela pode provir, por isso, de uma espécie única. A esse respeito, o policentrismo não faz mais do que antecipar no tempo o problema da origem do homem atual. 
               Somos da raça humana, mas nossos ancestrais povoaram diversas regiões do mundo e talvez por isso somos originários de várias raças cuja essência é única. 
            Podemos admitir que durante milênios, pela ação de misturas, constituiu-se a partir de diferentes grupos, mas em proporção variável, um grupo genético comum à humanidade inteira. Podemos até pensar que o próprio homem de Neanderthal nos legou alguns de seus  genes. O importante é compreender que todos os acontecimentos da evolução se processaram através de uma única espécie, a nossa. 
         As raças atuais, quer sejam oriundas das três raças Cro-Magnon, Grimaldi e Chanceleade, só se diferenciaram a uns 10 mil anos, quando as praticas da agricultura e da criação de animais, levando à vida sedentária, possibilitaram ao clima operar a separação entre as mutações de pele clara e as mutações de pele escura, que hoje criam polêmica e discórdia. 
               Mesmo sob as luzes que iluminam a pré-história subsistem enormes regiões de sombra. Os próprios fatos ainda continuam escassos. Quanto mais voltamos no tempo, mais difícil fica encontrar as provas definitivas. 
             Toda a existência humana está entrelaçada pelo ciclo da transformação. O nascimento, a morte e o renascer é um interminável fenômeno que nossa mente ainda não atingiu a maturidade do entendimento 
            Morrer significa chegar ao fim de um ciclo. No entanto, os seres humanos continuam com medo deste fenômeno tão natural e comum a todos os que nasceram. Através das crenas busca-se um consolo; o consolo de uma vida melhor no além. 
           Não se pode negar que o ser humano é um "ser espiritual", e isto tem dado asas à imaginação sobre o criacionismo divino. 
              Como disse anteriormente, para se chegar ao homo sapiens houve uma lenta evolução de milhões de anos. Portanto, é preciso esperar pela maturação de nossa espécie para entendermos um pouco do mistério que chamamos de espiritual. 



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