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quarta-feira, 3 de abril de 2019

AS CRUZADAS E A CONQUISTA DO SANTO SEPULCRO --

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              No ano 1095, sacudida pelo incitamento do Papa Urbano II, e instigada também pela predicação de Pedro, o Eremita, que conduziu pessoalmente os primeiros cruzados até Constantinopla, a Europa armou-se para sua grande expedição, a maior depois da queda do Império Romano. O objetivo era resgatar, dos muçulmanos, os lugares Santos da Palestina. Esse grande movimento chamou-se Cruzadas.
          Jerusalém, Belém e outros lugares ligados à vida de Cristo, que constitui objeto de especial devoção e de peregrinação entre os cristãos, haviam caído sob o domínio árabe no século VII. A igreja usava os mesmos métodos de guerra do já extinto Império Romano. Para resgatar os lugares sagrados foram realizadas expedições militares, por parte dos cristãos da Europa Ocidental. Além da causa principal, outras houveram, como a intolerância religiosa dos turcos seldjúcidas, desde que passaram do califado de Bagdá; o desejo do Papa de reunir os cristãos desde o Cisma do oriente; a expansão turca na Ásia Menor, privando o império Bizantino de sua principal peça de defesa; a fé religiosa e a existência, no Oriente Europeu, de uma classe militar, a cavalaria, cuja finalidade máxima era a defesa da fé. Eram conseguidos graças a privilégios aos expedicionários das diversas regiões europeias, que deveriam concentrar-se em Constantinopla, para um avanço em massa contra os muçulmanos. 
              No Oriente, os Turcos, sucedidos aos califas árabes no trono de Bagdá (em 1055, o Emir Tougrul-Beg, da dinastia de Saljuke, que assumira o título de Sultão) oprimiram os postos avançados da Cristandade, ocupando a Síria, a Palestina, a Armênia e os domínios bizantinos da Anatóia. De Constantinopla, os imperadores - Romano VI, Diógenes e Aleixo Comneno - imploravam socorro. o Papa, então, promoveu a união das forças Ocidentais contra a ameaça asiática que iniciou-se em 1096. 
         Atendendo aos apelos e também pela ambição, de todas as cidades, dos castelos da Europa, partiram homens armados, trazendo, em suas couraças e escudos, o símbolo de uma cruz vermelha em campo branco; cavaleiros isolados, senhores feudatários, seguidos por seus vassalos, todos animados por ambição ou enorme impulso de fé. Ao posto de chamada, aguardavam os chefes;  Hugo de Vermandois, Roberto de Normandia, Godofredo de Bolhão, Boemundo de Tranto, Raimundo de Tolsa, os maiores senhores da cristandade, que conduziam, por vias diversas, o grosso das tropas até Constantinopla. 
          Com a ajuda do imperador Aleixo Comneno, o exército seguiu para a Ásia Menor, transpôs, com muita dificuldade e com grandes perdas, a cadeia de Tauro e baixou sobre Odessa e Antioquia. Após vários choques, rebeliões e dissídios entre os chefes, o exército cruzado, agora sob o comando de Godofredo de Bolhão, duque de Lorena, move-se rumo a Jerusalém e sitia-a.  Em 15 de Julho de 1099, já com quatro anos de campanha, com as novas máquinas de guerra e catapultas construídas por Guilherme Embriaco, chefe dos cruzados genoveses, uma avalanche de pedras e de fogo grego foi despejada sobre as muralhas. Através das brechas, irromperam os soldados de Godofredo de Bolhão, em vão combatidos pelos muçulmanos. Cumprindo sua promessa, os chefes cristãos ofereceram a Godofredo a coroa de Jerusalém, mas este recusou, aceitando unicamente o título de "Defensor do Santo Sepulcro". 
                A primeira Cruzada terminou naquele mesmo dia, com uma esmagadora vitória dos Europeus, mas os resultados não foram duradouros. O pequeno reino de Jerusalém, fundado após a conquista, teve vida efêmera. Cinqüenta naos mais tarde, em 1147, foi necessário organizar-se para defendê-lo, e uma segunda Cruzada , que aliás, não teve êxito, e, em 1187, a Cidade Santa caia em poder do Sultão do Egito, o famoso Saladino, que derrotara e aprisionara o rei Guido de Lusignano.
            A terceira Cruzada, em 1189, chefiada por Frederico Barba Roxa, pelo rei da Inglaterra, Ricardo Coração de Leão, e pelo rei da França, Felipe Augusto, extinguiu-se com a morte de Frederico e pelo abandono do rei francês em 1192. 
               A quarta Cruzada, que deu-se em 1202, nem sequer chegou à Palestina. Em 1204 o Doge de Veneza, Henrique Dândolo, que assumira o encargo de transpor as tropas, soube habilmente desviá-la para as costas da Dalmácia, dirigindo-se para Bizâncio, onde desbaratou o poder imperial, apoderando-se de uma enorme quantidade de territórios e ilhas. 
              Por mais quatro vezes, entre 1218 e 1270, os exércitos cruzados voltaram a tentar a grande aventura, mas sempre derrotados pelos Turcos ou pela desistências internas ou, ainda, dizimados por epidemias. 
               Assim, as Cruzadas, fracassadas como expedições militares, constituíram a cabeça de ponte entre o Ocidente e Oriente, restituindo aos jovens povos da Europa as chaves de uma antiga e já esquecida sapiência. 
            A sétima e oitava Cruzadas foram realizadas pelo rei da França, Luiz IX contra saladino, o poderoso Sultão do Egito. Derrotado e feito prisioneiro pelos muçulmanos, em Mansura, o rei Luiz IX da França, teve de pagar, pela sua liberdade, um enorme resgate; um milhão de bizantes de ouro. Dessa forma terminava a oitava Cruzada. Vitimado pela peste que assolava o mundo, o rei morre em Tunis. A partir de então, diante de tantos fracassos, chegou ao fim o sonho de libertar Jerusalém pela força dos exércitos cruzados. Os templários, que sucederam os cruzados, cuidavam muito mais dos seus interesses comerciais do que da vida do monges-soldados. Aos poucos, os latinos foram perdendo seu ódio pelo Islã e a tolerância passou a ser uma nova realidade. Terminava assim a ofensiva cristão contra os muçulmanos, sem conseguir enfraquecer a força do islã. 
                 "Se temos de conviver com religiões, precisamos abraçar a causa com tolerância." 

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