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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

CIÊNCIA CRISTÃ - SISTEMA CIENTÍFICO DE CURA DIVINA


              O sistema científico de cura divina foi descoberto pela senhora Maria Baker Eddy em 1866, quando, milagrosamente se restabeleceu de uma grave doença. Segundo ela tudo aconteceu pela leitura de um capítulo do Evangelho, segundo São Mateus (IX, 1-38). A partir daquele dia a expressão "a tua fé te há de curar", tornou-se a estrela guiadora da vida dessa senhora. Nessa data, sem perceber, estava lançando a pedra fundamental de uma nova religião Cristã. 
               Mary Eddy é a personagem mais empolgante da história religiosa dos Estados Unidos. Nasceu numa fazenda de Bow New Hampshire em 1821, a última de seis filhos.O nome de Mary foi dada por sua avó, pessoa que foi muito importante e em sua vida. 
                Criança de saúde delicada, foi também mimada, era a predileta de toda a família; falava-se até que iriam estragá-la com tantos mimos dos irmãos e irmãs e, em especial da avó que sempre fazia suas vontades prevalecer. 
                     Segundo sua autobiografia, aos oito anos passou a ouvir uma voz chamando-a pelo nome. Sempre que isso ocorria, procurava a mãe perguntando se a havia chamado, e a resposta era sempre a mesma: não lhe chamei. Até que um dia sua mãe lhe leu, na Bíblia, a história do pequeno Samuel. Então lhe orientou que sempre que fosse chamada fizesse como Samuel: "Dizei, Senhor, pois o teu servo te escuta". Conta ela que depois de ter dado esta resposta uma única vez a voz desapareceu para sempre. Este relato foi escrito por Mary Eddy sessenta anos mais tarde. Os estudiosos concluíram que ela devia ter lido esta história quando ainda criança e que tenha se impressionado tanto que a manteve em sua memória. 
                  Na juventude, conta ela,  estudou com a orientação do irmão mais velho durante as férias colegiais. "Adquiri a instrução livresca com menos trabalho que o usual. Com apenas dez anos já estava familiarizada com a gramática de Lindley Murray e o catecismo de Westminter. Recordava as matérias todos os domingos. Meus estudos prediletos eram as ciências físicas, lógica e ciência moral. De meu irmão mais velho, Alberto, recebi lições das línguas antigas, hebraico, grego e latim... depois que descobri a Ciência Cristã, desapareceu-me, como por encanto, tudo o que havia aprendido em  livros escolares. 
                  Após curto noivado, em 1843, Mary Baker casou-se com George Washington Glover, cuja cerimônia foi realizada pelo dr. Corser. O senhor Glover era construtor em Charleston, Carolina do Sul, para onde levou a esposa. Uma de suas primeiras iniciativas foi pedir ao esposo que alforriasse seus escravos, mas não foi atendida.  Nesta ocasião ela teve o primeiro contato com a escravidão e seu impacto foi muito forte. 
                   Em junho do ano seguinte, numa viagem a Wilmington, Carolina do Norte, morre o marido de febre amarela, após apenas nove dias de moléstia.  Sua morte pegou a todos de surpresa e foi um choque para a esposa. Estava grávida e, em setembro nasceu-lhe um filho, mas seu estado de saúde impediu-a de tomar conta da criança. George Glover Júnior era mais do que poderia suportar a mãe e nem pode ficar em casa. A criança foi entregue a uma certa mama, que a levou para localidade, distante cerca de quarenta milhas da casa de Mary. 
              Mary nunca fora uma mulher forte para trabalhos pesados. Sua constituição anêmica, que, desde criança, provocara permanentes atenções de parte de sua família. Assim, não podia por em prática as diversas idéias engendradas pelo seu irrequieto cérebro. Em muitas ocasiões chegou a passar vários meses de cama. Na maior parte do tempo, tinha de ser carregada dum lugar para outro. 
                Como viúva continuava, mas, aos 32 anos, em 1853, outro homem entrou na sua vida; desta vez, um dentista bastante conhecido, dr. Peterson... Tratava-se de um homem muito otimista e bem trajado, fluente, de ombros largos e usando barba. Homem muito asseado e sempre caprichoso no trajar, e mesmo que estivesse passeando em lugares poeirentos usava camisa de linho, luvas de pelica, e uma cartola. 
                 Anos mais tarde, Mary escreve: "A ideia dominante das segundas núpcias era a de reaver meu filho, mas, depois do casamento, seu padrasto não o queria em casa comigo. Consumou-se um plano para nos manter separados. A família, a cujos cuidados estava entregue a criança, mudou-se para longe, para uma região já nesse tempo considerada o Far West". 

                 Ouve um período em que Mary passava a maior parte do seu tempo na companhia de espíritas. Por essa razão muitos dos seus adversários diziam que ela era, na verdade, espírita. Mas os cientistas cristão desmentem categoricamente essa ideia. Ao que tudo indica Mary estava sempre pesquisando informações que poderiam lhe ser importantes, especialmente no campo dos fenômenos espirituais. Numa dessas suas jornadas de pesquisa que aconteceu em 1870, reservou lugar para suas orações na igreja unitária de Lynn. 
                 Existem aqueles que se inclinam a datar o início da Christian Science no ano de 1866, data em que a própria Mary alega havê-lo descoberto, mas, nesse caso precisam explicar o fato de muito posteriormente, em 1872, Mary ter continuado nos louvores ao dr. Quinby e seu trabalho, permitindo a prática duma espécie de mesmerismo nas curas realizadas pelos seus discípulos dessa época. 
               O seu primeiro discípulos foi o sr. Grafts, que era espírita, a quem começou a ensinar em 1866, mas cuja instrução teve de interromper devido aos ciúmes de mrs. Grafts. Todavia ela conseguiu aperfeiçoar seus conhecimentos suficientemente, para que pudesse por em prática suas curas mentais. 
                No período de 1872 a 1875 teve muitas dificuldades e morou em diversas casas e pensões. Finalmente, na primavera de 1875 adquiriu uma casa de três andares, situada na rua Broad n° 8, em Lynn. Para ajudar nas despesas sublocou uma parte dela, ficando com o térreo, onde, manteve uma sala para dar suas aulas. Na verdade, as acomodações eram precárias, mas, mesmo assim lhe permitiu bom desenvolvimento para seu trabalho.  Teve , como consequência, o aumento do número de alunos e condições para finalmente terminar seu livro. 
                 Este livro era a primeira edição de "Science and Health". 
                 A aquisição da nova casa lhe trouxe bons frutos. Além de todo o trabalho que teve para concluir e publicar seu livro, conseguiu formar uma grande classe de alunos e pode até aumentar as taxas de instrução de cem para trezentos dólares. 
                 Entre seus novos discípulos havia um senhor de East Boston, cuja atividade era de agenciador de máquinas de costura que estava doente. Mary curou-o e o persuadiu a tornar-se seu discípulo. Sua experiência comercial lhe seria muito útil, pois estava tendo dificuldade com a venda da primeira edição do seu livro "Science and Health".  Muitos estudantes tinham tentado vendê-lo de porta em porta, mas não obtiveram êxito. Retirou, então, a  representação que havia dado a um tal de Barry e passou-a a um sr. chamado Spoffod.
                  Com essas medidas e ajuda do novo assessor, resolveu a situação de forma satisfatória.  Mary e esse agenciador de vendas, sr. Asa Gilberto Eddy,  ficaram muito próximos e acabaram se casando. O casamento foi celebrado em 1 de janeiro de 1877, cuja cerimônia matrimonial foi oficiada pelo reverendo S.B. Stewart, ministro da Igreja Unitária, de Lynn. 
                 A princípio a senhora Mary não tinha intenção de fundar uma nova religião. Esperava que a própria Igreja Cristã lhe acolhesse com sua revolucionária doutrina. Mas depois percebeu que era inútil persistir nessa ideia que, de fato, estava sendo rejeitada. Sem esperanças tomou a decisão de estabelecer na cidade de Boston a primeira Igreja Científica Cristã. Essa Igreja é hoje um dos monumentos arquitetônicos da Nova Inglaterra.  Posteriormente milhares de igrejas foram erguidas pelos Cientistas Cristãos em todo o mundo. 
                   Sua doutrina espalhou-se fácil e rapidamente. Quando veio a falecer em 1910, foi aclamada por toda parte como uma grande mulher de toda a história universal. 
                  Ela ensinou uma nova fé que atraiu milhões de pessoas infelizes. Deu ao doente e ao defeituoso sua forma que os tornaria sãos. Ela dizia sempre: "Deus é o Pensamento Universal. Afinar o vosso pensamento com o pensamento de Deus e todas as vossas dores serão aliviadas. Sentimos conforme pensamos. Se não pensardes mal, não haverá mal. Se vos concentrardes somente na saúde, nada mais gozareis senão saúde. Há duas espécies de mundo - explicava ela - o real e o irreal. A vida e a saúde são reais; a doença e a morte irreais. A doença é uma miragem e a morte um sonho. Podeis dispor de vossas miragens e de vossos sonhos focalizando vosso pensamento sobre a realidade do amor de Deus por todas as Suas criaturas. Esta é a única verdade. Se aceitardes essa verdade, dizia a senhora Mary Eddy, estareis prontos para entrar no círculo dos eleitos, daqueles que mantém perfeita saúde por meio de perfeita compreensão. E que é a perfeita compreensão? Pode ser reduzida a uma simples regra: Goza melhor a vida quem pensa os mais puros pensamentos. Alimento puro, ar puro, pensamentos puros, são os três requisitos duma mente sã num corpo saudável. Como os antigos relógios do sol, os modernos Cientistas Cristãos devem dizer a si mesmos: Horas non numero nisi serenas (Marco somente as horas ensolaradas da vida). 
               Com palavras de apoio aos doentes e necessitados, Mary Baker Eddy, continua aliviando o sofrimento de milhões de pessoas por todo o mundo. 

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